MARIANA MORTÁGUA SALVA O PAÍS (outra vez)
Mariana Mortágua, que já vai sendo conhecida como a Esperta da Geringonça atendendo à quantidade de soluções inteligentes que encontra para fazer justiça social, brilhou mais uma vez. Recorrendo a um conceito muito simples para distinguir os ricos dos pobres, quase intuitivo, diríamos nós, a promessa que já é uma certeza na política nacional, utiliza a quantidade de merda cagada por cada um para aferir o nível de rendimento do agregado familiar. O conceito é tão brilhante que só espíritos simples e puros como o de Maduro deu por ele quando justificou a falta de papel higiénico na Venezuela com o aumento da riqueza do Povo. Se o Povo cagava mais, gastava mais papel e por isso o papel higiénico acabou porque o Povo estava mais rico. Se estivesse mais pobre não cagava tanto. Partindo de base científica tão evidente e simples mas ao mesmo tempo tão impressiva, a nova coqueluche da política nacional, desenvolveu o conceito do cagómetro para medir a quantidade mensal de merda debitada por cada agregado familiar. A Autoridade Tributária instala em cada residência uma unidade central e cada detentor do NIF recebe um cartão que deve introduzir no cagómetro antes de arriar o calhau. As utilizações em cagómetros alheios ficam devidamente registadas no Portal das Finanças devido ao uso obrigatório do cartão, pois que sem a respectiva introdução a tampa não abre. Para evitar as fugas ao Fisco, ou seja, para evitar que a malta ande a cagar pelas matas, baldios e atrás do Ecoponto, o Portal das Finanças estabelece uma presunção mínima de merda diária para cada contribuinte, cujo valor ainda está a ser ponderado, pelo que não adianta andar a arranhar o cú nas silvas. Numa fase mais adiantada do projecto, o cagómetro poderá avaliar pelo cheiro e consistência o tipo de comida antes ingerida e aplicar as diferentes taxas de IVA correspondentes. Ouvida na SIC por Clara de Sousa que lambuza com carinho tudo o que seja entrevistado de esquerda, a brilhante futura Primeira Ministra, chegou a adiantar com incontido orgulho que bem poderemos estar no limiar de uma nova era fiscal: a do imposto único sobre a merda.