NÃO ACREDITO NAS SONDAGENS

Não é possível que um eleitorado que há seis meses conferiu 26.5 % dos votos ao Partido do Governo para as eleições europeias, esteja agora na disposição de lhe atribuir 38 ou 40 % dos votos, conforme as sondagens têm revelado. Exactamente no momento em que se vai avaliar a governação.
Neste momento o Partido do Governo só pode e deve contar com os votos daqueles eleitores que são, em simultâneo, a massa crítica da sua clientela partidária.
A única maioria que as sondagens neste momento podem detectar será a dos eleitores hesitantes que ainda não decidiram em quem votar, sendo contudo certo e seguro que vão votar contra. Contra o PS, claro. Daí que os hesitantes não possam, como método científico, ser distribuídos proporcionalmente pelas intenções de voto declaradas.
Digo eu...
Pelo meu lado, segunda-feira terei outro ânimo para vir trabalhar, sabendo que Alberto Costa já está a arrumar o respectivo gabinete.

Em tempo: afinal as sondagens não estavam assim tão enganadas. Vou ter que sobreviver.