PEQUENEZAS LUSITANAS
Há cerca de um ano, este programa televisivo provocou intenso debate nas redes sociais, em especial, a reacção cabotina desta Professora Doutora Raquel, especialista em trabalho e em salários, que nunca saiu da Universidade para produzir um centimo de riqueza para a sociedade, mas que acumula o seu vencimento de professora com as bolsas recebidas para investigação científica que, no caso dela, coordena.
No caso deste Martim, que é um jovem de 16 anos que lançou no mercado umas T-shirts com marca registada, nem sei o que é mais confrangedor. Por um lado, a reacção estúpida da petulante Professora Doutora Raquel a querer denegrir uma situação obviamente meritória de iniciativa privada. Por outro, a exaltação que foi dirigida a este jovem, como se o negócio de T-shirts por ele montado fosse o santo-e-senha do progresso económico. Nem me atrevo a definir onde está a tacanhez maior. Um negócio de T-shirts vendidas através da net é o b-a-ba da iniciativa privada. Ficar deslumbrado perante "tanta" iniciativa privada só ilustra o atraso económico e cultural em que os portugueses vivem, vítimas de uma cultura colectivista, onde os jovens se devem bastar em estudar que o Estado lhes arranjará um emprego bem pago, com boa assistencia médica e regalias de férias e feriados por inteiro. Um mundo que está a acabar, portanto.
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