CINISMOS

António Costa numa outra qualquer campanha eleitoral. Aliás, é só em campanha que ele pedala dois quilómetros para se enganar a si próprio. Pois que quem anda nestas coisas das bicicletas sabe o que se passa quando não existe campanha eleitoral. Este ano repetiu a acção.
Ali mesmo atrás dele, aliás como acontece sempre que estão socialistas em campanha, vejo o meu querido amigo Caetano, Presidente perpétuo do nosso Cicloturismo que também só pedala em campanha eleitoral. Também este ano o vi a pedalar junto de António Costa na mesma sessão de campanha.
É sobretudo porque a causa do ciclismo urbano anda a ser explorada como uma questão partidária que não se vai a lado algum. Nem durante as campanhas, nem depois. O ciclismo urbano vai apenas garantindo umas estruturas usadas e gastas, sem chama, entusiasmo ou rasgo que garantem o pão de quem acende de manhã e apaga à tarde a luz das sedes desde há 30 ou mais anos e que consome naturalmente os parcos recursos que são afectados para o efeito.
O número crescente de associados em cada ano deve-se apenas às condições vantajosas do seguro de grupo de responsabilidade civil e de acidentes pessoais. Mas feito o seguro cada qual pedala para seu lado.