sábado, agosto 13, 2011

NELSON VITORINO E OUTRA REFLEXÕES

Empolgante a forma como Vitorino subiu (uma vez mais) a Serra. Mestre ganhou a Volta num extraordinário contra-relógio, Cardoso ganhou a etapa. Mas o atleta do dia foi Vitorino.

A Barbot a querer dar o passo muito maior do que a perna, valeu-se apenas do veterano Rui Sousa para evitar o descalabro total. A Boavista fez o que podia e potenciou até ao fim os seus valores individuais. As declarações de irrepreensível fair-play de Cabreira no final da etapa correspondem ao que de mais civilizado, lúcido e inteligente já vi e ouvi pelo ciclismo onde a regra é o saloismo verbal. A minha La-Antarte, pese embora a crítica cruel e muitas vezes provocadora dos comentadores da TV pública, fez o que podia com os ciclistas que lhe restaram após a doença e lesão de dois elementos essenciais ao respectivo funcionamento. Ainda bem que não defenderam a amarela, porque nem fazia sentido que o tentassem, nem tinham gente para isso. Guardaram-se para atacar na última subida. Opção correcta. Mais do que correcta. Broco perdeu, é certo. Mas não poderia ter corrido de outra maneira. Um abraço para o Mário Rocha que tão maltratado tem sido. Podem tecer loas aos tiros de polvora seca com que a Barbot Efapel anda no pelotão, mesmo sacrificando desnecessariamente todos os seus elementos. Os resultados, porém, provam qual a atitude competitiva correcta. Três equipas potenciaram resultados proporcionais ao nível atlético de cada plantel. Uma equipa andou aos tiros a torto e a direito e apanhou uma grade. Excepção, repetimos, a esse Senhor chamado Rui Sousa que subiu entregue a si próprio sem equipa que o ajudasse, por estar consumida até ao osso. Os comentários na TV pública a marcarem almoços e jantares e abraços e passeios de helicóptero em directo são dignas das parvoíces comentadeiras que aturamos na Eurosport. Por seu lado, os operadores de camara andam mais entretidos em mostar saloios em cima de penedos, sombras de ciclistas no alcatrão e reflexos do pelotão na pintura dos carros do que em mostrar as movimentações na cabeça dos grupos, as tentativas de fuga, os atrasos e os elásticos. Realização da treta. Ponham lá um tipo que perceba de ciclismo e que não aspire a ser um artista do audiovisual à custa do erário público. Privatizem essa merda depressa. E despeçam o gajo.

1 Comments:

Blogger FRINXAS said...

Esse comentários aos operadores, locutores e afins, da Rtp... ASSINO POR BAIXO

21:12  

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