domingo, dezembro 30, 2012
Para desejar Bom Ano aos leitores que por aqui se dão ao trabalho de passar, utilizo este postal composto pelo Miguel Saavedra, insígne fotógrafo profissional que me honra com a consideração que me dirige e que eu tento, desajeitadamente, retribuir. Na fotografia temos o caminho apertado, o mar de oportunidades, o ceú nublado e algumas, poucas, abertas de céu azul. Que cada um saiba interpretar o novo ano à sua maneira e construir o seu futuro!
sábado, dezembro 29, 2012
sexta-feira, dezembro 28, 2012
FIM DE ANO TERREIRO DO PAÇO
FESTAS DE FIM DE ANO no Terreiro do Paço, em Lisboa.
Percorre-se o Portal dos Contratos Publicos por adjudicação directa de espectáculos, por exemplo, de Paulo de Carvalho, e vê-se que ele é contratado por Camaras Municipais e Empresas Municipais.
Em qualquer país do Mundo, as gentes do espectáculo são subversivas, contestatárias, anti-sistema. Por cá, os nossos artistas só são do contra quando o Governo não é socialista, porque existe a tendencia de, à direita, se cortar um pouco na contratação publica das artes musicais. Quando o governo é socialista, os nossos artistas funcionam exactamente como os artistas soviéticos ou como os artistas do Estado Novo. A sua arte fica automaticamente ao serviço de quem lhes paga as continhas mensais.
A Autarquia Socialista paga aos artistas mais do que eles receberiam por uma Promotora de Espectáculos Privada, no caso de eles terem essa hipótese de trabalho na Passagem do Ano. Só assim se explica que trabalhem no Terreiro do Paço.
Esta é uma das razões pelas quais os artistas nacionais - e muitos brasileiros que por cá actuam - passam as respectivas vidinhas a dar vivas ao socialismo e ao sector publico, a falar contra o capitalismo, etc.. Aliás, o capitalismo só lhes interessa para a venda dos discos. Naturalmente porque não existe autarquia alguma que lhes compre os discos por atacado. Para espectáculos em geral interessa o sector publico autarquico - de todas as cores politicas - que os contratem para as Festas de Fim de Ano, Santos Populares, Festas das (respectivas) Cidades, etc.
Percorre-se o Portal dos Contratos Publicos por adjudicação directa de espectáculos, por exemplo, de Paulo de Carvalho, e vê-se que ele é contratado por Camaras Municipais e Empresas Municipais.
Em qualquer país do Mundo, as gentes do espectáculo são subversivas, contestatárias, anti-sistema. Por cá, os nossos artistas só são do contra quando o Governo não é socialista, porque existe a tendencia de, à direita, se cortar um pouco na contratação publica das artes musicais. Quando o governo é socialista, os nossos artistas funcionam exactamente como os artistas soviéticos ou como os artistas do Estado Novo. A sua arte fica automaticamente ao serviço de quem lhes paga as continhas mensais.
Etiquetas: o Socialismo aplicado à Cultura do Regime
quinta-feira, dezembro 27, 2012
NOVO LIDER DA ESQUERDA
Notícia do INIMIGO PÚBLICO
"O falso consultor da ONU já está a fazer estremecer a liderança de António José Seguro.
Está a ser preparada uma vaga de fundo fortíssima que já conseguiu o apoio dos bibelôs das petições e de todas as personalidades importantes de esquerda da sociedade portuguesa. “Vamos esquecer o Artur Baptista da Silva falso consultor da ONU e vamos pensar apenas no Artur Baptista da Silva como ser humano. Há muitos anos que não aparecia um pessoa assim. Tem presença, carisma, ambição, sabe falar, é persuasivo, tem o dom de falar ao coração das pessoas, sólida preparação teórica e técnica e consegue fazer a síntese dos melhores snacks mentais de esquerda da actualidade. Só ele é que poderá unir o PS, o Bloco, o PCP e os social democratas do PSD num governo de esquerda”, afirmou uma importante personalidade de esquerda."
quarta-feira, dezembro 26, 2012
terça-feira, dezembro 25, 2012
segunda-feira, dezembro 24, 2012
NOITE DE CONSOADA
Natal Chique
Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Vitorino Nemésio
NICOLAU SANTOS DA SIC/EXPRESSO É UMA CAVALGADURA JORNALÍSTICA
É conhecido o caso do burlão que esteve preso até há um ano por burlas e cheques carecas que foi entrevistado em TV´s e Jornais como se tratasse de um economista da ONU dirigindo um Gabinete de Estudos sobre os Países do sul da Europa.
Aqui, a síntese da grande barraca.
"O Expresso publicou na sua edição de 15 de dezembro no caderno de Economia uma entrevista com Artur Baptista da Silva, suposto membro do PNUD e supostamente encarregue pela ONU de montar em Portugal um Observatório dos países da Europa do sul em processos de ajustamento.
A entrevista ao Expresso tem repercussão internacional e a Reuters traduz uma grande parte para inglês. O jornal norte-americano "Chicago Tribune" dá também relevo à entrevista.
Tudo indica que Artur Baptista da Silva não exerce os cargos e as responsabilidades que dizia ocupar e que as declarações que fez não vinculam nem a ONU nem o PNUD. Investigações conduzidas pelo Expresso e por outros órgãos de comunicação social indicam que Artur Baptista da Silva não faz nem nunca fez parte dos quadros de nenhuma daquelas organizações.
Artur Baptista da Silva intitula-se também professor em "Social Economics", na Milton Wisconsin University, nos Estados Unidos da América. Consultados os sites alusivos aquela universidade constata-se que ela encerrou em 1982."
x-------x------x------x
No Basfémias, João Miranda efectuou uma síntese, que aqui copio quase por inteiro, pois que se deixasse apenas o link, a ligação acabaria por ficar sem efeito. E esta história é tão elucidativa do tipo de Jornalismo que se faz em Portugal, que aqui fica. Para que conste.
"1. Artur Baptista Silva diz o mesmo tipo de disparates que 90% dos comentadores que aparecem na TV e comentam nos jornais.
2. No Expresso, Nicolau Santos tem propagado mais ou menos as mesmas falácias que Artur Baptista Silva semana após semana, ano após ano, sem que ninguém o acuse de ser burlão. Se perguntarem ao Artur Baptista Silva onde se inspirou, aposto que ele dirá que foi nas colunas de opinião do Nicolau.
3. Não se pode esperar que um jornal em que o Nicolau Santos é o responsável pela secção de economia consiga distinguir um discurso económico com lógica de uma aldrabice. Aldrabice é a cultura da casa.
.4. Ao longo de 2012, a discussão pública em Portugal andou à volta de variações das ideias de Artur Baptista Silva. Basicamente, não somos responsáveis pela nossa dívida e os alemães/BCE/FMI é que devem pagar a conta porque nós temos o direito adquirido de continuar a viver folgadamente. Não houve um editor de economia que não tenha caído nesta lógica.
.5. Ao longo deste ano a comunicação social divulgou de forma totalmente acrítica os maiores disparates. Por exemplo, há menos de uma semana todos repetiram a tese do Ricardo Cabral de que a TAP valeria 1000 milhões de euros. Era disparate, mas era o disparate que todos queriam ouvir.
.6. No período que se seguiu ao anúncio do aumento da TSU os jornais escreveram todo o tipo de disparates: tabelas erradas, contas erradas, estudos mal amanhados, análises erradas, desinformação. Nenhum jornal conseguiu explicar em que é que a medida consistia e poucos jornalistas da área económica perceberam exactamente o que se pretendia. O resultado foi uma solução pior mas mais consensual.(...)
8. A comunicação social que aceitou como legítimo o Artur Baptista da Silva é a mesma que tomou por bons todos os estudos sobre SCUTs, OTAs, TGVs e afins e que ajudou a vender a estratégia dos grandes eventos e do investimento em grandes obras públicas. É a mesma que apoiou a trajectória suicidária de Sócrates rumo à bancarrota e desculpou tudo com a crise internacional e as agências de rating.
.9. Recorde-se que a comunicação social deixou de falar do Krugman no dia em que ele cá veio dizer que Portugal tem que cortar na despesa." (e que os salários de Portugal tinham que baixar 30% em relação à Alemanha, acrescento eu).
Num país a sério Nicolau Santos demitia-se com o título do idiota do ano, aferido pela falta de profissionalismo e pela tendenciosidade de actuação. Se ele fosse médico tinha morto o doente e se fosse advogado tinha-se esquecido do Julgamento onde o Cliente foi condenado à pena de morte. Pessoalmente não o conheço nem emito opinião sobre ele. Mas como jornalista que aparece semana após semana na SIC e no Expresso, a tentar-me impor a visão que a Maçonaria portuguesa tem sobre a nossa sociedade, Nicolau Santos é uma cavalgadura incompetente. É que ele não faz notícias com factos. Ele faz notícias com as opiniões que ele, à partida, considera conformes com a sua ideologia.
Num país a sério Nicolau Santos demitia-se com o título do idiota do ano, aferido pela falta de profissionalismo e pela tendenciosidade de actuação. Se ele fosse médico tinha morto o doente e se fosse advogado tinha-se esquecido do Julgamento onde o Cliente foi condenado à pena de morte. Pessoalmente não o conheço nem emito opinião sobre ele. Mas como jornalista que aparece semana após semana na SIC e no Expresso, a tentar-me impor a visão que a Maçonaria portuguesa tem sobre a nossa sociedade, Nicolau Santos é uma cavalgadura incompetente. É que ele não faz notícias com factos. Ele faz notícias com as opiniões que ele, à partida, considera conformes com a sua ideologia.
Da mesma forma que no Conto do Vigário só embarca quem está psicologicamente predisposto à ganância, o nosso jornalismo está receptivo a ouvir como “autoridade sobre a matéria” todos aqueles que digam aquilo que os jornalistas, à partida, já pensam sobre o assunto.
A culpa do estado a que isto chegou deve-se à falta de sentido crítico da sociedade, exactamente porque o jornalismo português, nunca foi um poder independente. Foi apenas a montra publicitária dos restantes poderes. Foi um mero instrumento para se chegar onde se pudesse mamar na malga do OGE.
domingo, dezembro 23, 2012
sábado, dezembro 22, 2012
TÓ ZÉ IMPEDIU O FIM DO MUNDO
O Secretário geral do Partido Socialista declarou ser contra o Fim do Mundo, porque tal condição não estava prevista no memorando de entendimento com a Troika. Tó Zé acusou a deriva neo-liberal do Governo como a principal causa para o Fim do Mundo. Assim, só restava ao Partido Socialista solicitar ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva do Fim do Mundo. Prevê-se que os Juízes Constitucionais só para Fevereiro profiram decisão. Até lá, o Fim do Mundo fica suspenso. Boa, Tó Zè !
Etiquetas: A utilidade do Tó Zé
sexta-feira, dezembro 21, 2012
NÃO POSSO DEIXAR ACABAR O MUNDO SEM DESPEJAR O SACO
A vida é filha da puta,
A puta é filha da vida...
Nunca vi tanto filho da puta
Na puta da minha vida.
( quadra atribuída a Bocage)
A puta é filha da vida...
Nunca vi tanto filho da puta
Na puta da minha vida.
( quadra atribuída a Bocage)
Etiquetas: convem não esquecer quem foram os principais responsaveis
quinta-feira, dezembro 20, 2012
quarta-feira, dezembro 19, 2012
terça-feira, dezembro 18, 2012
ANTÓNIO NEVES
Tenho a sorte de usufruir diariamente destas duas aguarelas do mestre. Aconselho um percurso pelo site do Artista. http://antonioneves.pt/aguarelas/
segunda-feira, dezembro 17, 2012
TAMBÉM EU
...tenho dificuldades com a informática. Hoje os nossos filhos e netos recebem Ipads, portáteis, discos externos e vários outros equipamentos que ao fim de um ano estão desactualizados. Ainda me lembro da emoção que era receber uma caneta de tinta permanente pelo Natal. E se fosse Parker, então, era um delírio. E havia um canal de televisão a preto e branco que abria às 7 da tarde e fechava às 11 da noite.
Foi há 40 anos. Apenas há 40 anos.
sábado, dezembro 15, 2012
LATINISTA
Foi deixado um comentário a esclarecer o verdadeiro sentido da expressão "veritas filia temporis".
"Veritas filia temporis não tem nada a ver com "Na verdade, oh filha, temos tempo".. A tradução mais próxima que se me sugere, de momento, é "O tempo perfilha a verdade", ou, talvez melhor, "A verdade é filha do tempo", o que equivale ao nosso ditado "A verdade vem sempre ao de cima [mas é preciso tempo, claro".Respondi ao erudito.
"Eh pá, obrigado por ter esclarecido o sentido da tradução. Eu não sabia. Mas olhe que não é por mal. Vou já emendar! Olhe para lá, para ver a emenda. E entretanto vá dar banho ao cão que deve ser o único ser vivo com sentido de humor aí em sua casa."
sexta-feira, dezembro 14, 2012
TÓ ZÉ, O PALHAÇO POLÍTICO
Recolhi no Corta-fitas esta incongruência socialista entre o que se faz e o que se diz, só para tentar subir nas sondagens.
As pessoas sérias há muito perceberam que o Tó Zé Seguro não passa de um vulgar pantomineiro, pela simples razão de que não há dinheiro para aquilo que o Tó Zè ameaça que vai fazer. Ainda que fosse, por remota hipótese, capaz. O que se lamenta é que a nossa classe jornalística não tenha a honestidade intelectual e a seriedade profissional para tirar o barrete a um palhaço destes.
Aqui vai a citação parcial:
Memorando com a Troika negociado e assinado pelo Partido Socialista
«Privatizações
3.31. O Governo acelerará o programa de privatizações. O plano existente para o período que decorre até 2013 abrange transportes (Aeroportos de Portugal, TAP, e a CP Carga), energia (GALP, EDP, e REN), comunicações (Correios de Portugal), e seguros (Caixa Seguros) (...) O plano tem como objectivo uma antecipação de receitas de cerca de 5,5 mil milhões de euros(...). O Governo compromete‐se a ir ainda mais longe, prosseguindo uma alienação acelerada da totalidade das acções na EDP e na REN, e tem a expectativa que as condições do mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final de 2011.»
Discurso de António José Seguro, líder do Partido Socialista, no dia 8 de Dezembro:
«A TAP não é uma empresa qualquer e não está em causa quem dá mais. O que está aqui em causa é um instrumento estratégico para a vida do nosso país», indicou o líder socialista, numa reunião com a Plataforma da Cidadania. No Porto, António José Seguro recordou que a maioria aceitou uma proposta socialista que obriga o Governo a «legislar e definir a defesa do interesse nacional nas privatizações, algo que o «Governo não fez»
quinta-feira, dezembro 13, 2012
EUSÉBIO LABREGO
"Com certeza que fiquei feliz. O Benfica ganhou. Aliás, o Benfica perdia ali só se jogasse com juniores”, refere Eusébio da Silva Ferreira.
Desde sempre me lembro das gaffes e das infantilidades que Eusébio foi despejando na sociedade portuguesa sempre resguardado por uma comunicação social paternalista que lhe foi desculpando as cavalidades pela conjugação de dois factores culturais: o ser preto e o ser benfiquista.
Mas é bom que se diga que o ser preto nada tem a ver com a estupidez. Aliás, conhecem-se situações de jogadores estrangeiros com proveniencia em países do terceiro mundo que se tornam nuns homenzinhos polidos e civilizados.
Mas Eusébio foi despejado no Benfica. E nunca evoluiu. Ali só poderia ter aprendido, como aprendeu, o lado negro do clubismo parolo e alarve. Mais do que o mau perder que nos últimos anos Eusébio tem revelado em relação ao FCPorto, assume agora em direcção ao Sporting Clube de Portugal a arrogância típica dos parvos que não sabem ganhar.
O chá escocês não lhe desculpa tudo. Eusébio não passa de um labrego que ao fim de 50 anos continua no mesmo nível de rusticidade com que chegou de Moçambique.
quarta-feira, dezembro 12, 2012
O SIGNIFICADO DE SALOIO
(In Panorama 1838)
Por outrpo lado, Robin de Amorim no seu Elucidário de Conhecimentos Quase Inúteis - que vou citar de memória - situava a origem também no tempo de conquista de Lisboa aos mouros, mas empurrava o termo saloio para o tributo em sal que os mouros tinham que pagar por lhes ser autorizado cultivar as terras nos arredores do Castelo. Ou seja, da actual Zona dos Restauradores para cima passa já tudo a ser saloio. Incluindo o lado sul da Segunda Circular. E assim se entende o ar palestiniano do orelhas.
Segundo José Pedro Machado [Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Livros Horizonte, Lisboa], saloio provém do vocábulo árabe ('çahrauii'/'çahroi', «homem, habitante do deserto»). No seu Novo Dicionário da Língua Portuguesa (3.ª edição da Sociedade Editora Portugal-Brasil, 1922), Cândido de Figueiredo remete também saloio para a acepção antiga de «moiro, originário de Salé», com origem no nome árabe 'çaloio' («de um tributo que em Lisboa pagavam os padeiros moiros»).
De Salé (salatino ou saletino) é o registo, igualmente, de Caldas Aulette, no seu Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (Editora Delta, Rio de Janeiro, 1958): «Salatino, adj., que diz respeito aos salatinos, mouros corsários de Salé, que se estabeleceram perto de Lisboa. - s.m., descendente dêsses mouros, hoje chamado saloio.»
Ainda sobre o vocábulo saloio e o seu uso, o Dicionário Houaiss regista esta passagem elucidativa do historiador Miguel Leitão de Andrade (1629):«(...)deixando el-Rei D. Afonso Henriques ficar no termo de Lisboa os mouros, em suas fazendas e lugares de pagar o mesmo que aos seus reis mouros, a estes chamavam saloios (...)».
"É notável a reminiscência árabe nos arredores de Lisboa e de Sintra, duas praças-fortes dos mouros, que D. Afonso Henriques conquistou. Ao que parece, nesses arredores instalou-se uma tribo proveniente do Sahara, que em árabe se chamavam os saharauii. Daí dizem que nos veio o termo “saloio”. A mudança do R para L é comum, sahalauii, mas, mesmo assim, é uma etimologia ainda difícil de compreender, para mim pelo menos. Mas se os entendidos dizem que os saloios vieram do Sahara, talvez também tenham vindo de lá os famosos “queijinhos saloios”, e isso já é uma boa notícia."
De Salé (salatino ou saletino) é o registo, igualmente, de Caldas Aulette, no seu Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (Editora Delta, Rio de Janeiro, 1958): «Salatino, adj., que diz respeito aos salatinos, mouros corsários de Salé, que se estabeleceram perto de Lisboa. - s.m., descendente dêsses mouros, hoje chamado saloio.»
Ainda sobre o vocábulo saloio e o seu uso, o Dicionário Houaiss regista esta passagem elucidativa do historiador Miguel Leitão de Andrade (1629):«(...)deixando el-Rei D. Afonso Henriques ficar no termo de Lisboa os mouros, em suas fazendas e lugares de pagar o mesmo que aos seus reis mouros, a estes chamavam saloios (...)».
"É notável a reminiscência árabe nos arredores de Lisboa e de Sintra, duas praças-fortes dos mouros, que D. Afonso Henriques conquistou. Ao que parece, nesses arredores instalou-se uma tribo proveniente do Sahara, que em árabe se chamavam os saharauii. Daí dizem que nos veio o termo “saloio”. A mudança do R para L é comum, sahalauii, mas, mesmo assim, é uma etimologia ainda difícil de compreender, para mim pelo menos. Mas se os entendidos dizem que os saloios vieram do Sahara, talvez também tenham vindo de lá os famosos “queijinhos saloios”, e isso já é uma boa notícia."
QUADRA NATALÍCIA II
(foto Tartaranhão)
A vaca e o burrinho
Do presépio despejados.
Ficam os Pais e o Menino
À manjedoura agarrados.
A vaca e o burrinho
Do presépio despejados.
Ficam os Pais e o Menino
À manjedoura agarrados.
terça-feira, dezembro 11, 2012
segunda-feira, dezembro 10, 2012
O DERBY DECISIVO
(c) Henricartoon
Desejo a vitória do Sporting. Por razões "racionais" de pontuação e por razões emocionais do coração. Porém receio que o Sporting Clube de Portugal não se fique apenas pela volumosa derrota. O resultado de hoje à noite pode ser a ignição de uma crise institucional que pode acabar nos distritais. Esperemos que não.
Etiquetas: contra o benfica marchar marchar
domingo, dezembro 09, 2012
O PILHA GALINHAS
Ouvir em especial o Pilha-galinhas.
Minutos - 1:45 a 2: 45. 4:00 a 5:00. 6:28 a 6:55
Minutos - 1:45 a 2: 45. 4:00 a 5:00. 6:28 a 6:55
sábado, dezembro 08, 2012
sexta-feira, dezembro 07, 2012
PAI DE JUÍZA CONDENADO
Pai de juíza condenado a 20 anos de prisão por homicídio qualificado
As generalizações são sempre perigosas e corro o risco de ser injusto para com os Juízes togados que julgaram o Pai da sua Colega. Provavelmente sozinhos também condenariam o arguido. E a atitude de ordenar de novo a prisão preventiva, mandando lixar a Relação que a tinha mandado substituir, demonstra que ali as cunhas não estavam a funcionar.
Mas não consigo evitar a associação entre a condenação e o facto do julgamento ter envolvido Jurados civis que decidiram em matéria de culpa.