O PÓS-DIA DA VERGONHA
Ontem critiquei a greve dos Professores aos exames do 12º ano. E fundamentei a minha opinião no carácter essencial, irrepetível e determinante para a vida dos alunos daqueles exames.
Acontece que tenho um outro filho a acabar o 7º ano. Tem havido greve às avaliações. Por isso, este estudante não vai conhecer as suas notas nos dias mais próximos. Neste particular, posso ter uma opinião sobre os fundamentos da greve, mas isso é aqui irrelevante. O que interessa é que esse tipo de greve não comporta consequências muito graves para os alunos do 7º ano. Até porque todos eles já têm uma ideia da nota que vão ter. Aliás, mais vale que os Professores façam greve às avaliações nestes anos, do que deixem de dar aulas.
E faço aqui esta referencia para contrapôr à situação dos exames do 12º ano. Talvez assim se perceba a diferença entre uma forma de luta sindical legítima e proporcionada e uma forma sindical de luta abusiva e escandalosa.
Mais, estando activa aquela greve às avaliações - e desse modo mantida a pressão negocial sobre o Ministério - o alargamento da greve aos exames do 12º ano não visou qualquer finalidade estrita do domínio laboral dos Professores.
O que se pretendia foi criar o caos. Mesmo que à custa dos alunos, como se viu. E causar o caos é o principal objectivo deliberado pelo Comité Central do Partido Comunista onde, aliás, tem assento o Arménio sindicalista. O lançamento da sociedade comunista começa por criar o caos na sociedade burguesa, por meios de greves, tumultos, manifestações e sabotagem económica, surgindo, então, uma vanguarda de trabalhadores - a ditadura do proletariado - que conduzirá as massas ao reino das maravilhas. Isto vem nos livros. E a Central Sindical Comunista revelou que no último ano efectuou mais de 3.000 acções de luta - mesmo que a esmagadora maioria dessas acções de luta não tenha passado de uma dezena de sindicalistas profissionais que se deslocam de terra em terra com o mesmo cartaz para apupar os Ministros e para cantar a grandola, mas que as Televisões filmam sempre de baixo para cima para que pareçam as centenas e milhares que o jornalista verbaliza na notícia respectiva.
Ora bem, a luta dos Professores encaixou que nem ginjas nesta estratégia do Partido Comunista. A qual normalmente não produz muitos efeitos, desde que os sindicatos da UGT se mantenham de fora. Mas como actualmente os socialistas pretendem voltar ao governo a todo o custo, instrumentalizaram os seus sindicatos. Além de que a UGT, com lider novo, precisava de uma "greve geral" e muitas parcelares para fazer prova de vida. Pois é isso que lhe vai dar peso político específico. Assim, é bom que se perceba onde o Nogueira pretende chegar com estas greves. E é bom que os socialistas percebam que daqui a dois anos serão governo e depois não de queixem de não conseguir controlar os comunistas.
Os professores têm o direito à greve, têm o direito de lutar pelos seus direitos, até por direitos que outros portugueses não têm nem nunca tiveram. Mas não têm o direito de prejudicar os alunos na fase mais importante da sua vida escolar. E não têm o direito de derrubar governos pela greve - num estado democrático isso faz-se em eleições. Nem têm o direito de dizer que lutam pelos alunos - quem luta pelos alunos são os respectivos pais. Cada Pai e Mãe é que sabe o que convém ao seu filho.
A confusão que está instalada só aproveita aos Comunistas que perdendo sempre as eleições, escassos dois meses após já estão na rua a exigir a demissão do governo. Qualquer que ele seja.
Que cada qual escolha o seu campo, porque a fraqueza do Governo, que parece ter medo de exercer a autoridade natural para que foi eleito, mais tarde ou mais cedo vai obrigar a que cada um de nós tenha que se defender daqueles que querem impor à força o seu modelo de sociedade.
E como se viu no recente programa "A Guerra" de Joaquim Furtado, os capitães comunistas portugueses na Guerra Colonial passavam informações ao inimigo. Era uns a lutar e a dar sangue e a vida, e outros a passar informações ao inimigo. Os comunistas portugueses são isto. E depois arranjam motivos muito elevados para tentar justificar terem atraiçoado os concidadãos. A única Pátria que conhecem é a União Soviética. E a maioria deles nem sabe ainda que o Muro de Berlim foi derrubado há mais de 20 anos.
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