PAIXÃO
Este cavalheiro começou a carreira permitindo que Jardel tivesse sido agarrado mais de 10 vezes em Campo Maior já lá vão 12 anos ou mais. No último título do Benfica - o do Túneis - não marcou um penalty em Leixões, arrumando a questão de vez. Ontem fez mais uma exibição daqueles que lhe conhecemos. Mas o problema não é só ele. Começa por Vitor Pereira ser um treinador medroso que desvirtuou um estilo de jogo e desperdiçou jogadores que ainda há um ano eram essenciais na produtividade da equipa. Passa pela Sad do Porto que entretida em negociatas que ninguém entende, desbarata a equipa e compra caro o que não se usa. Para lá de se perder tempo com outros assuntos que nada têm a ver com o Clube em vez de fazerem ouvir a voz perante os assaltos reiterados em cada semana. Mas tudo isto é secundário. Desde o início do campeonato que percebi o que se estava a passar. O FCPorto e o Sporting foram massacrados com más arbitragens até rasgar a moral e o ímpeto. Por seu lado o clube do regime foi superando os obstáculos com mais ou menos ajuda expressa, a qual passou a ser inevitável cada vez que o adversário estava prestes a empatar ou tomava vantagem. O sistema é sempre o mesmo: na primeira parte distribuem-se cinco cartões amarelos pelo meio campo e defesa adversário sob os mais variados falsos pretextos. E na segunda parte beneficia-se do condicionamento desses jogadores e aplica-se o segundo amarelo, desta vez com perfeita justiça. Com o adversário reduzido e condicionado passa-se dum 2-1 prestes a receber o empate para um 4-1 ou 5-1. Ou em caso de necessidade anulam-se golos ao adversário. Se mesmo assim não chegar arranja-se um penalty duvidoso. Se a coisa estiver mesmo problemática marcam-se os penalties que forem precisos até que o resultado fique mais ou menos seguro. Deve ser recorde mundial marcar 3 penalties a favor num quarto de hora. Todos falsos, ainda por cima. Mas assim progride o nosso futebol, enquanto os clubes e as Sad's não começam a abrir falência, agora que os Bancos já não têm milhões para lhes emprestar em cada ano para tapar os buracos orçamentais.
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