quarta-feira, junho 11, 2008

VENTANIA


Neste feriado a previsão indicava vendo nordeste fraco. Mas estava moderado, a forte. Ao contrário do habitual já soprava pelas 7 da manhã e até VFXira a média habitual de 28 foi reduzida a 25 Km/h. Na Azambuja ao Km 50 mantinha a média com algum capricho, mas no Cartaxo já estava na casa dos 24. Aproveitou-se a média do batimento cardíaco. Porque o vento não permitia velocidade, a opção inteligente passava pela utilização do prato de 40 dentes em vez do habitual de 50. E isso significa uma poupança no batimento cardíaco de 10 por minuto. Além de não desgastar tanto os quadrícipes que são a fonte das dores ao fim de 4 horas a pedalar na talega. Ou seja, ao Km 80, já depois de ter passado por Santarém, atingia uma desencorajante média de 23,60 Km/hora. Mas tomada a N119 em Almeirim, com o vento pelas costas, aquilo foi vir por ali abaixo, à bruta, até Porto Alto. Em Benavente já recuperara a média para 25 certos e a chegada a Lisboa foi feita com grande desafogo e com uma média cardíaca de 132 ppm e média final de 25,50 Km/h. Se comparar com 48 horas antes, em que fizera exactamente o mesmo percurso de 172 Km, mas com médias de 142 ppm e 25,20 Km/h e chegara muito mais cansado e dorido, parece que a lógica passa por poupar coração e quadrícipes na primeira metade, para depois aproveitar o que se possa. Como diz o Pedro Alves os 200 Km estão aí. Eu acrescentaria, com alguma imodéstia, que fisicamente os 200 já cá estão. Ontem teria feito mais 30 Km nas calmas se tivesse tido tempo. Bastava ter ido a Algés e voltar antes de me dirigir para casa. O que falta é vulgarizar a distância em termos mentais.
A foto, obtida na subida de Santarém, evidencia vestígios de algum ciclista que tenha sido sepultado na beira da estrada, depois de ter morrido de felicidade.

2 Comments:

Blogger Joaquim Moedas Duarte said...

Deliciei-me!
Sabe, fiz várias vezes essa subida ( julgo que é a que vai da ponte até lá acima, ao Convento de S. Francisco), numa "pasteleira" sem mudanças, mas eu tinha 16 anos... Se não morri de felicidade nessa altura, o cogumelo deve ser por outro como eu...

22:31  
Blogger Pedro Alves said...

olá,

Estou a ver estou... já vi os vi mais longe já.

PA

01:23  

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