A RECEITA SOCIALISTA : PÔR OS OUTROS A PAGAR POR NÓS
Ou seja, Tózero quer que os restantes países europeus - ele não esclarece quais, mas presume-se que sejam os da zona euro - assumam o pagamento de parte da dívida portuguesa.
Ou seja, Tózero acha que a Europa é que tem o problema e não nós. E a Europa vai criar um Fundo de Redenção - no nosso caso, de redenção pelos pecados orçamentais socialistas - para pagar parte da dívida pública portuguesa.
Como vimos do tempo da Troika, pare emprestar dinheiro a Portugal, cobrando juros, já foi a confusão que foi. Basta lembrarmos as reacções da Finlandia e da Holanda. E estes países, no caso português, não estavam a dar nada. Estavam apenas a emprestar dinheiro a troco de um juro, aliás, pouco barato.
Agora, a grande proposta do Tózero é fazer com que estes países aceitem que os respectivos contribuintes paguem mais impostos para sustentar as rotundas e as auto-estradas portuguesas.
Tózero reconhece que a sua intenção - a sua mera intenção - é difícil de alcançar porque existe uma maioria contra. Obviamente! E não será apenas a maioria política dos restantes países europeus que está contra. A maioria esmagadora dos cidadãos desses países será sempre contra estas atitudes de caridade para com os países do sul. Na Alemanha, adivinha-se que os únicos a favor dum esquema financeiro deste tipo serão aqueles que vivem exclusivamente da Segurança Social. Porque para esses é igual ao litro. É como por cá. Em qualquer parte do mundo, os mais generosos com perdões de dívida são exatamente aqueles que estão a perdoar com o dinheiro dos outros. Com o dinheiro deles, já seria diferente.
Tózero confessa que não está no plano da realidade, conforme ela é, dura e crua. Ele proclama que ainda vai transformar a realidade e só depois é que vai tratar do problema. Podemos esperar sentados, portanto.
Mas só no fim desta notícia é que se percebe na sua plenitude a montagem jornalística. O Schulz é candidato à Presidencia do Parlamento Europeu. Os socialistas portugueses dão-lhe o voto e o Schulz, consciente ou inconsciente disso, tem que fingir que concorda com as parvoíces que o Tózero diga enquanto andarem juntos. É que os socialistas alemães estão na coligação governamental alemã. E não consta que o Governo alemão alinhe numa coisa destas. Por isso, o Schulz pode deixar constar estas coisas em sede de Eleições Europeias, porque o Parlamento Europeu não serve para aprovar uma medida destas nem coisa que o valha. Ademais, se lermos a notícia com atenção, o Schulz nem sequer diz coisa alguma. O Tòzero é que diz que o Schulz está de acordo e o Sargento Tedesco - como uma vez Berlusconi lhe chamou - aparece depois a sorrir para a fotografia.
Mas só no fim desta notícia é que se percebe na sua plenitude a montagem jornalística. O Schulz é candidato à Presidencia do Parlamento Europeu. Os socialistas portugueses dão-lhe o voto e o Schulz, consciente ou inconsciente disso, tem que fingir que concorda com as parvoíces que o Tózero diga enquanto andarem juntos. É que os socialistas alemães estão na coligação governamental alemã. E não consta que o Governo alemão alinhe numa coisa destas. Por isso, o Schulz pode deixar constar estas coisas em sede de Eleições Europeias, porque o Parlamento Europeu não serve para aprovar uma medida destas nem coisa que o valha. Ademais, se lermos a notícia com atenção, o Schulz nem sequer diz coisa alguma. O Tòzero é que diz que o Schulz está de acordo e o Sargento Tedesco - como uma vez Berlusconi lhe chamou - aparece depois a sorrir para a fotografia.
Pelo seu lado, Schulz não fala em mutualização da dívida, não fala em Eurobonds, não fala em Fundo de Redenção, não fala em reestruturação da dívida, não fala em coisa alguma. Aceita apenas fazer umas fotografias ao lado dos socialistas portugueses, só para pagar o voto dos socialistas portugueses na sua elkeição pessoal.
O que o programa dos socialistas europeus diz a propósito da mutualização da dívida já consta há muito tempo e vale tanto como a parte em que defendem a apropriação colectiva dos meios de produção. Não passam de chavões ideológicos sem qualquer ligação com a realidade. Aliás, o Hollande francês é dessa época, mas como entretanto chegou ao poder já pensa de maneira diferente.
Enfim e para concluir, o grande programa socialista para levar Portugal à senda do progresso económico baseia-se no perdão parcial da dívida, que nenhum governo europeu, ainda menos o alemão, disse que aceitaria.
Tudo espremido, os socialistas nada têm para dar. Se o Tózero, ao menos, aparecesse a dizer estas coisas ao lado da Merkel...
Etiquetas: o socialismo só acaba quando acabar o dinheiro dos outros
1 Comments:
É uma tragédia este homem. Não lhe emprestava a bicicleta
Enviar um comentário
<< Home