ATÉ AO LAVAR DOS CESTOS
Os maiores inimigos do Benfica são os jornalistas e comentadores benfiquistas que semana após semana são tendenciosos e manipuladores nas suas intervenções públicas agredindo as simpatias e a inteligência dos outros. É a comunicação social que potencia a reacção anti-benfiquista que transborda cada vez que o Benfica fracassa. É um prazer mórbido que todos sentem quando se vê o Benfica de joelhos. É a natural reacção à arrogância.
Jorge Jesus, desde o célebre 5-0, nunca mais tentou ganhar um jogo ao FCP. Joga a medo, para o empate e esperançoso que o contra-ataque possa resultar. Mas nem sempre resulta. E ontem, uma vez mais, não resultou. Foi um jogo feio que o Benfica não ganhou, e nem tentou ganhar, porque não teve coragem de partir para cima de uma equipa azul manifestamente enrolada, nervosa e sem alegria ou chama para jogar futebol. Vitor Pereira corre o risco de ser bi-campeão à conta de mais um fracasso do Benfica. Com uma equipa que joga o futebol mais mastigado e chato de que tenho memória.
Mas como o pessoal já andou nos Aliados a deitar foguetes antes da festa, receio que o Paços de Ferreira acabe por estragar a dita.
JJ tinha plena razão quando vaticinou a vantagem da equipa que abandonasse em primeiro lugar as competições europeias. Mais, JJ reduziu o problema à sua dimensão de treinador. E, já agora, à dimensão de Vitor Pereira. Pois a dimensão de ambos é a de treinadores secundários que não conseguem gerir os plantéis de forma a dar-lhes consistência em simultâneo na frente interna e europeia. Vitor Pereira vai ser, finalmente, dispensado. A dar lugar a um treinador que goste de futebol de ataque. Jorge Jesus, para prazer de quem não é benfiquista, permanecerá em funções.
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