HOMEM DE ESTADO
"Caso Passos Coelho caia na armadilha de se associar à cura dolorosa a que os portugueses vão ser constrangidos, politicamente, ninguém o duvide, o PSD passará a ser parte da doença. Ficará umbilicalmente ligado aos remédios socialistas e acabará por se tornar demasiado parecido com eles. Imerecidamente, então, mimetizando o seu principal opositor, o PS alcançará uma absolvição parcial da má governação com que nos assolou nos últimos cinco anos.»
Ler tudo no Blasfémias
Entenderia que o "interesse nacional" tivesse levado Passos Coelho a oferecer a sua cumplicidade a Sócrates, só para impedir que este continuasse em queda livre orçamental até às próximas eleições, consumindo fundos públicos à tripa-forra em prol do resultado eleitoral.
Mas depois das reacções dos mercados internacionais, das Agencias da rating, da Comissão Europeia, do BCE e, sobretudo, da reacção da comunicação social portuguesa que só agora abriu a pestana, a situação estava madura para Socrates ter de fazer por sua conta e risco os cortes na despesa e os aumentos dos impostos, com os inevitáveis custos eleitorais. Socrates estava encostado à parede, Finalmente.
Por isso, Passos Coelho, se fosse Homem de Estado, deixava cair a fruta que está podre e preparava desde já um governo sombra, com claras reformas do sistema e atrevia-se nas próximas eleições a falar verdade: a prometer sacrifícios aos portugueses para pagar a factura do despesismo irresponsável dos socialistas, mas apresentando uma linha de rumo, uma hipótese de futuro, uma nesga de esperança.
Passos Coelho, associando-se a Socrates no actual contexto, não está a viabilizar o "interesse ncional" nem a contribuir para a criação de uma qualquer esperança. Porque o Interesse Nacional neste momento é criar rupturas, é criar clivagens, é assumir forma diferente de governar, enfim, é a última oportunidade para o regime se autoregenerar - na sequência das múltiplas e dolorosas amputações necessárias a estancar a gangrena.
Ao contrário, Passos Coelho não será o antibiótico para a cura, mas apenas, como diz o ilustre articulista do Blasfémias, passará "a ser parte da doença."
Continuo a achar que Portugal não tem futuro como nação independente. O Regime não é mais viável. Nem há Homens de Estado à altura dos acontecimentos.
Resta-nos a revolução. A implantação da ditadura da classe média. Revolução, aliás, que será muito económica para o País. Apenas a Lei Eleitoral (e a Constituição, nessa parte) será alterada: O direito a voto adquire-se pela circunstancia de ter pago IRS no ano anterior, incluindo aqueles que ficaram isentos apenas porque não atingiram o mínimo tributável. Só vota quem trabalha e produz.
E a outra pequena alteração legal passa pelo enriquecimento sem causa. Não é preciso ser crime, para evitar a questão da retroactividade e da inversão do ónus da prova.
Mas todos os titulares de cargos políticos desde 1974 serão convidados a explicar a forma como adquiriram o património que têm. Qualquer pessoa de 60 anos de idade que agora tenha uma vivenda e dois andares para cada filho, consegue perfeitamente explicar como comprou o primeiro andar, o vendeu em troca de outro maior, os empréstimos bancários que fez, etc. Mesmo que tenha fugido à Sisa e às Mais-valias, qualquer pessoa honesta consegue fazer essa explicação.
Quem não conseguir explicar-se, fica sem os andares dos filhos. Revertem para o Estado. O Código Civil prevê a figura do enriquecimento sem causa, basta aplicá-lo em Tribunal. Com todas as garantias. Ninguém vai ser roubado daquilo que legitimamente seja seu.
Por isso, volto a avisar os tipos que estão a preparar a Revolução que podem contar comigo. Cada vez mais, sou opositor ao actual regime.
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Entenderia que o "interesse nacional" tivesse levado Passos Coelho a oferecer a sua cumplicidade a Sócrates, só para impedir que este continuasse em queda livre orçamental até às próximas eleições, consumindo fundos públicos à tripa-forra em prol do resultado eleitoral.
Mas depois das reacções dos mercados internacionais, das Agencias da rating, da Comissão Europeia, do BCE e, sobretudo, da reacção da comunicação social portuguesa que só agora abriu a pestana, a situação estava madura para Socrates ter de fazer por sua conta e risco os cortes na despesa e os aumentos dos impostos, com os inevitáveis custos eleitorais. Socrates estava encostado à parede, Finalmente.
Por isso, Passos Coelho, se fosse Homem de Estado, deixava cair a fruta que está podre e preparava desde já um governo sombra, com claras reformas do sistema e atrevia-se nas próximas eleições a falar verdade: a prometer sacrifícios aos portugueses para pagar a factura do despesismo irresponsável dos socialistas, mas apresentando uma linha de rumo, uma hipótese de futuro, uma nesga de esperança.
Passos Coelho, associando-se a Socrates no actual contexto, não está a viabilizar o "interesse ncional" nem a contribuir para a criação de uma qualquer esperança. Porque o Interesse Nacional neste momento é criar rupturas, é criar clivagens, é assumir forma diferente de governar, enfim, é a última oportunidade para o regime se autoregenerar - na sequência das múltiplas e dolorosas amputações necessárias a estancar a gangrena.
Ao contrário, Passos Coelho não será o antibiótico para a cura, mas apenas, como diz o ilustre articulista do Blasfémias, passará "a ser parte da doença."
Continuo a achar que Portugal não tem futuro como nação independente. O Regime não é mais viável. Nem há Homens de Estado à altura dos acontecimentos.
Resta-nos a revolução. A implantação da ditadura da classe média. Revolução, aliás, que será muito económica para o País. Apenas a Lei Eleitoral (e a Constituição, nessa parte) será alterada: O direito a voto adquire-se pela circunstancia de ter pago IRS no ano anterior, incluindo aqueles que ficaram isentos apenas porque não atingiram o mínimo tributável. Só vota quem trabalha e produz.
E a outra pequena alteração legal passa pelo enriquecimento sem causa. Não é preciso ser crime, para evitar a questão da retroactividade e da inversão do ónus da prova.
Mas todos os titulares de cargos políticos desde 1974 serão convidados a explicar a forma como adquiriram o património que têm. Qualquer pessoa de 60 anos de idade que agora tenha uma vivenda e dois andares para cada filho, consegue perfeitamente explicar como comprou o primeiro andar, o vendeu em troca de outro maior, os empréstimos bancários que fez, etc. Mesmo que tenha fugido à Sisa e às Mais-valias, qualquer pessoa honesta consegue fazer essa explicação.
Quem não conseguir explicar-se, fica sem os andares dos filhos. Revertem para o Estado. O Código Civil prevê a figura do enriquecimento sem causa, basta aplicá-lo em Tribunal. Com todas as garantias. Ninguém vai ser roubado daquilo que legitimamente seja seu.
Por isso, volto a avisar os tipos que estão a preparar a Revolução que podem contar comigo. Cada vez mais, sou opositor ao actual regime.
5 Comments:
E podes contar aqui com este "encornado"!
Podes contar também com os "vermelhos" da Graça do Divor....vivem todos em rés do chão(que ainda estão por pagar),semeiam batatas,couves,cenouras,alhos.Caçam grilos, pegas e outras alembraduras e pelo Natal roubam um porquito,fazem uns chouriços e muitas,muitas farinheiras e outras coisas que a Axai não pode saber(torresmos).
Isto está tudo f.....:)
Foda-se esta merda toda:logo na semana de voltar a dar o ouro ao bandido/declaraçao do irs(tenho uma inveja do Beato Salú!!!!)
ups!
O Beato Salú será objecto de oportuno tratamento.
Com o Papa por cá, agora era oportuno. pareceria concorrência desleal...
Azurara,
eu pressentira...
Isto já só lá vai com um gajo que tenha galinhas no quintal e que perceba o que custa cagar um ovo para se poder comer a gemada...
Conte comigo também...boa reflexão.
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