CAPAS DE CHUVA
Ao contrário do que os não-ciclistas pensam, não é a chuva que mais incomoda num dia molhado. Com uma capa impermeável ou corta-vento o problema fica resolvido. A água que se acumula no pavimento da estrada, porém, é que é o problema. Desde logo pelas chuveiradas que se levantam cada vez que passa um carro. E se fôr uma TIR, então, é de alagar. Mas, mesmo sem o trânsito automóvel, a água da estrada é terrível. Porque está suja de óleos, combustíveis e todas as porcarias imagináveis. A roda de trás levanta os borrifos para as nossa costas e calção, marcando uma lista desde o rabo até ao capacete. Por isso, um guarda-lamas é imprescindível. Há muitos modelos, mais ou menos complexos no funcionamento e na montagem. Mas há um que os Betetistas muito usam e que é o meu preferido. Trata-se de uma simples "folha" que se prende ao tubo do selim e se prolonda suspenso pela traseira da bicicleta tapando a roda traseira. A água suja fica ali e já não nos ensopa as costas e os calções. Outro equipamento imprescindível é um par de capas impermeáveis para os sapatos. É que a roda da frente levanta água de cada um dos seus lados desenhando um vê. E é nesse vê, alternadamente, que nós colocamos cada um dos sapatos ao pedalar. Por isso, não há forma de fugir ao problema. Ao fim de dois minutos os pés estão completamente ensopados. Existem capas próprias para revestir os sapatos. Como me esqueci delas, usei sacos de plástico ultrafino (do supermercado) presos com dois elásticos. Fez o mesmo efeito. Mas calçado daquela maneira e com o guarda-lamas, perdi toda a "pinta" de ciclista e não me surpreendi que os perfeccionistas não me tivessem conhecido na estrada. É que eles, chova ou não chova, é em manga-curta, óculos escuros e qual guarda-lamas, quais capas de sapatos...
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