domingo, julho 20, 2014

FAIXA DE GAZA

Eu não tenho dúvidas de qual é o meu lado.
 Se preferiria a paz ? Claro que sim. Mas as coisas são como são.

Devo acrescentar que sou adepto da solução maioritária nos meios diplomáticos  internacionais no sentido  da co-existencia de dois Estados soberanos,  pacíficos na medida do possível.

Porém é de salientar que, pelo lado palestiniano, o Hamas não reconhece Israel como Estado e tem como único desígnio a aniquilação do Estado israelita. As juras de morte e de ódio são por demais inequívocas quanto á má índole destes cavalheiros.

Pelo  lado israelita, existe um movimento de colonos com a única finalidade de ocupar as  terras palestinianas e que  tem servido ciclicamente para agudizar o conflito quando isso convém ao Governo israelita.
Há dois ou três meses vi na TV a lider desse movimento de colonos e o que a Senhora dizia era digno dos disparates mais odiosos dos lideres do Hamas. Essa Senhora invocava o direito concedido por Deus para ocupar as terras e as oliveiras dos  agricultores palestinianos. E para matar quem se  colocasse entre ela e as oliveiras concedidas, dizia ela, por Deus.  Sendo certo que o que está em causa é, com descaramento total, roubar as terras ao vizinho, ponto final.
Enquanto cada uma das partes não reconhecer direito ao espaço vital da outra - e isso inclui área geográfica e água para produzir alimentos - , solução alguma será encontrada.
Enquanto os cavalheiros do Hamas e os cavalheiros dos Colonatos tiverem voz activa, a Paz será impossível.
No presente conflito é por demais evidente a atitude criminosa do Hamas em colocar as bases de lançamento de misseis em escolas, centros comunitários, casas civis, para evitar que os israelitas bombardeiem esses locais. O Hamas está a usar escudos humanos, está a sacrificar a própria população só para conseguir pressão mediática contra Israel.
Mas os israelitas antes de bombardear avisam com panfletos, até com telefonemas. E os civis, ou porque são  mártires voluntários ou porque o Hamas os impede de abandonar os locais, acabam por ficar à espera que as anunciadas bombas lhes caiam em cima para depois o Hamar aparecer nas TV's com mais umas dúzias de mortos.   Mas os israelitas avisaram. E isso faz toda a diferença.
Lamentavelmente em Portugal temos que recorrer a canais de televisão estrangeiros, até o inodoro e insípido  Euronews, para ouvir e ver os dois lados do conflito. As televisões portuguesas são reféns da esquerdalha pró-Hamas  que controla as redacções e só emitem notícias sobre os descalabros praticados por Israel. Só ontem, quase duas semanas depois de se ter iniciado a guerra é que se falou nos dois mil misseis disparados pelo Hamas. Até ontem, o Hamas nas televisões portuguesas tem sido uma mera vitima inocente do excesso de força israelita.
Acabem com o Hamas, acabem com os colonos extremistas, acabem com os jornalistas pró-Hamas, e a Paz terá uma oportunidade. Porque a  informação tendenciosa e comprometida com um dos lados nunca servirá para apontar com rigor as culpas de ambos, único caminho que a sociedade civil pode trilhar visando a censura internacional que iniba comportamentos e  conduza à Paz. Enquanto o Hamas for expressa ou implicitamente  desculpabilizado pela comunicação social, abstraindo-se  dos crimes de guerra e actos de terrorismo que cometa, a solução na Terra Santa será impossível.
Não é o facto de cultural e civilizacionalmente estar pelo lado de Israel que me impede de conceder ao outro lado as condições mínimas para uma coexistencia pacífica. Porque o meu ponto de partida é só um:  Por razões por vezes perversas da História os Povos Israelita e Palestiniano estão condenados (por Deus ?) a viver lado a lado. Mais vale que o façam pacificamente. E para haver Paz ambos os lados têm que obter condições mínimas de conforto e de sobrevivencia sustentáveis.  E cada um só o obterá se o outro colaborar.

4 Comments:

Blogger Bruno said...

Pois eu também não tenho dúvidas. Apesar de haver por aí umas considerações bacocas e ignorantes, com idealismos e moralidades à mistura, sobre o Médio Oriente e, mormente Israel; considerando que da poltrona fofa Ocidental é sempre bonito dizer coisas, no terreno o Estado de Israel tem razão perante aqueles cuja única solução presente é precisamente a aniquilação de Israel e seus habitantes. Portanto trata-se de legítima defesa, de jure de facto.

13:41  
Blogger Bruno said...

Razão perversa de viverem juntos, por Deus, mas também pelos moralistas Franceses e Britânicos. Aqueles territórios foram colonizados e foram divididos à la carte dos despojos do Império Otomano. Jerusalém sagrada para três religiões, como fazer? Há fanáticos dos dois lados verdade, mas parece-me evidente desde assinatura de vários acordos (utopias?) que Israel estava disposto a suportar os vizinhos, estes nunca vão tolerar. Situação: estado total de guerra pela sobrevivência em terra inóspita, sagrada, sangrenta.

22:35  
Blogger carneiro said...

A divisão do médio oriente pelas potencias ex-coloniais acabou por ser perversa. Veja-se por exemplo o Povo Curdo dividido entre Turkia, Siria e Iraque. Ou o proprio Iraque que deveria ter sido dividido entre Xiistas e Sunitas, que eram a fronteira natural.
No caso de Israel, acresce a ressaca do holocausto da WW2 e a necessidade de enviar os judeus para um local qualquer.
o problema da Palestina é o controlo da água. Daí a questão dos montes Golan - que é a origem da água.
Israel tem que perceber que parte da intolerancia que lhe é dirigida, advém da marginalização económica dos palestinianos. Os palestinianos que têm empregos razoáveis em israel são contra a guerra.
Era como dizia Sá Carneiro: acabe-se com a pobreza e os comunistas ficam sem argumentos.

22:44  
Anonymous Agnelo said...

Como dizia o outro, subscrevo por baixo!

21:44  

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