QUANDO PERDER O EMPREGO É UM BOM NEGÓCIO
É esta a certeza que move os sindicatos.
Aqueles sindicatos que representam trabalhadores com categorias de mais difícil empregabilidade receiam os despedimentos e em Dezembro conseguiram que no caderno de Encargos constasse um período durante o qual não pode haver despedimentos. Estão no modo "do mal, o menos".
Por seu lado, o sindicato dos pilotos, cuja empregabilidade é garantida, pretendem boicotar a privatização, obrigando a despedimentos imediatos, para receber avultadas indemnizações antes de rumarem para outras companhias aéreas. Porque antecipam que, decorrido o prazo constante do Caderno de Encargos, a reestruturação da TAP vai ser inevitável, em especial, porque os pilotos perderão o poder que actualmente têm e terão que se sujeitar às regras gerais que se aplicam a todos sem excepção. Estão no modo "quanto mais depressa, melhor".
Para a generalidade, o despedimento é um drama. Para os pilotos é só uma forma de receber algumas centenas de milhar de euros. Em especial se for o Estado a pagar, que não faltarão os esquerdolas do costume a ajudar a inflaccionar a indemnização dos pilotos, coitados.
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