terça-feira, março 31, 2009

CALABOTE

SILVA LOPES


Ontem Silva Lopes atreveu-se a afirmar que os "direitos adquiridos" nas pensões de reforma mais elevadas têm que ser revistos, pois o contribuinte que as suporta nunca tem o "direito adquirido" de não lhe subirem os impostos que paga. Obviamente que este raciocínio pressupõe explicar que as pensões que se recebem são subsidiadas pelos impostos, pois que a natural capitalização dos descontos efectuados nunca permitiria atingir aqueles montantes. Acrescento eu, para completar o raciocínio, que "direito adquirido" de um reformado é apenas a pensão que resulta da capitalização dos descontos que efectuou no activo. Tudo o que receba acima disso já tem que ser pago pelo contribuinte, logo, não é "direito adquirido". Quanto muito, será "direito sustentado por terceiro".
Insurgiu-se também Silva Lopes pelo facto de algumas situações de reforma implicarem o percebimento da pensão em idade inferior a 65 anos, mesmo que não exista incapacidade para o trabalho. Dizia, e bem, que quem se reforme aos 50 anos com o tempo de descontos previsto na lei, adquire o direito a receber uma pensão MAS APENAS A PARTIR DOS 65 ANOS DE IDADE e não de imediato como escandalosamente se passa em muitas actividades privilegiadas. Acrescento eu, alguns reformam-se aos 50 e outros terão que trabalhar até aos 70 para suportar as reformas destes parasitas. Questão diferente é a incapacidade para o trabalho. Se alguém aos 50 anos está incapacitado, então recebe a pensão por inteiro, não por ser reformado, mas por ser incapacitado para o trabalho. Mas não vai trabalhar para a empresa ao lado, acumulando...
Sustentou, ainda, que os salários deveriam ser congelados, pois não podem ser apenas os desempregados a pagar a crise. Explicou que a riqueza nacional aumentou em 9 anos apenas 6%. Por isso não pode suportar aumentos salariais de 10% no mesmo período sem que perca competitividade. Obviamente, acrescento eu.
Há anos que vou dizendo estas coisas por aqui e por blogues amigos. Só que a minha opinião, por muito acertada que seja, nunca passou de uma gota no deserto. Mas eu sei que tenho razão.
Ontem, pela primeira vez, uma figura pública atreveu-se a pôr em causa o dogma mais precioso da III República - os "direitos adquiridos". Há que celebrar. Já faltou mais para "isto" dar a volta que se impõe. Inevitavelmente. Só falta saber se vai acontecer abruptamente quando atingirmos a banca-rota - de repente a Conta do Estado não tem dinheiro para pagar salários e pensões - , ou se vai operando paulatinamente, baixando progressivamente, para que se vá emagrecendo sem que se fique de repente sem comida.
De uma forma ou de outra, é colocar os filhos no estrangeiro. Eu estou a tratar disso. Portugal não tem futuro.
Ao mesmo tempo que isto acontece, o Socialista Vitorino recebe uma "senha " de presença no valor de 5.000 € por cada comparência numa assembleia-geral de uma sociedade, já que as suas funções são desempenhadas gratuitamente, e o Socialista Vara, com um curso de relações internacionais obtido numa universidade entretanto fechada compulsivamente por falta de mérito científico, recebe meio milhão de euros de vencimento anual como administrador de um Banco. Um tenente-coronel piloto aviador reforma-se aos 44 anos de idade e começa de imediato a receber 2.500 € por mês de pensão de reforma e vai trabalhar para a Sata como piloto. Saiu da Força Aérea porque ia concorrer às eleições autárquicas, mas nunca fez campanha ou foi eleito.
Puta que os pariu, não é ? Alguém encontra uma frase mais elegante que expresse com propriedade a nossa revolta ?

segunda-feira, março 30, 2009

TRIBUNAL DE FAMILIA DE LISBOA



O Campus Judicial vai ficar como uma das grandes reformas do Ministro da Justiça de Sócrates.
O Edifício na zona nobre da Expo tem ratos, obras constantes, secções de processos sem critério ou lógica, falta de cadeiras e de salas de espera para os Utentes e Advogados.
É um Edifício modernaço, cheio de vidros e de soluções inteligentes. Daqueles que se adivinha esgalhados pelo génio de um arquitecto com barba por fazer e uma aparência algures entre o alternativo e a preguiça para o duche diário.
O elevador exige que se marque no painel da chamada o andar para onde vamos. Quando chega a cabine, entramos e o nosso destino já está marcado. Caramba ! Brincamos em serviço, ou quê ?
Pós-modernismo. Mais nada.
A segurança para magistrados não existe, por desnecessária. A política de proximidade do Cidadão com os Juízes faz com que em caso remoto de agressão, o Juíz possa ligar por telemóvel para a Central da Prosegur que, por sua vez, acolhe o alerta e notifica os Seguranças da Portaria para que acudam ao Juiz que esteja aflito um ou dois andares acima. Optou-se por não se estabelecer qualquer sistema de alarme directo para a Portaria, seja por cabo, seja por telemóvel directo para os Seguranças, para garantir mais tempo a uma obrigatória mediação no caso de um Juiz estar a ser agredido por uma dúzia de ciganos. Em vez de repressão, visa-se a persuasão do agressor. Como se vê, uma vez mais na vanguarda do progresso civilizacional.
O ar-condicionado é mais eficaz nos corredores. A porta aberta, portanto é a regra. Mais um passo na transparência da Justiça prosseguida por este Governo. Acabaram-se os gabinetes fechados, os segredos de Justiça e os segredos da Justiça. Agora é tudo de porta aberta.
Os gabinetes dos juízes, com ampla vista para a urbanização Expo, usam os cortinados pós-modernos que as fotos documentam. Mais uma inovação deste governo na reciclagem das caixas usadas na mudança de instalações. Poderiam ter deitado fora as caixas, após a mudança. Mas não ! Quem tem uma visão de futuro verde, opta por um prédio totalmente envidraçado numa das zonas mais luminosas e quentes do país e usa o papelão para ajudar na conta da electricidade. Ainda por cima o efeito estético supera qualquer expectativa. Brilhante ! - é só o que me ocorre.
Garanto que é mesmo assim. Fui eu que fotografei os cortinados. Os ratos não consegui, mas garantiram-me que existem.
Vão por mim: ainda vamos todos ter saudades de Sócrates.

BOLSEIROS


Desde há anos que acordo com a Sic-Notícias. E nas voltas da manhã lá por casa vão-se ouvindo as novas do mundo.
Uma parte especialmente irritante consistia na ligação directa à Redacção da Reuters ou do Diário Económico para a actualidade das Bolsas nacional e estrangeiras. A convicção arrogante do jovem ou da jovem jornalista de economia a falar dos zero vírgula zero zero zero zero pintelho de ponto que tinha subido ou que tinha descido dava-me volta ao estomago.
Se calhar porque prefiro, de longe, a contabilidade à merceeiro, o Deve e o Haver e a diferença entre ambos que reflecte a nossa riqueza ou a nossa pobreza. Tudo o mais sempre considerei supérfulo, aliás, como agora se comprova. Ademais a Bolsa desde o tempo de Cavaco Primeiro - lembrem-se daquela besta de ministro que fez com que às 11 da noite ainda fosse de dia e que nos obrigava a levantar de noite em pleno verão só para estarmos acertados com a hora dos mercados de Berlim - apareceu como uma marca prestigiada de malas de senhora. Ficava bem falar da Bolsa, saber se estava a subir ou a descer, e "jogar na Bolsa", então, era um must. A Bolsa era um objectivo social, pois significava uma diferenciação social e económica da classe que frequentara as faculdades de economia já depois de se ter eliminado os centralismos dos anos 70. Wall Street era a meca. E copiava-se tudo. Até os suspensórios em cores berrantes.
Mas a economia é como a vida. Faz-se de coisas concretas e reais. As pessoas comem batatas, não comem activos. E um desarranjo intestinal suscita diarreia, não comporta activos tóxicos. E a merda cheira sempre mal. E todos nós, pelo menos uma vez por dia, temos que lidar com essa realidade. Com a Bolsa podemos passar uma vida inteira sem lá ter gasto um centimo.
Vem isto a propósito dos jornalistas económicos da Sic Notícias. Agora já não têm no olho o brilho do triunfo e da dominância. Falam sem convicção como os jornalistas desportivos da selecção. E receiam o despedimento. Percebe-se tão bem que estão a sentir na pele aquilo que falavam dos outros. Daqueles distantes. Lá pela Malásia ou Taiwan que costumavam ser os únicos a ficar sem trabalho ao ritmo das variações dos índices que se celebravam em Lisboa.

sexta-feira, março 27, 2009

VINGANÇA BENFIQUISTA

Pois bem, já que tenho andado a recordar o que é o benfiquismo, na sua vertente mais sórdida, impõe-se praticar o fair-play cuja falta se critica aos outros.

Recebemos de um reputado benfiquista, aliás, representante de uma quadrilha de benfiquistas numa remota aldeia alentejana, esta anedota visando o tricampeão (cá para mim, não acho muita graça, mas vocês sabem como é o humor benfiquista):

"Uma professora dava uma aula aos seus alunos sobre as diferenças entre os ricos e os pobres.
A Júlia levanta o dedo:- O meu pai tem tudo: televisão, telescópio, DVD...
- Tudo bem, diz a professora, mas será que tem um barco?
A Júlia reflete e diz:- Bem, não...
- Estás a ver, é como eu disse, não podemos ter tudo.
- Professora, disse o Artur - o meu pai tem tudo: ele tem TV, telescópio, DVD, barco...
- Sim, responde a professora, mas será que ele tem um avião particular?
Depois de refletir, Artur responde:
- Bem, não...
- Estão a ver que não se pode ter tudo na vida - disse a professora.
O Joãozinho levanta o dedo e diz:
- O meu pai agora é que tem tudo, pois no sábado passado, quando a minha irmã lhe apresentou o seu namorado PORTISTA o meu pai disse:
- PUTA QUE PARIU!!!!! ERA SÓ O QUE ME FALTAVA!!!

quinta-feira, março 26, 2009

BENFICA TV

Diziam uns para os outros aqueles rapazes com barba de cinco dias, cabelos desgrenhados, óculos apaneleirados e remelas/olheiras típicas de quem é intelectual e se levanta para o almoço com gurosan que atenue a ressaca do Bairro Alto:
"- Sabes o que aconteceu à medalha que o Pedro Silva atirou fora ?"
"- Não, diz lá."
"- Apareceram dois ou três jogadores do Estrela da Amadora que a apanharam para ir comprar pão".
"- Pão, não. Mandioca."
"- Pois, aquilo qualquer dia é como os sérvios (?) que roubam sinais de trânsito para vender o alumínio."

Quanto ao sentido de humor, nada se comenta, pois cada qual nasce com o que tem.

Agora quanto ao resto... Não existe por aí uma qualquer campanha no Futebol sobre racismo e discriminação cultural e outras coisas bonitas ?

Devo salientar que um dos quatro intervenientes se manifestou dizendo:" Eh, pá, essa não. Essa é muito mázinha..." Mas os outros três curtiram a boçalidade, sorrindo contentes por estarem na televisão.

MEMÓRIAS

Memórias saborosas. A foto não é minha, claro. Em solitário não arranjo quem me fotografe.

quarta-feira, março 25, 2009

FINALMENTE

Informo que já encontrei o quadro que vou comprar. Agora só falta perceber a respectiva marca para mandar vir um igual. Talvez naquela curva ali em frente...

terça-feira, março 24, 2009

CALABOTE - 50 ANOS DEPOIS

Foi exactamente há 50 anos. Estamos em 22 de Março de 1959. Hoje é conhecido o campeão nacional. São três da tarde e a bola começa a rolar em todos os estádios. Em todos não. Na Luz, o Benfica recebe a CUF e sobe ao relvado dois minutos antes do início do jogo. A estratégia é retardar a partida o máximo possível, de forma a saber o que se passa em Torres Vedras, no Torreense-F. C. porto.
Os dragões estão a um pequeno passo do título: são líderes com os mesmos pontos do que os rivais da Luz, mas com vantagem na diferença de golos. Para ser campeão, o Benfica precisa de marcar mais cinco golos do que aqueles que os portistas marcassem.
No Campo das Covas, já se contam oito minutos de jogo, quando na Luz, Inocêncio João Teixeira Calabote, árbitro internacional de Évora e com passado infeliz nos jogos com o F. C. Porto, faz soar pela primeira vez o apito. A primeira parte corre de feição às águias que chegam ao intervalo a vencer por 4-0, com os dois primeiros golos de penálti, o segundo dos quais considerado inexistente por toda a crítica.
A vantagem era insuficiente, uma vez que os portistas já tinham inaugurado o marcador. Na segunda parte, já depois do golo de honra da CUF, o Benfica não demoraria a dilatar a vantagem com mais dois golos, um deles de penálti. Os encarnados são virtualmente campeões. Festeja-se na Luz, sofre-se nas Covas.
Não por muito tempo. O portista Noé faz o segundo golo e a festa volta a Torres Vedras. Por pouco tempo também. De rajada, os benfiquistas fazem o 7-1, já o guarda-redes Gama, da CUF, tinha sido substituído, a pedido dos colegas, num tarde muito infeliz...
Porém, em cima do minuto 90, Teixeira faz o 3-0 e volta a entregar o título ao F. C. Porto. O jogo termina a seguir, mas não há campeão. Na Luz, ainda faltam jogar oito minutos, mais os quatro de compensação concedidos por Calabote - que ainda expulsou três jogadores da CUF -, quando, na altura, não era normal dar-se mais do que dois. Foram 12 longos minutos de sofrimento em Torres Vedras, enquanto o Benfica desesperava por mais um golo, que não veio a acontecer. A festa mudava-se, de vez, para as Covas.
Poucos dias após o mais dramático epílogo dos campeonatos, Calabote é alvo de inquérito federativo e acusado de ter mentido no relatório, escrevendo que o jogo principiara às 15 horas e terminara às 16.42 horas. O árbitro de defende-se e diz que o seu relógio é que vale. Nada feito. É acusado de corrupção, mas diz que nunca recebeu um tostão. É irradiado uns meses mais tarde.
O livro sobre o "Caso Calabote", da autoria do jornalista João Queiroz, será editado brevemente pela Quidnovi.

CARÁCTER

A reacção do Benfica de ontem, veículada por um antigo comentador de jogos em directo na TV, merece o seguinte comentário:
1. Ficámos desapontados, se calhar porque ainda somos do tempo em que o Benfica era governado com honra, carácter e cavalheirismo e todos nós, apesar de pobres mortais que não merecemos a honra da revelação do deus-gaivota e do profeta criado na sua filial do Sporting de Lourenço Marques, ficamos mesmo assim sempre à espera de ver o lado bonito da vida.
2. Ao invés, fomos agredidos pela suprema arrogância da exibição do troféu que todos sabemos ter sido obtido de forma ínvia. "O árbitro errou mas a taça é nossa. Mai nada !" É a teoria dos direitos adquiridos.
3. Ficámos estupefactos, perante a tese de que afinal os outros é que têm tremendo mau-perder. Parece que a indignação perante o roubo, afinal, é mau-perder.
4. Percebemos que se chamasse à liça Pinto da Costa. Suspeitava que a culpa fosse dele, mas nunca pensei que o Benfica tivesse dado por isso.
5. Percebemos o desespero de invocar mais uma tese da conspiração contra a Direcção da Liga. Sem o merceeiro e o pavãozito fica mais difícil a Vieira "tratar do assunto por outro lado" - usando as inóquas e singelas palavras da escuta que o imortalizarão como um paladino da verdade desportiva.
6. Percebemos que o Benfica, definitivamente, está moldado ao que existe de mais baixo, rasteirinho e mesquinho numa massa associativa de um clube. Lamentavelmente. Porque Benfiquistas há muitos, bons e honestos. Mas não têm sido eles a mandar ultimamente.
7. Perante o descalabro de resultados desportivos e financeiros, só resta a Vieira o estafado argumento da teoria da conspiração que lhe garanta a reeleição, mesmo que tenha que assanhar a irracionalidade e o ódio dos sócios contra um inimigo externo.
8.Mas não se percebe como tantos anos após a "limpeza" que o processo apito dourado causou no futebol, o Benfica continue sem ganhar. Agora que a corrupção acabou desde 2003, era suposto que o Benfica voltasse a ser campeão, pois só a corrupção, entretanto banida, impedia tais êxitos.
9. Ontem fiquei com a certeza em definitivo de que um grande clube nacional se está a transformar no estilo, nos resultados, na ambição e na inteligência, numa agremiação de bairro social. Só faltou ter desafiado o Sporting para a porrada...
10. Então um clube-empresa, preocupado com a seriedade do ramo de negócio explorado, visando obter mais receitas, desejoso de se afirmar mais "ético", mais "honesto" e mais "sério" que os outros, não aproveita uma oportunidade de ouro para convidar à realização de outro jogo ?
11. Não percebe a direcção de Vieira que mataria uma quantidade enorme de coelhos com uma só cajadada ? Que ficaria na história por ter dado um exemplo nobre no futebol português ? Que perdendo ou ganhando o jogo da repetição, a sua atitude engrandeceria o coração dos benfiquistas, permitindo-lhes exibir, agora com alguma razão de ser, o complexo de superioridade que sempre tiveram e que é cada vez mais difícil de conciliar com a penosa vida do clube ? Que iriam buscar mais uns dinheiros ao patrocinador ? E que, em vez do fato ranhoso, alarve e mesquinho que vestiram, poderiam vestir o fatito domingueiro limpo e escovado, apenas com algum cheiro, aliás ainda agradável, da naftalina da glória de outrora ?
12. Por outro lado, percebe-se. Vieira não pode repetir o jogo pois tem que poupar o plantel para a Champions e para a Taça de Portugal.
13. Agora vou dissertar sobre a diferença entre uma ervilha e o cérebro de alguns dirigentes desportivos...

SUPERAÇÃO

Março de 2009, Pavilhão de uma Sociedade Desportiva na Província profunda. Prestavam-se provas de Aptidão Desportiva em Patinagem Artística de uma Associação Distrital. Perante um juri de 3 elementos os jovens patinadores desenvolviam um esquema no qual executavam um número pré-determinado de figuras técnicas, por exemplo, pião exterior para trás, pião exterior para a frente, salto rittberger, salto picado, combinação de 3 saltos, movimento de contra-três, etc. Confesso que ainda estou a aprender a distinguir as diferentes figuras.
Para se passar naquele exame, prestado de forma pública, o patinador tem que executar cada uma das figuras previstas para o respectivo grau de exame. No final, pode repetir, até 3 vezes, alguma figura que não tenha sido bem executada. E se por acaso falhou 3 figuras, no final pode repetir cada uma delas apenas uma vez.
Uma jovem patinadora caiu em 3 saltos e desatou a chorar de forma incontrolada. Mas levantou-se pela terceira vez e não desistiu. Mesmo com os olhos rasos de lágrimas efectuou os piões de forma exemplar e ganhou confiança. Cerrou os dentes e manteve-se em prova. A música acabou e ela ficou a patinar em silêncio, pois estava atrasada no esquema por causa das quedas. Respirou fundo e compôs os braços para o rittberger (acho eu) que antes tinha falhado, lançou-se e saiu perfeita. O público nem respirava. Armou os braços de novo, respirou fundo e lançou-se para o salto picado (nunca sei quando é o Flip ou o Lutz) e saiu bem. Faltava-lhe o salchow (acho eu). Concentrou, respirou fundo e lançou-se no ar levada pelo desejo de todos os que assistiam ainda em silêncio. Saiu bem do salto e o público explodiu numa ovação tremenda. O juri mostrou os 3 cartões verdes. Esta miúda tinha talvez 10 anitos. Com excesso de peso, pneus na barriga, rabiosque muito volumoso. Fisicamente notava-se que não terá grande futuro da patinagem.

Mas que lição de vida, hein?

segunda-feira, março 23, 2009

EM BUSCA DO QUADRO

Continuo em busca de um quadro.

VIRIATO

Houve um encontro de Tunas em Viseu. Trouxeram-me um viriato.

DRAGON BALL

A transmissão pela TVI do jogo FCPorto-E.Amadora foi mais um eloquente exemplo do jornalismo futebolístico rasteiro e ordinário que somos obrigados a suportar.
1. Os dez primeiros minutos de comentários foram passados a falar do jogo da selecção que ira ser transmitido e da polémica da final da Taça da Liga. As referências ao Benfica eram constantes. A falta de respeito pelas equipas que estavam em campo era por demais evidente. Filhos da puta.
2. Só à 5ª repetição, o comentador condescendeu em reconhecer que, afinal, era mesmo penalty. Depois de o ter negado, seja pelo método de negação directa, seja pela pérola do jornalismo lusitano que corresponde a afirmar que é duvidoso e a deixar a insinuação que tudo não é mais que um favor do árbitro. Filhos da puta.
3. Vidigal acabou por cometer dois actos passíveis de penalty. Quer quando rodou o corpo prendendo a perna direita de Lizandro com o sovaco, impedindo-o de progredir, quer quando tocou a bola intencionalmente com o braço para a afastar de Lizandro. O filho da puta do comentador da TVI só à 5ª repetição é que decidiu descer à terra e reconhecer que, afinal, não era favor do árbitro. Filho da puta.
4. No golo de Meireles, o outro comentador da TVI, porque não consegui arranjar um fora-de-jogo ou outro vício para o golo, invocou uma "obstrução visual" que Lucho fez ao guarda-redes do Estrela. Como se o Lucho fosse obrigado a afastar-se para o lado, para o Nelson poder ver todas as trajectórias da bola. Este filho da puta conseguiu inventar uma nova regra no futebol que é a proibição de obstrução visual ao guarda-redes. Filhos da puta.
5. Cada vez que o Estrela passava o meio-campo o entusiasmo do comentador era vibrante. E se o Estrela chegava finalmente à baliza contrária, surgia logo o comentário de que o Porto estava a ser dominado. A confusão entre o desejo e a realidade era por demais evidente. O que tu querias sei eu, seu filho da puta.
6. Lizandro é varrido no pé de apoio dentro da área. Penalty claro. O comentador começou por dizer "Lizando caiu" e só com a repetição afirma "parece que é falta" e continua a falar doutra coisa qualquer, como se aquela situação não fosse um dos lances essenciais do jogo com repercussão directa no resultado da eliminatória. Filho da puta.
7. Já me esquecia do golo anulado por inexistente fora de jogo. Lizandro é colocado em jogo por um defesa lá atrás (na linha de defensores) que não tem intervenção directa na jogada. O comentador refere que o "fiscal de linha está bem colocado" querendo significar com isso que a decisão foi correcta. Filho duma grande puta.
8. Bem sei que tenho andado azedo nos últimos dias, mas estou cansado deste benfiquismo ranhoso e descarado que impera no jornalismo futebolístico português. O meu desprezo intelectual nada tem a ver com o Benfica-Clube ou com os seus adeptos, que se respeitam. Tem a ver com esta postura desonesta, oportunista, velhaca, desleal, ranhosa que intoxica a opinião pública, que omite a verdade e faz da reiterada mentira e do falso-testemunho a única estratégia para combater aqueles que, em campo, dão provas inequívocas de trabalho e de mérito.
9. O FCPorto uma vez mais mais viu o resultado obtido dentro do campo ser encurtado em dois golos, por força deste ambiente jornalístico que influencia os árbitros e que os leva, fora da certeza absoluta, a decidir contra o FCPorto, só para acautelar as costumeiras suspeições que os jornalistas do benfiquismo nacional usam para condicionar os resultados desportivos.
10. Neste fim-de-semana os escândalos foram tão volumosos que não deu para disfarçar. Mas tivéssemos nós uma classe jornalística desportiva isenta e rigorosa e o futebol não seria a tristeza que se vê. Os Presidentes - incluindo o meu - só fazem as figuras que sabemos, os jogadores só são os simuladores que se sabe, porque o jornalismo futebolístico é a mais lamentável das profissões actualmente em Portugal. Puta que os pariu.
11. O único consolo é ver o Estrela da Amadora a jogar, com salários em atraso e com um desconhecido Treinador português, e saber que a equipa do Benfica nem sequer daquele modo consegue jogar. E esta é a principal consequência, porventura a mais cruel, do jornalismo benfiquista rasteiro. É que deformam tanto a realidade que perdem a capacidade de auto-crítica e nem conseguem avaliar com objectividade o que têm por casa.
12. Este fim-de-semana futebolístico foi um concentrado da minha vida de adepto, desde que me lembro de apreciar futebol: o mérito a ser denegrido de forma sistemática e o maior do mundo a obter mais um título da maneira que se viu. E depois andam por aí a falar de moral e de ética...

TERRAS DO FRINXAS



Já tinha ouvido falar no Baguim por causa da Patinagem. Com efeito, o núcleo duro da patinagem do Norte inclui o Baguim, a Académica de Gondomar e o Roller de Custóias. Clubes que rivalizam com o Alverca, Odivelas, SLB, Porto Salvo e Aljustrel nos campeonatos nacionais. Aliás, se não estou em erro, o Baguim distingue-se por apresentar pares-livres e pares-dança.
A sede do Estrela de Baguim é a prova provada de que o pintor que escolheu aquele verde foi o mesmo que escolheu o azul daquele que poderia ter sido o meu quadro. O Presidente da Junta que não corra com esse pintor da freguesia para fora, não... E depois queixem-se das bocas que ouvem...
Mas o Café Ladeira pelo módico preço de 1,60 € serve a mais bem aviada "sande de luombo" que eu já comi em toda a minha vida.

domingo, março 22, 2009

ASSALTO AO FELINO


LUCÍLIO

Solidariedade com o Berra-Boi.

FRANGOS DE CORRIDA


A Vanessa na Austrália tem a alcunha da Portuguese Chicken. Isto porque um imigrante português estabeleceu naquela ilha uma importante cadeia de frango no churrasco, conhecido exactamente por aquela denominação. E da Austrália é natural a campeã olímpica e principal rival da Vanessa. A analogia com a Vanessa vem do facto de ela ser portuguesa e em fato de banho ser linda que nem um frango escalado pronto para ir à brasa.
Ora bem, o novo ídolo vermelho Di Maria ainda consegue ser mais parecido com um frango. Ademais usa uma crista central no cabelo que lhe reforça, seguramente, o aerodinamismo quando se atira para o chão a simular penalties. Recordo o jogo no qual o Guimarães foi eliminado desse modo pelo DiMaria.
Também ontem no Algrave, foi este franganote que gatilhu a reacção da turba ululante ao levantar o braço, invocando que o defesa tinha feito falta. O frango levantu a asa, a multidão roncou, o Lucílio borrou os calções com medo da multidão e marcou um penalty que só o Di Maria viu.
Filhinho da puta, hein ?

sábado, março 21, 2009

O PADRÃO DA VITÓRIA BENFIQUISTA

O jogo ainda não acabou, mas deu para se assistir ao padrão do futebol nacional que se repete jornada após jornada, seja na Liga, na Super-Liga ou na Taça:

1. o Comentador da Sic faz comentários como se só existisse a equipa do Benfica em campo; quando a bola está na posse do Benfica, narra a jogada referindo o nome dos jogadores benfiquistas, quando a bola está na posse do Sporting aproveita para referir o tempo de jogo, o resultado e algum mérito ou falha de um jogador do Benfica na jogada anterior; Filho da puta...
2. O Lucílio, com a falta de qualidade técnica e de carácter habituais, marca um penalty inexistente só com medo do barulho que a turba benfiquista ia fazendo, reclamando por tudo e por nada, desde que sofreu o golo. Pois ser adepto benfiquista hoje em dia é isto mesmo: ainda vai a caminho do estádio já vai a dizer que vai ser roubado e cada vez que o árbitro não faz o que ele quer, aquilo é uma gritaria que não se pode.
3. Os comentadores da Sic, apesar de serem obrigados, a contragosto, a reconhecer que o penalty é inexistente, gritam golo com um entusiasmo de indisfarçável comprometimento intelectual; Filhos da puta. Já nem se preocupam em disfarçar.
4. Até um inexistente fora-de-jogo assinalado ao Sporting - e que a repetição das imagens permite confirmar a colocação de um jogador do Benfica pelo menos 2 metros atrás do sportinguista - merece o descarado comentário "creio que estava em fora-de-jogo". Filho da puta... E os outros comentadores, o Jorge Baptista, o Nuno Luz, etc. nem o corrigem. Filhos duma grande puta.
5. Os adeptos benfiquistas em campo festejam o golo, numa euforia despropositada, sem vergonha ou pudor. Interessa lá que tenha sido um golo roubado...O que interessa é que ele tenha contado! Ou seja, o benfiquismo ns sua essência mais pura... e mais alarve.
6. Há muitos anos que isto é assim. Ainda bem que a vítima desta vez foi o Sporting. Porque se tivesse sido o FCPorto, a canalha jornalística do costume apressar-se-ia a branquear o escândalo.
7. Este é o paradigma do futebol nacional. E O Lucílio é um árbitro sem carácter, influenciável pelo barulho das multidões e sem os tomates para ser árbitro. Sim, porque a vida é como o futebol: depende da espessura da pele dos tomates.
8. Agora vou ver os penalties.
(...)
9. Já vi. Os sportinguistas que se aguentem a mais esta. Que para o museu do SLB vão direitinhos mais dois kilos de troféu roubado à frente de uma nação. E não foi só hoje. Lembro os jogos com o Vitória de Guimarães, com o Olhanense, com o Belenenses. Os mergulhos do Reyes, do DiMaria e do Suazo. Foram jogos viciados transmitidos pela TV. Todos com penalties inventados. Ficava mal se o Benfica não ganhasse a final também com um dos roubos mais descarados da história do futebol português.
10. Há cerca de 10 anos, na Liga Inglesa, uma das equipas não entregou a bola à outra numa daquelas situações de reposição de bola em jogo após a assistência a um jogador magoado. Na sequência do lance, essa equipa marcou e ganhou o jogo. Mas a Direcção desse Clube decidiu que tinha ganho sem fair-play e ofereceu-se para repetir o jogo. E o jogo foi repetido. Alguém acredita que o benfiquismo seria capaz de um rasgo de classe deste tipo ? Seria uma contradição nos termos.

"NÓS SOMOS CAMPEÕES"

Sabemos que os maiores adeptos do mundo, os benfiquistas, usam a maior praça do mundo, a do Marquês de Pombal, para as maiores manifestações do mundo cada vez que o maior clube do mundo, o Benfica, ganha um e mais um e mais um e ainda mais outro título. Cada um desses títulos, o maior do mundo, claro. E ouvem-se cântigos de exaltação e glória "Nós somos campeões, nós somos campeões".
Logo à noite espera-se mais uma dessas manifestações maiores do mundo.
Na foto vê-se a Praça do Marquês de Pombal na época em que o Benfica cantava essa canção por ter sido efectivamente campeão.

TAÇA DA LIGA

O André e o Carlos, sportinguista e benfiquista ferrenhos, decidiram dar um exemplo de fair-play e arranjaram bilhetes para ver o jogo juntos logo à noite no Estádio do Algarve.
Aproveitaram o bom tempo e foram até á praia onde tiraram esta foto com as respectivas para comemorar a feliz ocasião turístico-desportiva.

CONVERSA DE BICHA

" Matas-me com o teu olhar!"
" Não, tu é que me matas quando olhas para mim dessa maneira."
" Não, tu é que me desconcentras quando olhas para mim desse teu jeito."
" Não, tu é que me dás ganas de te apertar quando olhas para mim assim."
" Não, tu é que...."

Mas que paneleirice de conversa é esta ?


quinta-feira, março 19, 2009

ZOULOU BIKES

Este é o quadro que está anunciado no respectivo site no modelo Cooma.
Reparem por favor no ângulo superior formado entre o tubo do selim e o tubo "horizontal". Não tem lá qualquer "reforço", "escora", triângulo de alumínio a reforçar aquele ângulo, pois não ?
É que para lá de um azul pavoroso (meio petróleo-meio senhor dos passos - o que é que isso tem a ver com o azul-porto ou o azul-belenenses encomendado ?), apareceu um quadro com um "reforço" estrutural desses que enfeia profundamente o quadro e lhe rouba a elegância.
Para já, a bicicleta não veio. Não a levantei. Se vier é em branco-frigorífico, que é para o bimbo do pintor não voltar a fazer merda com a cor. Espero que o gajo, com o branco, não se engane desta vez. Não é branco-creme, nem branco-ovo, nem branco-alfazema, nem branco-branco, nem a puta que o pariu. É branco-frigorífico, foda-se. Vamos lá a ver se o gajo desta vez não forra o quadro a azulejos ou a pinta a côr-de-rosa benfica ou azul-cueca jesualdo...Branco-frigorífico. Mais nada. É só isso que eu quero, já que não posso querer o que queria.

A "coisa" está a correr mal. Há mais de um mês que a bicicleta foi encomendada, já estive para ir lá acima 3 vezes para a levantar, mas fui adiando por indisponibilidade do vendedor.

Hoje fiz 700 Km de carro para a ir buscar, mas a côr parecia uma vivenda de emigrante, o quadro apareceu com o tal triangulo de reforço e uma soldadura grosseira no referido ângulo, pedaleira ainda sem corrente, cabos enrolados e por meter nas bichas...parecia que tinha sido atamancada hoje de manhã.

Em termos de colegas em cima da bicicleta não tenho dúvidas que a malta betetista é melhor que a malda estradista. Afirmo isso sem problemas, porque é verdade. Tenho conhecimento de causa.
Mas em termos comerciais...balhamedeus. Isto do bêtêtê é de um amadorismo confrangedor. Uns, em Lisboa, vigaristas (os do withoutstress), outros no Porto (Baguim), sem atar nem desatar...e com umas divergências face ao encomendado...
Ai o caraças, queres ver que a maluca me lançou um bruxedo ?...

Por favor não esqueçam a imagem deste quadro, modelo Cooma, - não vá eu precisar de testemunhas - porque lá em cima teimaram comigo que a foto no site exibia o tal reforço no ângulo. Na altura não teimei. Mas chegado a casa, dá agora para ver que eu tinha razão.
Não está lá nenhum cabrão de nenhum paneleiro de nenhum triangulo a reforçar aquele ângulo no quadro, pois não ? Ou sou eu que já estou a ver mal ?
Não sei se deram por isso, mas estou ligeiramente irritado. Muito ligeiramente.

ACTUALIZAÇÃO ÁS 9:30 HORAS DE 20.03.2009: Mandei um mail a desistir do quadro. Compro a bicicleta completa, mas sem o quadro. Para ficar com uma coisa atamancada na estética e grosseira nas soldaduras prefiro uma bicicleta sem quadro.

Agora é que eu quero ver os amigos que tenho a alvitrarem quadros para a minha bike.
ACTUALIZAÇÃO ÀS 19:23 HORAS DE 21.03.2009: O site da marca já passou a incluir fotografias do modelo 2009 do quadro com um grande plano do tal reforço do quadro.
Devo salientar, por minha conta, que sei que a garantia de quadro é de 5 anos. E a principal razão que me levou a desistir teve a ver com a surpresa pela alteração estética do quadro. Não contava com aquele reforço que considero esteticamente grosseiro. Nunca esteve em causa qualquer outra razão. Do ponto de vista comercial, queixo-me da inabilidade do pintor e do atraso que ele causou, ao qual me voltaria a sujeitar se ficasse a aguardar que ele repintasse o quadro de branco. Ao ritmo a que as coisas se passaram até aqui seriam mais três semanas. Em relação ao resto, até ao momento, nada tenho a apontar às pessoas detentoras do site e que reperesentam e vendem a marca em Baguim do Monte.

OBAMA À LA LUSITANA

"YES, WEEKEND!"

quarta-feira, março 18, 2009

RIO TINTO


"No início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto.
Contudo, o Califa
Abderramão II, com um poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto" - In Wikipédia
Amanhã vou à terra do Frinxas. Alguma coisa lá para cima ?

terça-feira, março 17, 2009

CERTIFICADO DE APTIDÃO

O Carneiro mais novo obteve o Certificado de Aptidão competitiva no passado sábado, 14 de Março, em Santa Susana e Pobral. Significa isso que o patinador completou os sucessivos requisitos de qualificação, passando pelos 4 graus iniciais, Certificado de Iniciação A, Certificado de Iniciação B e agora o Certificado de Aptidão que lhe permite inscrever-se em campeonatos Distritais e Nacionais. (E também Europeus e Mundiais, se for seleccionado.)
Desde os 4 anos de idade, foram 4 anos de treino bi-semanal, milhares de quedas, algumas medalhas, alguns podiuns e muita alegria, muito empenho, muita conquista, muita superação e, sobretudo, muito prazer na patinagem.
O Vasco desde que ingressou no Alverca deixou de ser o único no seu escalão - como acontecia no Benfica - e passou a treinar (para lá das dezenas ainda em fase de aprendizagem) com mais cinco miúdas da idade dele, qualquer delas com futuro na patinagem. Os treinos são muito mais interessantes e o próximo campeonato Distrital de Lisboa de Infantis vai ser um caso sério. Sem desprimor para outros clubes e patinadores, o Alverca tem uma equipa de Infantis muito acima da média.
Nos Distritais joga-se a qualificação para os Nacionais Intercalares, pois são apurados os 7 primeiros qualificados de cada uma das Associações Distritais do país.
No Campeonato Nacional Intercalar só são classificados para o Campeonato Nacional absoluto os 25 primeiros classificados. E depois é que é a sério. Para as medalhas.
Para os rapazes é mais fácil do que para as raparigas, que são muito mais numerosas, e têm que fazer mais pela vida para obter uma das primeiras sete posições distritais. E só isto prova que a concorrência é benéfica à evolução, pois o sector feminino da patinagem é, em regra, muito mais evoluído do que o sector masculino.
Mas o mais importante na Patinagem é a capacidade dos miúdos arriscarem uma exibição em cima de rodas perante centenas de pessoas, arriscarem a queda, re-erguer, concentrar, prosseguir até ao fim e sujeitarem-se à avaliação de 3 ou de 5 juízes que os vão classificar de imediato e em público.
Garanto que 95 % dos adultos que conheço nunca se sujeitariam a um exercício de humildade e de carácter deste tipo.

CIGANOS NO CONTENTOR

"Com idades compreendidas entre os 9 e os 19 anos, os alunos ciganos frequentam as aulas desde o ensino básico até ao secundário."
Alunos de 19 anos de idade numa Escola Básica ? Eu não aceitaria que o meu filho de 8 anos de idade partilhasse uma sala com alunos de 19 anos de idade. Nem com 14, nem com 12, nem com 10. Qualquer que fosse a etnia. Sobretudo a etnia cigana. Ponto final.
Cá vem a mania de invocar o princípio da igualdade para o tratamento necessaria e obviamente desigual de situações que são desiguais e que nunca poderiam ser tratadas com igualdade.
Mas vá lá esta malta da cidadania-pop, do Trotskismo de Telheiras e do Chapitô-falta-de-champôo entender que o tratamento diferenciado é a chave para a promoção da igualdade de oportunidades...
Ah, só mais uma coisa: O Filipa em Lisboa está em obras e o meu do meio também tem aulas num contentor, o qual, aliás, por ter ar-condicionado, oferece melhores condições do que as salas do edifício...
Mas um adolescente branco, filho duma família de classe média que paga impostos e faz sacrifícios para ter 3 filhos a estudar, e para pagar a casa onde mora, e para comprar comida, e para pagar saúde, e para pagar justiça e para pagar luz e gás e água e impostos, e muitos impostos, e contentores, etc., a ter aulas num contentor não é notícia.
O que é notícia é aqueles que nada contribuem para a sociedade terem aulas, coitados, segregados...num contentor com ar-condicionado.

segunda-feira, março 16, 2009

PRUDENCIO

Aqui ficam umas ceifeiras ao almoço com dedicatória aos amigos da Graça do Divor.

PRUDÊNCIO


EXITO

Um dos problemas que tenho tido com o acordo ortográfico é que já não sei se se escreve êxito ou exito.

sexta-feira, março 13, 2009

RUI MOREIRA - in A Bola

"Tivemos uma semana normal. No fim-de-semana, os três grandes ganharam os seus jogos. A acreditar nas capas dos jornais desportivos e nos comentários televisivos, não houve grandes polémicas acerca da arbitragem.
É verdade que o treinador da Naval reclamara que o golo decisivo do Benfica resultara de um livre inexistente, e viu-se que o jogador da Naval jogou a bola com a cara, e não com a mão, e até tinha os braços bem abertos e longe da cara.
Só o árbitro que para lá olhava não viu que Maxi Pereira entrara a pés juntos sobre um adversário, ainda na primeira parte, no limite da grande-área.
Todos os especialistas em arbitragem concordaram que houve esses erros de João Ferreira, um dos favoritos do presidente benfiquista, segundo as escutas telefónicas bem conhecidas e nunca investigadas. Mas, tudo isto é normal, não é notícia.
O golo não foi falso como Judas. O resultado não foi adulterado por esses lances.
Em vez disso, questionou-se a verdade desportiva a propósito da vitória do FC Porto, e insinuou-se que comprou o resultado. Enlamearam-se os atletas do Leixões, o que não acontecera na Luz na jornada anterior, onde um deles fizera um erro semelhante permitindo o cruzamento ao qual um outro, correspondeu com um corte que resultou num auto-golo.
Nada disso ocorreu em Alvalade, onde o frango do guarda-redes visitante no primeiro golo foi tratado como um mero incidente do jogo.
Diz-se que o campeonato está irremediavelmente viciado, o que é sinal de que o FC Porto é favorito.
Terça-feira, o Sporting saiu da Europa pela porta da vergonha.
Na quarta-feira, o FC Porto eliminou o Atlético de Madrid e apurou-se para os últimos oito da Liga dos Campeões.
Alguém consegue imaginar uma semana mais normal do que esta?"

POST 2000


Pois é, amigos, diz-me a estatística do blogger que já editei por duas mil vezes, fora os ameaços.
Os números redondos merecem enfâse. Por isso, aqui fica uma cópia de um óleo de José Carlos Prudêncio, um pintor que descobri há uns meses atrás e que me tem deixado maravilhado cada vez que descubro mais um quadro dele. Também porque a temática tem a ver com o meu imaginário rural e provinciano.
O artista tem um filho que me tem facultado o acesso a obras que, por estarem vendidas há muito, não estão disponíveis ao público.

ALFINETES CARINHOSOS

1. "Munique deu-nos mais força" - Claro. Toda a gente sabe que a Aspirina Bayer conjugada com a Vitamina B-12 está quase ao nível dos estimulantes proibidos.

2. "Benfica é grande" - Errado! Para ficares no Benfica terias de dizer: "O Benfica é o maior". Mesmo que só os ceguinhos ainda acreditem nisso.

quinta-feira, março 12, 2009

JOSÉ CARLOS PRUDÊNCIO


GERAÇÃO EUCALIPTO

Avaliem bem esta notícia.

Perceberão a razão pela qual este blogue tem andado deprimido. Em cada dia que passa, cada um dos portugueses que trabalha e produz riqueza, tem que assegurar a sua subsistência, a subsistência de uma classe política ineficaz, a subsistência de um estado-social que, apesar de consumir tantos recursos, ainda nos vem pedir ajuda através da solidariedade republicana ou da caridade religiosa para aqueles que empurra para a miséria e, no final de tudo, ainda ficamos a dever mais 5 € no ocaso de cada dia. Sendo que essa dívida vai acumulando inexoravelmente, até atingir um montante que conduza obrigatoriamente à insuportabilidade e à banca-rota.
A crise internacional acaba por ser o que de melhor aconteceu a Portugal enquanto Nação. Acabou com a margem de tolerância que permitia ir disfarçando a triste realidade e vai obrigar a curto prazo a uma de duas coisas: ou a arrepiar caminho ou a continuar a caminhar paulatinamente para o abismo. Mas nada vai ficar como até aqui. Numa bifurcação, vamos ter que escolher entre a banca rota - como aconteceu, por exemplo na Argentina há 12 anos -, ou a arrepiar caminho mediante o congelamento e a diminuição dos salários, a retoma da actividade primária, em especial a agricultura, para repôr em auto-alimentação a falta de meios para comprar os vegetais, o frango e o coelho no Pingo-Doce, o progressivo alargamento de taxas moderadoras nos serviços de saúde que se vão assumindo cada vez mais como taxas-preço do serviço, o abandono de utopias insuportáveis como a "saúde gratuita universal", o estabelecimento inevitavel de tectos e a diminuição das pensões mais elevadas da CGAposentações. E acabar, obviamente, com os 340 mil que são sustentados pelo Rendimento Social de Reinserção ou rendimento mínimo ou lá como se chama esta pesada herança do guterrismo.
Ou seja, para "isto" não romper de vez, vai ser necessário que as pessoas se prontifiquem a viver 25% ou 30 % abaixo do nível dos últimos anos. Quem persistir na defesa intransigente dos seus direitos "adquiridos" deve ser encarado como um inimigo do bem comum. Porque esses "direitos" só foram adquiridos à custa do endividamento que viria a ser pago pelas gerações futuras, por isso nunca foram um direito próprio obtido por mérito próprio. Foi um direito que se obteve através da assumpção de dívidas que alguém há-de pagar no futuro.
Por isso, esta geração que se instalou no poder desde o 25 de Abril de 1974 é uma geração parasita, chula, que chupou o país como uma praga de eucaliptos. Comeu o ouro que o Salazar cá deixou, comeu a totalidade do pouco que produziu e tem andado a comer aquilo que os miúdos com seis e sete anos de idade irão pagar durante o resto das respectivas vidas. Nada disto tem a ver com a esquerda ou direita. Foram todos eles, como elementos em papéis antagónicos e complementares de uma bem ensaiada companhia, que foram desempenhando os diversos actos desta ópera bufa que teve como libreto um texto constitucional irreal, impraticável, pueril e ingénuo.
Basta imaginar uma família que em cada mês tenha a necessidade de ir pedir emprestado 100 € para conseguir pagar as suas despesas desse mês. O nosso país tem vivido assim: cada hora que passa, Portugal fica a dever mais 2 milhões de euros. Não é preciso ser economista para perceber que "isto" vai ter que parar. A bem ou a mal.

quarta-feira, março 11, 2009

ACORDA !

- Oh Paulo, acorda, que já são oito !...
- O quê ? Eles marcaram outro ?

NÃO ESTÁ FÁCIL

Doze entaladelas devem deixar os hortícolas muito doridos. A única coisa grave é que os alemães nem mereceram cá os cinco nem lá os sete. Mas há coisas assim...
Ao menos assumiu-se com humildade a derrota e não se veio choramingar a pedir o perdão dos sócios, como chegou a fazer aquele menino de ouro que batia nos árbitros, que fez uma carreira a mergulhar e era o melhor do mundo, quando levou sete em Vigo.
Aos amigos sportinguistas um abraço neste dia difícil.
Outra coisa: na reportagem da RTP, dizia o comentador "...bola lançada por But que já foi guarda-redes do Benfica e mais um golo..." Como se o factor decisivo da jogada fosse a qualidade de ex-benfiquista. Não há paciência para estes filhos da puta destes jornalistas. É por estas e por outras do género que o benfiquismo é uma doença psiquiátrica tão enojante. Enquanto o Benfica não se libertar destes camelos...

FARO

No reino dos Algarves evita-se a sílaba "cu" por óbvias razões de pudor social e de bom gosto literário.

(enviado pela MBasílio)

A PRIMAVERA


....está a chegar.

terça-feira, março 10, 2009

CARLOS ABREU AMORIM

Tirado daqui.

O processo ‘Apito Dourado’ está a chegar ao fim. Após um vendaval mediático, zangas entre magistrados, posições públicas do PGR, arquivamentos e reaberturas, uma equipa especial de investigação, uma espécie de ‘livro’ e uma coisa que dizem ser um ‘filme’, muitas e muitas centenas de milhares de euros esbanjados e, para cúmulo, depois de terem cilindrado o Boavista e de fazerem do caso a (única?) base estratégica da actuação “futebolística” de um clube da capital, o saldo provisório é ridículo.
Ontem, a testemunha-chave de toda a arquitectura do imbróglio meteu os pés pelas mãos. Entrou em contradições sucessivas. Mostrou à saciedade que não sabe o que diz nem quando é ensinada - o ponto alto deu-se quando estava a ser interrogada em tribunal acerca da contradição entre as suas diversas versões dos factos e a ‘escritora’ respondeu: «Vendo as notas, foi o que me pareceu… O problema foi o inspector não ter escrito que o Jorge Nuno me falou desse valor…».
Claro que isto não importa nada aos que têm a certeza de tudo o que diz respeito ao Futebol Clube do Porto. Esses, quase todos, continuarão a dizer o que já diziam e a recitar o caso, o ‘livro’ e o ‘filme’ como evidências insindicáveis. Não ligarão nenhuma ao veredicto dos tribunais. Nem ao dos órgãos da UEFA. Continuarão à espera que a pseudo-justiça desportiva que temos persevere na vindicta, sem factos e contra o direito.
E jurarão que as suas derrotas e as vitórias dos outros são fruto de sinistras conspirações e de ínvias campanhas negras. Ou douradas.
Confesso que isso já não me importa muito. Esses milenarismos só iludem quem deles padece. E, ao invés, favorecem quem tem os pés bem assentes na realidade. Nós, portanto, continuaremos a ganhar. Porque o merecemos. Os iludidos não. Esses, continuarão a carpir e a clamar por homens providenciais, milagres e medidas salvadoras, que os indultem de serem como irremediavelmente são.

sexta-feira, março 06, 2009

CGT


Já recebi o componente que tanta falta me fez o ano passado. O apoio dos braços só tem a almofada. Parece que faltará a base, em "concha", em material mais duro. Mas o Pedro Alves, que tem uma coisa destas, fará certamente o favor de explicar.

EXCENTRICIDADES


Ainda não sei quem são os outros sócios, quanto me calha na despesa e qual o quinhão do prémio. Mas obrigado por me teres englobado no teu sonho.

JAF

O Amigo João Fonseca é um competente fotógrafo de ciclismo.
Na foto está a minha sombra. Há por aí quem diga que é o Contador, mas eu garanto que aquele ciclista é mesmo este vosso amigo.

IDA À BRUXA

Um homem vai à Vidente.
Chega e bate à porta.
Do outro lado ela pergunta: - Quem é?
O homem responde: - Hum, já estamos a começar mal!
(enviada por JM)

quinta-feira, março 05, 2009

SONETO DE AMOR

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

José Régio

MOSTRENGO


O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
Fernando Pessoa in Mensagem

quarta-feira, março 04, 2009

CANTIGO NEGRO

"Vem por aqui" --- dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!

Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.

Não, não vou por aí!
Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí.

José Régio

terça-feira, março 03, 2009

COISAS SOLTAS

1. A notícia de ontem era que o FCPorto-Sad estava em risco de falência. O ano passado teve prejuízos de 2,5 milhões e um passivo de 61,5 milhões. Ao mesmo tempo noticiou-se que a Benfica-Sad teve prejuízos de 9,35 milhões e um passivo de 140 milhões. Elogiou-se a gestão de Vieira. Estamos habituados ao rigor dos jornalistas portugueses.
2. A OCDE garante que daqui a 20 anos, quem se reformar vai ficar com 54% do valor do último salário. É a minha geração, uma vez mais , a "arder" no espeto em que o regime pós-25 Abril nos empalou com impostos enquanto nos assa em lume brando. Entretanto, as reformas da Função Pública continuam a sair com valores superiores a 2500 € mensais e alguns privados, como por exemplo os bancários, continuam a reformar-se "por inteiro" aos 50 anos de idade.
3. Os militares com as bonificações de "frente de combate" - afeganistão e bósnia, por exemplo, - atingem os 36 anos de serviço aos 45 anos de idade. E reformam-se. Por inteiro.
4. A ciganada, que não se pode mandar trabalhar sob pena de racismo, vive à nossa custa. Uma família de marido-mulher com 4 filhos recebe 1600 € por mês, habita numa casa camarária com rendas inferiores a 5 €, não paga água ou electricidade. Só gasta telemóvel topo de gama e vê Tv em plasma de 5.000 €.
5. Mas não são apenas os ciganos. Desde o Governo de Guterres que se criou uma classe parasitária que actualmente atinge os 340 mil pessoas a viver à custa do Rendimento Mínino Garantido. Que acumulam com o banco Alimentar de onde recolhem a comida. E com os hospitais de cuja taxa moderadora estão isentos, e com os Tribuanis onde nada pagam. Por isso é que são conhecidos muitos casos de beneficários daquele tipo que não dispensam o pequeno-almoço na Pastelaria com galão e queques.
6. As instituições bancárias afundam-se em escandalos de desvios dos depósitos dos clientes e em financiamentos de operações especulativas em vez de financiarem a economia real que produz riqueza e garante emprego.
7. O Sócrates faz números de ilusionismo de tipo One Man Show. E o sonho de todos e cada um dos opositores seria estar no lugar de Sócrates.
8. Em 2010 a República perfaz o centenário. Vou estar na Praça do Município em Lisboa com um cartaz de uma única frase: "Puta que vos Pariu".

segunda-feira, março 02, 2009

BTT EM DIVOR

O nosso reporter no local, JPiteira, depois de aprofundadas investigações, apurou que o sucesso ciclístico da pista ecológica junto a Évora se deve ao grande espírito de humanitarismo e filantropia que faz com que os ciclistas do Divor se disponibilizem por turnos para acudir a alguma queda mais grave que ocorra naquele espaço de lazer.
Na foto, uma pobre vítima de acidente ciclístico, prontamente socorrida pela equipa de BTT da Graça do Divor.
Façam muitos turnos destes e depois admirem-se que surja uma associação de "Mães do Divor"....

domingo, março 01, 2009

AMIGOS


(enviado pela Kika, via JM)