segunda-feira, junho 17, 2013

OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS

“Usar os alunos, em período de exames, como reféns dos interesses particulares é uma infâmia das mais vergonhosas”, escreve César das Neves, acrescentando que mais “inacreditável” ainda é o facto de serem os “próprios mestres” a provocarem a situação.
“Não é fácil encontrar uma classe que se preste a tal testemunho público de insensibilidade, arrogância e oportunismo”, acusa o economista, e reitera: “Quaisquer que sejam os agravos envolvidos e a razão que lhes assiste, os meios usados são inaceitáveis”.
César das Neves acredita que “as leis mudam-se e os ministros passam, mas uma atitude destas ficará como uma mancha na profissão”.

É exactamente o que eu penso. Até porque tenho um dos meus filhos em exames do 12º.
E porque sempre fui coerente com o que penso, vai ser muito complicado manter relações sociais com quem seja professor e que se tenha  conspurcado  deste modo.
Não escolho amigos pela cor da pele, pelo  clube desportivo, pelo partido político, ou pelo dinheiro que tenham. Mas escolho-os pela honestidade intelectual e pelo aprumo de carácter, o que só por si exclui muita gente. Mas hoje foi ultrapassada uma fronteira ética. E isso tem consequências na minha vida.