sábado, junho 30, 2012
Já processada para a banhoca em aguardente. A saga continua neste domingo.E já dura desde o fim-de-semana passado. Apesar da seca de inverno, este ano há o triplo da ginja. Mas, estranhamento, o estádio de maturação varia entre a flor por vingar até às podres por atraso na colheita, passando por verdes, meio tintas e "no ponto". Há muitas queimadas na face mais exposta ao sol. Tradicionalmente as ginjas têm maturação sincronizada. No espaço de uma semana têm que ser colhidas ou estragam-se. Este ano tem sido bastante diferente. O que dá mais trabalho, pois há que escolher logo na árvore.
A marca já está registada, talvez se lance no mercado o lote inaugural ainda este ano. Estou a ultimar a harmonização das rolhas com o modelo de garrafa.
Sempre quero ver se aqueles voluntários que existiam com tanto entusiasmo para a beberem de borla agora me farão o favor de comprar uma ou outra garrafa, com o IVA incluído. Vai ser mais um momento da verdade.
sexta-feira, junho 29, 2012
AMBIÇÃO E FALTA DELA
Ronaldo assume-se frustrado por ter perdido. Os outros ficam contentes por terem chegado tão longe. Em especial o Treinador, que tece loas a si próprio com arrogância parola. Estas diferentes atitudes psicológicas ilustram o que aconteceu no Torneio.
Em campo esteve uma equipa que só foi equipa a jogar à defesa, generosa no esforço, mas medrosa, a jogar para não perder. Foi assim, em especial com a Alemanha e com a Espanha. Com a Dinamarca aconteceu a sorte do jogo e a vantagem madrugadora que por pouco se ia desperdiçando por excessos defensivos. Com a Holanda e a Chéquia foi fácil que essas equipas eram muito inferiores.
Só em desvantagem a equipa se atirava para a frente, com destemor e ambição. Puxada por Ronaldo que arrojava, arriscava e transmitia confiança aos colegas. Mas mesmo assim com cada um a puxar para seu lado. O Nani nunca jogou em equipa. Jogou sempre sózinho. A única vez que passou a bola e não fossou até a perder proporcionou o golo mais bonito. O Postiga e o Almeida não estavam em campo para marcar golos. Apenas para pressionar a posse de bola adversária. O Varela teve duas breves oportunidades. Falhou uma com azar e acertou outra com sorte. As jogadas de ataque organizado e programado eram apenas os livres e os cantos. As tais bolas paradas. Não houve em campo uma estrutura colectiva, com funcionamento harmonioso e articulado no momento do ataque. Nessa fase do jogo era cada qual por si. Aconteceu apenas um conjunto de jogadores do meio campo, alguns muito bons, que suscitavam a intervenção dos colegas, apenas porque o bom futebol que jogam só podia suscitar aquele automatismo. Só Ronaldo combinou verdadeiramente com Coentrão. Habituados do Real. A jogar, a vencer e a ambicionar. Ronaldo foi o único que acreditava poder ser campeão europeu. Coentrão talvez. Os outros apenas queriam ir o mais longe possível. Mas o Treinador ganhou a lotaria. Nunca pensou chegar tão longe. E foi tanta a sorte pelo caminho. E, assim, vamos continuar sem equipa organizada no ataque, a depender da inspiração individual dos jogadores e da motivação do único que quer, mesmo, ganhar. A atitude competitiva de Ronaldo é extraordinária. Mas não chega. No ataque Ronaldo é o Plano A, B e C. Não há nada para além dele. À excepção do medo de perder que o Treinador não consegue disfarçar.
quinta-feira, junho 28, 2012
Miguel Veloso é o preferido dos gays portugueses
Apesar de ser considerado um ídolo entre a comunidade homossexual, que elogia o seu físico, Cristiano Ronaldo surge apenas na quarta posição num inquérito realizado pelo site portugalgay.pt. O jogador da Selecção preferido dos homossexuais, bissexuais e transexuais é ... Miguel Veloso.
O médio do Génova recebe 29% dos votos, seguindo-se o jovem avançado do Benfica Nélson Oliveira, com 16%. O guarda-redes Eduardo, com 10%, fecha o pódio.
Quanto a Cristiano Ronaldo, a estrela do Real Madrid recolhe apenas 7% dos votos
O médio do Génova recebe 29% dos votos, seguindo-se o jovem avançado do Benfica Nélson Oliveira, com 16%. O guarda-redes Eduardo, com 10%, fecha o pódio.
Quanto a Cristiano Ronaldo, a estrela do Real Madrid recolhe apenas 7% dos votos
Etiquetas: notícias muito importantes
quarta-feira, junho 27, 2012
PREÇO DO REGISTO DE MARCA
Em Janeiro deste ano no Instituto Nacional da Propriedade Industrial o registo on line de uma marca custava €101,40. Agora custa €120,00. Tal preço é devido pelo registo seja de uma marca de um produto artesanal como a GINJA DO SOBRAL, seja pelo registo de uma marca como MEO, ou ZON, ou Pingo-Doce, ou Cimpor, ou Galp.
É sempre a mesma lógica cretina do socialismo: tratar como iguais realidades diferentes. A este preço não vejo como o Ministro Alvaro consiga muitos voluntários para o empreendorismo e inovação em micro-empresas. Só se for em economia paralela que, nessa, não é necessário pagar estas burocracias.
terça-feira, junho 26, 2012
EUSÉBIO PEDE BANANAS
«Ele hoje pediu bananas para o pequeno almoço.,"
A UEFA já abriu um inquérito para apurar se a atitude é racista.
MESSI, MESSI !
Árbitro do Portugal x Espanha apanhado a gritar ‘Messi! Messi! Messi!’ a Ronaldo
Por Mário Botequilha
O INIMIGO PÚBLICO algures na Ucrânia – A selecção nacional de futebol foi recebida com vaias à chegada ao hotel onde irá pernoitar antes de vencer a Espanha na meia-final do Euro 2012.
O árbitro turco Cuneyt Çakir, que foi escolhido para arbitrar o Portugal x Espanha por Angel Villar, presidente da federação espanhola de futebol e do comité de árbitros da UEFA e por Senes Erzik, turco e vice-presidente do mesmo organismo, estava lá (disfarçado de adepto do Saragoça) e gritou “Messi! Messi! Messi!”, chamou bota da tropa à primeira-dama de Portugal (Irina Shayk) e teve palavras menos simpáticas para o urbanismo de Armação de Pêra. Cuneyt Çakir está a ser muito contestado pela FPF, que considera o senhor uma espécie de Michel Platini com apito. O presidente da UEFA, avança a LUSA, também foi visto a receber a selecção nacional com a célebre adaptação “Uma vergonha / Vocês são uma vergonha / Uma vergonhaaaaa / Vocês são uma vergonha” ao ritmo de “Guantanamera”. MB
NOTÍCIA COMPLETA NO INIMIGO PÚBLICO
segunda-feira, junho 25, 2012
SOLITÁRIO GEORGE MORREU
MADONA VELHA
(c) Henricartoon
Fabuloso cartoon que bem ilustra a diferença entre a realidade como ela é e como o markting ainda pensa que consegue fazer com que seja. Por cá, também há muito disto. Simone, Palma e outros serão óptimas companhias para jantar ou para conversar - enfim, para quem gosta de aturar vedetismos ou bêbados. Mas pôr esta gente a cantar e a receber cachet ? A Madona vive dos fans. Do culto que criou e que nunca entendi. Nunca consegui ser impressionado quer pela qualidade de cantora, quer pelos atributos de boazona. Nunca vi ali mais do que uma parolita mal vestida. Desculpem os fans, que isto é mesmo primitivo e preconceituoso, mas aquela racha dentária, ligada ao reviralho de olho, à pinta na cara, acompanhada pelas banalidades proferidas só para chocar pois que se esgotam no respectivo mau-gosto, tudo enquadrado em coreografias de menear as ancas e de abrir as pernas em sugestões de oferta sempre lhe conferiu um ar de gaja rasca. A tipa é chunga e pimba. Ah, mas traz com ela 300 camiões de material e de bailarinos e de técnicos. Está bem. Isso só faz dela uma tipa chunga e pimba com 300 camiões.
sexta-feira, junho 22, 2012
SÍNDROME METABÓLICA - ESTEATOSE - FÍGADO GORDO
"RESUMO - Também denominado fígado gordo, a esteatose hepática caracteriza-se pelo acúmulo de gordura no órgão. Entre as suas causas estão: obesidade, diabetes, colesterol elevado, triglicerídeos elevados e hipertensão, o que é conhecido como síndrome metabólica. O aumento do número de casos de portadores da síndrome permite dizer que, em breve, a esteatose será a principal causa de cirrose hepática."
"CONCLUSÃO - A "epidemia" da obesidade e o aumento do número de portadores da síndrome metabólica que observamos hoje possivelmente levarão a que o fígado gorduroso não associado ao consumo de bebidas alcoólicas venha a ser a principal causa de cirrose no futuro, superando em número de casos tanto a hepatite quanto o excesso no consumo de álcool."
Ler aqui o resto da matéria da autoria de Bianca Jonas, Farmacêutica Pós-Graduada em Análises Clínicas do LAC Cruz de Celas
A muita cerveja e o bastante whisky que mamei até há 20 anos atrás, em princípio, não serão a causa directa, pois que a eliminação do estímulo alcoólico faz regredir as lesões. E essa época ainda distava uma década do aparecimento dos primeiros sintomas. Por seu lado, o tratamento da minha asma durante 30 anos à base de derivados de cortisona não oferece muitas dúvidas. Neste caso, a eliminação do factor de risco é irrelevante. Os efeitos são irreversíveis. O colesterol elevado de origem hereditária é outra causa de manutenção e/ou agravamento da patologia.
Quando identificamos o inimigo a luta é mais fácil. E agora percebo a ineficácia de tantas horas de pedal na perda de peso. É que só os "açucares" eram metabolizados durante 10 horas de bicicleta. E por isso sentia fome insuportável a cada hora e meia. O ciclismo apenas impedia o aumento de peso, ao consumir imediatamente o que ingeria. Nunca chegava a iniciar a metabolização das gorduras acumuladas que se mantinham em reserva e que só variavam no sentido do respectivo aumento. E assim se explica o meu principal enigma: Mil e quatrocentos Km em 11 dias, com mais de 87.000 Kcal contabilizadas no pulsómetro, produziram uma quebra de peso corporal que mal atingiu um Kilo. No meu caso, a bicicleta tem servido para aumentar o apetite. O controlo do colesterol era a principal vantagem, para lá da tonificação cardíaca com reflexo directo na tensão arterial (que é outro factor de risco). O volume na zona superior do abdómen e a constante dor ao contacto - que durante muito tempo foi imputada ao refluxo gástrico - explica-se agora com toda a clareza. Tenho um fígado, pelo menos, com o dobro do tamanho de um fígado normal.
Logo se verá se isto significa que tenha maus-fígados.
Esta explicação, como se compreende, é simplista e simplória. Certamente que alguma gordura "queimo" com a bicicleta. Só que, por deficiente funcionamento da "caldeira das gorduras" - o fígado -, os resultados dessa "queima" sempre foram marginais em relação ao total de horas de exercício. Ou seja, até a passar fome é possível aumentar de peso e engordar. Creio deste modo ter contribuído decisivamente para fundamentar um dos principais axiomas dos obesos: até com água se engorda!
Agora, vamos descobrir os alimentos mais adequados. Porque os proibidos já andavam a ser evitados há muito tempo, embora por outras razões.
Curiosamente, a descoberta desta situação ocorreu por acaso, durante a investigação de um anormal alto nível de ferro no sangue.
Curiosamente, a descoberta desta situação ocorreu por acaso, durante a investigação de um anormal alto nível de ferro no sangue.
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quinta-feira, junho 21, 2012
AMIGOS DE INFANCIA
daqui
Os maiores paladinos dos princípios morais sobre sexualidade são sempre os mais rasteiros moralistas quando se trata da liberdade sexual dos outros.
A conclusão aplica-se em ambos os sentidos, como um pêndulo.Seja para a padralhada moralista, seja para a intelectualidade anti-padralhada que, mesmo disfarçada de irónica superioridade intelectual, não deixa de assumir essa rasteira atitude moral.
Porque o que está em causa é a liberdade. No caso, a sexual. E este conceito é absoluto, não admite relativismos. É para todos. Ponto final.
O bispo tem uma amiga de infancia. So what?
Os maiores paladinos dos princípios morais sobre sexualidade são sempre os mais rasteiros moralistas quando se trata da liberdade sexual dos outros.
A conclusão aplica-se em ambos os sentidos, como um pêndulo.Seja para a padralhada moralista, seja para a intelectualidade anti-padralhada que, mesmo disfarçada de irónica superioridade intelectual, não deixa de assumir essa rasteira atitude moral.
Porque o que está em causa é a liberdade. No caso, a sexual. E este conceito é absoluto, não admite relativismos. É para todos. Ponto final.
O bispo tem uma amiga de infancia. So what?
quarta-feira, junho 20, 2012
terça-feira, junho 19, 2012
SINFONIAS
Dizem os entendidos em técnica de piano que este músico, quando jovem, foi um executante de piano de primeira qualidade. Seguramente o melhor que existia em Portugal na década de 60 do século passado. Depois veio o 25 de Abril, surgiram os tachos políticos e a execução musical foi secundarizada.
Eu só o conheço da televisão, na sua qualidade misturada de agente musical, político da esquerda chic, benfiquista e cineasta subsidiado pela III República, pese embora a sua ancestralidade exibir algumas costelas azuladas, aliás, como é de bom-tom. Por vezes cruzava-me com ele na Baixa de Lisboa. Sempre com o ar desleixado, sujo, caspeado e despenteado que caracteriza os génios.
O seu último grande êxito musical foi a Sinfonia do Benfica - que ainda é record mundial pois o Benfica é o único clube do mundo que tem uma Sinfonia.
Não surpreende que se apelide pomposamente de "Sinfonia", - ao lado da 'Sinfonia nº40 de Mozart' - "alguns materiais desempregados" que "juntou", pois que o compositor é benfiquista e a nota artística, como sabemos, é sempre muito elevada na auto-estima benfiquista. Para lá de que a "duração de 25 minutos" faz antever a grandiosidade da "Sinfonia". Será certamente uma obra musical de mérito, pese embora aqueles ingredientes tão improvisadamente humildes. Esperemos que ainda melhor que a Sinfonia do Benfica cujo formato em CD tem sido o principal produto do merchandising benfiquista e cujas melodias são trauteadas pelas claques benfiquistas enchendo os estádios de cultura superior e de felicidade popular. Pois que há melodias que entram tanto no ouvido que nunca mais de lá saem.
Espero ver nas TV's, com directos e chamadas de "Ultima Hora", as reportagens da Cova da Moura com Eusébio e Vieira na primeira fila, com aquele ar de prazer deliciado de que todos nos recordamos com inveja, quando assistiram à apresentação mundial da Sinfonia do Benfica no Coliseu. Até porque desta vez a coisa dura só 25 minutos. O que é uma vantagem para quem já não aguenta muito tempo de prazer contínuo. Ou para quem nunca passou, sequer, dos prazeres rapidinhos. Aliás, conforme é regra dos benfiquistas: "dura pouco. Como o sexo."
Quando certos gajos usam avental tudo lhes é permitido na comunicação social e na vida. E se forem benfiquistas, então, o ridículo vai até ao infinito e mais além.
domingo, junho 17, 2012
O JIM CHEGOU AO PORTO
Com a ajuda do Amorim, que caprichou em que o Jim levasse para o Japão uma boa recordação da hospitalidade portuguesa.
Para aqueles que só chegaram agora, recordo que o Jim fez Barcelona-Porto contornando a Península Ibérica junto ao mar. Agora vai passar uns dias no Porto e depois voa para Osaka. Foram cerca de 2000 Km a dar ao pedal.
sexta-feira, junho 15, 2012
quinta-feira, junho 14, 2012
quarta-feira, junho 13, 2012
terça-feira, junho 12, 2012
ETERNIDADE
“(…) a vida não pode ser cortada repentinamente. Uma pessoa não pode estar morta enquanto as coisas que alterou não tiverem morrido. Os efeitos que provocou constituem a única prova de que esteve viva. Enquanto se conservar uma recordação, ainda que dolorosa, uma pessoa não pode ser posta de parte, morta.”
A Um Deus Desconhecido, John Steinbeck.
segunda-feira, junho 11, 2012
domingo, junho 10, 2012
sábado, junho 09, 2012
sexta-feira, junho 08, 2012
A CAMINHO DO NORTE
O nosso Jim, o Bravo Ciclista Japonês, largou hoje de Lisboa pela Nacional 8 em direcção ao Norte. Hoje, Sexta-feira, irá dormir em Torres Vedras. Amanhã, Sábado, passará por Bombarral, visitará Óbidos e irá dormir às Caldas da Rainha. Porque se trata da "minha" terra, registarei como favor pessoal o apoio que possam dar a este japonês aí no Oeste. Na vida vamos encontrando pessoas com quem simpatizamos. Regra geral porque nos identificamos com aquilo que elas fazem ou com aquilo que elas são. No caso do Jim, qualquer cicloturista que já fez viagens em autonomia, só pode sentir o desejo de o ajudar, seja com uma recomendação de alojamento, de trajecto, ou apenas como uma palavra de incentivo. Digo eu.
Ao Jim, que é de uma cultura diferente, custou-lhe perceber esta atitude desinteressada de disponibilidade para ajudar quem não se conhece. Mas, nós, os portugueses somos exactamente assim. Gostamos de ajudar só porque sim.
O Plano dele é o seguinte:
1. 06.08 Fri Lisbon Torres Vedras via N8
2. 06.09 Sat Torres Vedras - Caldas la Dainha via N8, visit Obidos,
3. 06.10 Sun Caldas da Rainha - Leiria or Marinha Grande via N242, visit Nazare
4. 06.11 Mon Leiria or Marinha Grande return trip to Batalha
5. 06.12 Tue Leiria or Marinha Grande Figuera da Foz 75 via beach road
6. 06.13 Wed Figuera da Foz Coimbra bus
7. 06.14 Thu Coimbra Figuera da Foz bus
8. 06.15 Fri Figuera da Foz Aveiro 70
9. 06.16 Sat Aveiro Porto via N327, N109 & A29 ( na A29 tenho que avisar o engano)
10. 06.17 Sun Porto Hotel
11. 06.18 Mon Porto Hotel
12. 06.19 Tue Porto Hotel
13. 06.20 Wed Porto
14. 06.21 Thu Narita ‥11:15NRT
quarta-feira, junho 06, 2012
A BANDEIRA DA REPUBLICA TUGA
Várias vezes tenho sido acusado de falta de patriotismo devido ao desprezo estético que dedico à bandeira da república portuguesa. Mas para aqueles que só sabem o que a Fátima Campos Ferreira lhes explica, recordo que em 1910 se estabeleceu uma grande discussão nos meios intelectuais republicanos sobre a escolha da bandeira nacional. A opinião que ganhou não logrou vencer pela persuasão dos argumentos, mas apenas porque era a facção maçónica que tinha mais pistolas e granadas, ou seja a Carbonária que já tinha sido a responsável pelo regicídio. Uma espécie de FP25 da época. Deste modo, a bandeira nacional foi escolhida com este método elevado e democrático. Foi imposta na ponta da baioneta.
Intelectuais como Fernando Pessoa, na época, tratavam assim a bandeira : "contrário à heráldica e à estética, porque duas cores se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicanismo português – o encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que, por direito mental, devem alimentar-se”.
Não estranha por isso que cavalgaduras intelectuais como Scolari tenham desenvolvido fixação simbólica por trapo tão garrido. Como sabemos tal comportamento é habitualmente desenvolvido pelos bovídios em arena.
Com esta explicação sumária pretendo evidenciar que ao criticar a actual bandeira estou a exercer o direito constitucional da liberdade de opinião que curiosamente os democratas do costume não gostam de ver "tão" exercida. No fundo, no fundo, para a esquerda republicana, a liberdade de expressão é um conceito sagrado. Mas para as opiniões deles. Não é para outros poderem dizer em voz alta aquilo que os incomoda.
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terça-feira, junho 05, 2012
RAPIDINHA
O Advogado: -Tantos anos de casamento, o Senhor com 89 anos e a Senhora com 81 e agora querem o divórcio ?... Não é possível a conciliação ?
Ela: - Sabe, Senhor Dr., ele já só tem uma erecção por ano...
Ele: - Pois, e ela quer que eu a desperdice com ela....
Ela: - Sabe, Senhor Dr., ele já só tem uma erecção por ano...
Ele: - Pois, e ela quer que eu a desperdice com ela....
A SELECÇÃO DE TODOS OS OUTROS
Quando era criança foi-me negado o direito de me identificar com a Selecção Nacional. Tu nem és do Benfica - remetiam-me assim para a minha efectiva qualidade de português de segunda. Em França sofri. Com os golos de Jordão e com a amargura de ter sido roubado pelo execrável Platini. E percebi que estas coisas de passar às finais tinha a ver com outras bolas. Nunca gostei de franceses desde o tempo da Madame Dominique, essa grande vaca que se dizia Professora de Francês e que me tratava por Msr. Mouton só para me humilhar na sala de aula. E desde o Platini ainda menos. Logo a seguir veio Saltillo e percebi que aqueles jogadores estavam interessados em tudo menos em assumir um presumido patriotismo. No Oriente voltei a desgostar e a sentir-me afastado da Selecção. Fosse pela miserável campanha jornalística, encabeçada pela SIC, contra o Seleccionador Oliveira que, por não ser benfiquista, foi atacado desde o primeiro dia, até à agressão escandalosa a um árbitro a soco e à nojenta campanha de desculpabilização do mais vergonhoso acto cometido em representação de um País. Depois veio a cavalgadura. A grande besta. Bastou-lhe ter zurrado na direcção do FCPorto para ter merecido a unanimidade dos favores da Comunicação Social. Foi deprimente durante anos ver tanto Jornalista supostamente inteligente a justificar os erros e a falta de mero bom senso do azeiteiro cujo conhecimento dos fundamentos do jogo não passava do nível rudimentar, conforme se veio a comprovar na carreira internacional que por breves e incompletos campeonatos ensaiou à custa de uns milionários novo-ricos induzidos claramente em erro. Em 2004 a Selecção Nacional deveria ter a base na equipa de Mourinho que fora campeã europeia naquele ano, da mesma forma que nos anos 60 assentava na equipa do Benfica. Mas os acordos paralelos que a cavalgadura mantinha com interesses privados levou-o a desafiar a lógica e a meter a jogar quem precisava de angariar um último contrato ou promover os jogadores do Benfica, Clube que iria treinar após o europeu nos termos do contrato promessa que veio a ser publicamente rescindido quando transpirou para a comunicação social. Entrou-se a perder com Grécia. Com total falta de vergonha, a cavalgadura meteu a jogar, só então, a equipa de Mourinho. A mesma que dois dias antes com o acordo da unanime comunicação social ficara no banco ou nem fora convocada. E os rapazes de Mourinho lá foram desenrascando o suficiente desde que a cavalgadura não zurrasse e não tentasse explicar como se jogava. Aliás, anos mais tarde no Chelsea, a cavalgadura passou pela vergonha suprema de tentar ensinar a Drogba como este se deveria desmarcar e o Didier a explicar em voz alta que era exactamente ao contrário. Mas por cá bastava que a cavalgadura zurrasse contra o FCPorto para que os jornalistas desportivos o aplaudissem de pé chegando ao ponto de o desculpabilizar quando em representação ed Portugal agrediu a soco um jogador adversário. O melhor guarda-redes da época não foi posto a jogar e optou-se por um outro que ficou famoso por ter defendido um penalty sem luvas e por ter marcado um outro com o pé, como se não houvesse jogador de campo para tal tarefa.. Aliás, esse moço, voluntarioso sem dúvida, findo o Europeu de 2004 andou a a arrastar a carreira e os respectivos glúteos pelo banco de equipas secundárias espanholas e nacionais, o que comprova a extraordinária situação de um guarda-redes só ter sido bom quando jogava na baliza de uma Selecção Nacional. Por estas razões todas celebrei o golo da Grécia, o segundo, aquele frango monumental do tal guarda-redes que era melhor que o outro que ficou de fora. O destino costuma ser cruel e não consentiu que a cavalgadura tivesse sido campeã europeia. Ademais, o desfile triunfal transmitido em directo pelas televisões numa antecipação certa e segura da vitória na Final só podia ter conduzido a tal resultado. O ovo já tinha fugido do oviduto da galinha. Logo após fiquei agoniado com a condecoração de Sampaio ao segundo lugar, ao mesmo tempo que a negava à equipa campeã europeia desse ano. Abominei a parolada das bandeirinhas às janelas. Essa bandeirinha em cores berrantes, com uma estética e uma simbologia própria de um país do terceiro mundo e em relação à qual o próprio Fernando Pessoa considerava ser o vermelho o sangue inocente derramado pela republica e o verde a relva de que se alimentavam as cavalgaduras jacobinas que a impuseram ao Povo. Actualmente, temos um grupo de jogadores cuja principal qualidade futebolística é ter sido treinado por Paulo Bento. E, assim, qualquer ex-jogador do Sporting, mesmo que na última época tenha sido suplente num clube secundário espanhol, já serve para a Selecção. O critério prático acaba por ser o Sporting - que não tem culpa -, porque Paulo Bento não consegue lidar com jogadores mais temperamentais. Logo se verá a falta que Ricardo Carvalho faz naquele defesa, apenas porque Paulo Bento não soube gerir uma inflamação de egos. E, depois, irrita-me a risca ao lado do Cristiano, o pescoço empertigadinho do João Pereira, o sotaque transmontano do Pepe, as cambalhotas do Nani, a atraso do Postiga ao golo, o parolismo das cores do autocarro, o bombardeio noticioso com as não-notícias da Selecção, do avião a levantar, a voar e a aterrar, do campo de treinos vazio porque hoje de manhã não há, do traque que o defesa deu e da bufa que o médio largou. Cansa. E cansa mais uma vez ver as put@s das bandeirinhas. As insuportáveis bandeirinhas fabricadas na China e o Vietname. E agonia-me associar a Selecção aos Estádios que o Alto Refugiado mandou fazer a esmo para impulsionar a economia nacional com dinheiro emprestado que os meus filhos vão ter que pagar nos próximos 50 anos. Irrita-me a camisola para o Cavaco e os votos de boa sorte através daquela boca sempre cheia de bolo rei. Incomoda-me o vedetismo parolo dos jogadores. Enjoa o marialva alargar de perna para mostrar que os respectivos são a única coisa desproporcionada em corpos tão perfeitos. Indigna-me o valor dos prémios de jogo. E fico estarrecido com a pouca-vergonha do preço do Hotel. Os labregos dos tugas que não têm dinheiro para mandar cantar um ceguinho acomodam-se no Hotel mais caro que encontraram. Mais caro do que o Hotel daqueles que estão a emprestar dinheiro para evitar a falência imediata do país. E para finalizar, à laia de grand final, tiraram-me um c à Seleção. Como dizia Jacinto Galeão na Cidade e as Serras, Irra é demais!
E nem quero tocar no tema Madail, para não ter que vomitar aqui em directo.
No próximo jogo eu apoio a Alemanha.
Não gosto de xungas, que querem ?
E nem quero tocar no tema Madail, para não ter que vomitar aqui em directo.
No próximo jogo eu apoio a Alemanha.
Não gosto de xungas, que querem ?
segunda-feira, junho 04, 2012
JIM, THE BRAVE
Ontem,em Setúbal, à chegada do Ferry de Troia. O Jim está adiantado 4 dias em relação ao plano inicial da viagem. Percebo muito bem o seu desejo de encurtar etapas e de antecipar o regresso. Ao fim de algum tempo em solitário na estrada aquilo que mais queremos é chegar a casa. Hoje vem almoçar ao Cofre Verde que é, como sabemos, o lugar mais importante em Lisboa. E depois vou ajudá-lo a programar a viagem para norte até ao Porto.