quarta-feira, janeiro 23, 2013

O ACHISMO DO PROVEDOR

Estou a ouvir a entrevista ao Provedor de Justiça  na RTP e ele está a achar coisas em relação ao FMI,  a achar o fundo do túnel que não vê, a achar a reactivação da economia,  a achar o desejo de uma economia mais estável e sólida. O Jornalista  faz perguntas sobre o Relatório encomendado ao FMI e se acha que o dinheiro para o pagar foi bem gasto . Agora pergunta se o Provedor pode ter iniciativas ou se só pode funcionar depois de receber uma queixa. O Jornalista nem leu a lei do Provedor. Está lá tudo explicado.
Qual foi a queixa mais extraordinária ? Foi uma velhinha que se queixou que as coisas que comprava ao pé de casa eram mais caras. Tadinha da velhinha. Que entrevista mais  amadora e parva!
Jornalismo tendencioso, presunçoso,  ignorante e preguiçoso, que nem a Lei do Provedor leu.
Quanto ao Provedor  confirmou-se  que  ele acha que pode achar  sobre a vida política e económica e outras coisas. Em público, sem se preocupar com o recato e reserva que o seu cargo implica. Por definição,  as funções do Provedor são casuísticas pois visam reagir a injustiças individualizadas, concretas, quase sempre individuais. Mas o Provedor esteve a  empacotar  as teses vagas e  genéricas da maçonaria e a desembrulhá-las  no campo político. Moral da história: o nosso Provedor de Justiça é mais um que acha. 
Temos mais um comentador político na praça !

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