segunda-feira, abril 20, 2009

HISTÓRIAS V

(...continuação)

"Eram horas e no Lila os rapazes preparavam-se para partir. A colectividade ficava a trezentos metros, mas não parecia bem ir a pé. Os rapazes tinham que ter um carro, ou pelo menos um amigo suficientemente íntimo que o emprestasse em caso de séria necessidade. Era raro, mas acontecia algumas vezes levar a namorada e a futura sogra a casa. Por isso, tinham que estar preparados. Nessas ocasiões caprichavam na condução. Iam devagar para mostrar prudência e maturidade mas não resistiam a colocar o cotovelo esquerdo na janela para evidenciar altivo desembaraço na condução apenas com a mão direita. E largavam o volante para meter a terceira, num movimento bem definido e elegante, marcado pelo serpentear das omoplatas.Naquela noite eram dez rapazes e dois minis. Cada um aliviou o respectivo proprietário, contribuindo com vinte escudos para a gasolina. Decidiram que o Asdrubal devia ir num dos lugares do morto para não amarrotar o fato. Ainda assim, Asdrubal despiu o casaco, dobrou-o com o forro para fora como vira o Faustino fazer e depositou-o com cuidado no colo. O outro mini já largara na frente para reconhecer o terreno e para ocupar as respectivas posições estratégicas. Asdrubal num exercício de auto-convencimento, repetia para si próprio vais ser capaz, vais ser capaz, vais ser capaz. E cerrava os punhos a dar consistência ao querer. Sentia que estava a viver um momento histórico que lançaria o resto da sua vida. Um momento épico que serviria para dar o exemplo de decisão a filhos e a netos nas hesitações que estes tiessem que enfrentar. Enfim, um daqueles sofridos momentos só superados por quem fazia das tripas coração, num transbordar valente de alma que permitisse mais tarde rir orgulhosamente das dificuldades ultrapassadas.
Chegaram. Asdrúbal, com uma coragem que não lhe conheciam, vestiu resoluto o casaco e investiu sereno e confiante porta-dentro ao som de um tango aprimorado no choro lastimoso do acordeão. Ao contrário dos habituais encontrões necessários para aceder ao salão de baile, toda a gente se desviava, dando-lhe voluntariamente passagem. Parecia que estavam todos à sua espera. Por esse corredor vinha um dos amigos, o Clarau, ao seu encontro com ar preocupado, tentando pegar-lhe no braço, a retê-lo. Asdrubal pensou que ele lhe iria dar mais um conselho de última hora e esquivou-se, confiante, a tão inconveniente cena pública. Tinha resolvido, estava decidido, que lhe saíssem da frente. Com o impulso da decisão rapidamente chegou ao salão de baile. Para sua surpresa, ninguém dançava. O baile ainda não fora aberto. Por isso todos olharam para Asdrúbal a avaliar o seu resplandecente fato azul-marinho. Alguns sorriam, pondo a mão na boca. Outros comentavam para o lado rindo descaradamente. Asdrúbal olhou em volta desorientado, sentindo-se o centro das atenções. O seu olhar fixou-se na orquestra. E então percebeu. Os oito músicos e o vocalista estavam vestidos de igual. Cada qual com o seu fato azul-marinho claro. A encomenda da fábrica de Santiago de Riba Ul tinha sido para a orquestra. Asdrubal por um momento gelou. Gestos e pensamentos. Finalmente, recobrado, deu meia volta e abandonou a sala enquanto tirava com um gesto digno o gancho das calças que se lhe enfiava no rabo.
Epílogo
Asdrúbal nunca mais seguiu a professora que, no final do ano, pediu transferência para outra escola, já que a idade ia avançando e não podia ficar toda a vida à espera. Nunca mais vestiu um fato inteiro. Mesmo nos casamentos e funerais passou a vestir o mesmo blazer preto com umas calças cinzentas claras. Nunca mais um fato completo. Esteve um ano sem ir a bailes. Quando voltou, dirigia-se directamente ao bar de onde só saía para voltar a casa. Tornou-se um especialista em Benfiquismo. Coleccionava jornais desportivos, posters da sua equipa, cromos dos jogadores que trocava com os miúdos, camisolas, calções, meias, inimizades com adeptos de outros clubes. Sabia de cor todas as linhas que, jogo a jogo, tinham defendido o seu querido glorioso nos últimos cinquenta anos. Punham-no à prova, perguntando a linha da equipa no jogo Atlético-Benfica no campeonato de 1956/57, ainda antes do seu nascimento. E Asdrubal brilhava. Cantava, como na tabuada, o nome dos jogadores, lesões e substituições, referia o resultado no final do jogo e ao intervalo, lembrava o nome do árbitro e dos fiscais-de-linha, recordava a data e hora do jogo, até sabia se tinha chovido. Asdrubal descobrira o seu verdadeiro amor. Isso bastava-lhe. Para quê aturar mulheres. Foi viver para Lisboa. Perdido na multidão não tinha que justificar o celibato. E acordava todos os dias pertinho do Estádio da Luz."

23 Comments:

Blogger ruiruim said...

Pobre asdrubal... que triste fim....

Boa história. Venham mais.

14:43  
Blogger José Matos said...

Ora bolas. Fiquei triste. Já imaginava o Asdrúbal com a professora.

Azar dele.

18:36  
Blogger carneiro said...

parece que estão a esquecer a questão fundamental: o asdrubal é benfiquista.Logo, eu não podia pô-lo a acabar com uma vida de gente normal. Tinha que o condenar a uma vida dedicada á glória do glorioso...ehehehe

é uma questão de militância...

19:09  
Anonymous Anónimo said...

Um Benfiquista que não gosta de mulheres,é mesmo um Asdrúbal.
Mas atenção, o Gromezindo(alma sportinguista/osga com coração de andrade da areosa) contou uma estória dessas aqui na Graça,há uns 40 anos,durante o baile da pinhata.À saída foi"salgado"...espécie de ritual sexual de iniciação....ehehehehe(cuidado).
ups!

20:56  
Anonymous Anónimo said...

Pormenor não dispiciendo é que esse Asdrúbal não existe. Ao passo que os altivos sportinguistas (passe a redundância) intervenientes nesta estória, esses existem, e andam eternamente afadigados a manter-se superiores e "diferentes". E aí é que está o caraças da questão!

Um mimo de escrita, com omoplatas serpenteantes e tudo, a estória peca pela falta de consistência psicológica do personagem principal. Benfiquista é povo, e está-se nas tintas para estar vestido de igual à orquestra. E para estar até de fato e gravata. basta-lhe estar lavadinho. O sportinguismo do autor atraiçoou-o nesse ponto.

É uma bela peça de literatura sportinguista conservadora de finais dos anos setenta, contudo.

21:33  
Blogger carneiro said...

Este ultimo comentário é a prova do que a fixação clubística encarnada pode deformar a realidade.

Qualquer pessoa (sem a respectiva personalidade deformada pelo benfiquismo) atinge o carinho do autor pelo Asdrubal, entende alguma dimensão autobiográfica, até.
Mais, a ironia em relação ao benfica é apenas uma leve ironia, em nada agressiva ou inferiorizadora. Diria, até, objectiva e inerte.

Porém, acenou-se "benfica" e o coice surge em reflexo condicionado.

Até se descobriu o meu sportinguismo... indisfarçável, portanto.

os benfiquistas com quem me dou são um bocado diferentes. Até conseguimos rir em conjunto das desgraças do benfica e das desgraças do "meu" Sporting... Por vezes até rimos das desgraças dos andrades...

09:49  
Anonymous Anónimo said...

eh pá "natirrites"eu até tenho alma de andrade,embora com coração benfiquista.
Bem sabes que sou do Manchester.Tenho que reconhecer que aquele golo do Cristianhinho(ele vem para o benfica qq dia,mais um asdrubalzinho) foi à margem da lei:excesso de velocidade. E o árbitro não viu:grande sacana!
ups!

ps: o gnroses está ali a acenar com a melena...vamos até à ecopista.És servido!
ups!

10:28  
Blogger pulanito said...

Genial...gosto destas estórias com um travo popular...cigarro atrás da orelha, emblema do benfica na lapela e um certo atrofiamento sexual pelo meio, são os ingredientes necessários a um desfecho que não sendo sempre feliz, é no minímo interessante e agarra o leitor...conforme foi o caso deste Asdrúbal com quem estou desde o primeiro post solidário.

10:42  
Blogger carneiro said...

ecopista, hein ? a esta hora ?

Só vou logo á noite...

10:49  
Blogger carneiro said...

Pulanito, sei que andas a treinar que nem um doido...

10:50  
Anonymous Anónimo said...

À noite vais com os Piteiras.O Gnroses dizem ser um grande especialista em artes marciais nocturnas(pouca luz,pouca luz).
Depois conta-me tudo que eu não sou de intrigas....mas tudo o que souberes, conta-me.
ups!

15:10  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo das 9:33 PM faz notar que a fixação clubística verde é patente ao longo de todo este blogue. Basta ir aos arquivos, onde Simão Sabrosa, por exemplo, é tratado de cabrão e filho da puta para baixo.

A questão clubística é aqui circunstancial. Trata-se da coerência psicológica na construção do personagem principal, que, sendo benfiquista, e tendo dinheiro para comprar um fato completo, ou não o comprava, ou estava-se nas tintas para a cor. Tão pouco se preocuparia em aparecer ao volante do carro e com todos esses cuidados do universo sportinguista, conservador e snobe.
Asdrúbal é sportinguista.
Benfiquista é povo.

16:29  
Blogger carneiro said...

Caro anónimo,

A parte do Simão é uma verdade histórica e universal.Ponto final.

Não me lembro de ter dito essas coisas todas, mas até poderia ter dito, porque além de verdadeiras, os gajos que falam com a boquinha de lado, de dentes cerrados, fazendo beicinho comos os betos só merecem levar porrada retórica em cima.

Quanto ao mais estás em equívoco.

O texto foi escrito por um andrade, provinciano e regional. Por acaso não tenho as quotas em dia, mas tenho de passar pelos Dragões de Lisboa.

Quanto ao mais que dizes sobre a personagem, respeito, mas do meu ponto de vista, a filiação clubística, no caso, vale tanto como o estado do tempo. é meramente circunstancial. MUda o clube, adapta-se o texto e a "coisa" funciona na mesma. Até pode ser do belenensses. Aliás, conheci um belenenses que sabia aquelas coisas todas do seu clube. Foi aí que o fui buscar.

Quanto ao enquadramento psicológico do Asdrubal, do meu ponto de vista, nada tem a ver com a extrapolação benfiquista-sportinguista que fazes. Que, essa sim, entendo estar motivada por exaltado, mas inaplicável ao caso, estado de alma benfiquista.

Está em causa o ambiente social dos anos setenta. Aquilo passou-se com amigos de infancia - não exactamente assim, mas muito parecido. Menos a história do fato que, essa, é mais antiga. O Faustino existe, o Clarau existe (ainda no sábado estive com ele), o Asdrubal é uma mistura de mim próprio, do Pinto, e de mais dois ou três da minha geração.

E naquela época comprar um fato de três peças era algo importante na vida dum jovem adulto. daí a enfase.

Muitos só vestiam o primeiro fato no respectivo casamento. da minha geração eu era o que fazia o nó da gravata ao noivo, por ser o único que sabia (pai militar, é o que dá). Desconfio que sejas mais novo do que eu, daí que te tenha escapado esse enquadramento "histórico-social".

Mas aquilo é só uma historieta. Que só tem piada para quem conhece em especial o Pinto e o namoro dele durante 3 anos com a professora que não sabia de nada...

ès chato como é típico dos benfiquista, mas não é nada de insuportável.

Volta sempre.

18:00  
Anonymous Anónimo said...

P.S. - Não é só uma historieta, está bem contada, e tem piada mesmo para quem não conhece os intervenientes. Aplaudi a qualidade literária logo no início.

00:58  
Blogger carneiro said...

Carneiro amigo,

Não andamos todos ao mesmo, ao contrário do dichote do Leão da Estrela.
Parece-me que estás a perder a compostura strompiana própria da vossa apuradíssima e nobre estirpe.
Neste blogue em que se ataca e ridiculariza o Benfica post sim post não, e em que é considerado "verdade universal" o vosso ex-Simãozinho ser "cabrão e filho da puta" (sic), pergunto quem é que "escoiceia", de nós dois?

«Tinha que o condenar a uma vida dedicada á glória do glorioso...ehehehe

é uma questão de militância...». (sic)

Militância do personagem de ficção ou militância vossa, de comerem, beberem e respirarem ódio ao Benfica?

Se a minha achega literária me merece desde logo o epípeto de burro, e Simão Sabrosa é universalmente e incontestavelmente "cabrão e filho da puta", quem de nós é mais fanático pelo seu clube?

«Os gajos que falam com a boquinha de lado, de dentes cerrados, fazendo beicinho comos os betos só merecem levar porrada retórica em cima.» (sic)

Falas de "betos"???!!! Terei entendido bem???!!! Betos são os que vivem para o show-off do popó para fazer 300 metros, para a escravidão da opinião pública e da hipocrisia social, para a vida dupla de meninos de missa pela frente e meninos de tudo e mais alguma coisa às escondidas, com muito "respeitinho" pelo cinismo das convenções sociais! Esses são os betos!

Um conselho amigo: quem tem aspirações literárias deve habituar-se à crítica. Pode não ser coerente e ter o ego exaltado, mas deve saber aceitar as críticas.

Saudações benfiquistas!


(nota: perdi este coment anónimo, e depois de uns telefonemas a pedir ajuda consegui ir recuperá-lo. peço desculpa ao autor que confirmará que em nada o alterei.)

09:29  
Anonymous Anónimo said...

Não está alterado em nada, não senhor. Parabéns pelo fair-play, e venham mais histórias!

O Anónimo benfiquista

09:51  
Blogger carneiro said...

Caro anónimo,

1. Não sou sportinguista

2. Sou militante ciclista. Faço mais Km de bicicleta do que no jeep.

3. Sou sócio-correspondente do FCPorto;

4. Não tenho pretesões literárias, apesar de saber que escrevo melhor que metade dos autores nacionais da moda. Em especial do que os subsidiados. Mas isso deve-se a ter tirado a 4ª Classe no tempo do fascismo, não se deve a qualquer outro mérito especial. Ui, tanto que eu teria que penar para escrever mesmo bem...

5. É certo que convivo mal com a crítica - aliás, quem convive bem com a crítica não tem carácter ou é cínico. Mas questão diferente é a de concordar ou não com a crítica.

6. A tua crítica baseia-se numa interpretação de motivos clubísticos, na qual o autor é sportinguista - e não é -, e o objectivo seria inferiorizar o benfica - e não é (pelas razões que já expus anteriormente - muda-se a cor do clube, e a história pega na mesma - o benfiquismo, ali, é apenas circunstancial).

7. Depois, partes para apreciações generalizadas sobre o ser benfiquista-proletário e o ser sportinguista-beto-rico-altivo- abastado. Acho que não será bem assim, mas nem me meto nessa discussão que nunca foi a minha. Eu sou provinciano e regional, como se sabe.

8. Fiz alguns avisos prévios sobre o "contudo benfiquista da narrativa" apenas para suscitar a curiosidade, em especial do JM, benfiquista amigo que gosta de ser avisado sobre os conteúdos antes de se meter a ler merdas mais extensas que eu escrevo.

9. Na questão do Simão, misturaste coments jocosos e sarcásticos emitidos num contexto de caixa de comentários com o texto em causa - que aliás, já está escrito há alguns anos. Passar de uns para provar uma tese no outro, desculpa lá, mas não pega.

9. Quanto ao "ódio ao benfica" não tens razão. Mas uma coisa é o Benfica e outra coisa é o benfiquismo parolo e rasteirinho que nos últimos anos tem pontificado como postura social, desportiva e ética. O benfiquismo do "sermos os maiores do mundo" e do "é muito feio roubar, mas quando é a nosso favor é patriotismo e já não faz mal" não é odiado. É ridicularizado, sempre que posso. Obviamente.

10. è que se vocês "fossem grandes" a discussão nem existia. Ser grande é relativo e ponto final. cada qual tem a sua grandeza e ninguém tem nada a ver com isso. Mas vocês têm sempre que ser "os maiores" - que não são obviamente. E quando se afirmam como "os maiores" - que não são obviamente - estão a inferiorizar sistematicamente os outros. Estão a agredir os outros. Daí o anti-benfiquismo que suscitam.

12. Mas olha que eu ainda me lembro de um Benfica que incutia aos seus adeptos uma postura de seriedade, de honra e de superioridade moral baseada nos feitos concretos e não nas teorias da conspiração para explicar a inabilidade na gestão desportiva e nas reiteradas promessas para o ano que vem.

13. Prezo muito os meus amigos que, em esmagadora maioria, são benfiquistas. Mas nenhum deles sofre deste benfiquismo rasteirinho que tem estado na moda deste que o Sr. Vieira anda por aí a abanar os apendices e a incendiar os animos.

14. Que queres ? è irresistível ver e ouvir na Benfica TV que "somos 14 milhões" ou que "se não nos tivessem roubado 18 pontos (!) íamos em primeiro" e coisas análogas enquanto olhamos para a qualidade da equipa, treinador e presidente e não gozar com tanta evidencia junta.

15. Mas olha que não é ódio. è prazer em ver a vida a correr mal ao benfica. É muito mais saudável.

16. No ódio, espuma-se de raiva. Com o exercício do benfiquismo do Sr. Vieira, a malta basta-se em rir e gozar que é muito mais saudável.

10:21  
Blogger carneiro said...

"cabrão e filho da puta" (sic) reportado ao simãozinho...

Nesta parte estás-te a citar a ti próprio, convém esclarecer...

10:25  
Blogger carneiro said...

"Se a minha achega literária me merece desde logo o epípeto de burro"

tinha-me esquecido de comentar isto: é pá, eu não fiz nenhuma apreciação desse tipo. Vê lá isso bem...

10:31  
Anonymous Anónimo said...

"o asdrubal é benfiquista.Logo, eu não podia pô-lo a acabar com uma vida de gente normal." - escsreveu o Carneiro.

Louvando a sua escrita que muito medivertiu e que admiro de há uns meses, fiz lembrar que Asdrúbal seria sportinguista, dada a sua preocupação com o "social". A coerência da história é beliscada pelo pormenor de um benfiquista real se estar nas tintas para o "parecer" isto e aquilo.

Carneiro sai logo em grande e acusa-me de fixação clubística benfiquista, e de dar coices (quem dá coices são os burros).

Carneiro escreveu num post a negrito que Sabrosa é cabrão e filho da puta (sic) e proclema-o novamente como verdade universal (sic).

Carneiro, que declara que quem aceita bem a crítica é hipócrita (não acho, acho que é bem formado), fica tão zangado com uma pequena crítica construtiva no meio do louvor ao seu belo texto, que até diz "ès chato como é típico dos benfiquistas".

Bolas, que isso é ter um ego do tamanho do mundo e arredores! Uma pequena observação construtiva, após constantes bicadas nos benfiquistas, reduzidos a uma massa homogénea em que "são todos assim" e nem lhes é reconhecida a individualidade, merece tanta espuma pela boca?

O Vieira diz palermices, diz. É povo. Não deve ter tido oportunidade de fazer a 4ª classe no tempo do "Fascismo", como nós, talvez por ter tido de trabalhar desde garoto. Não acho muita graça a troçar-se da falta de instrução de cada um. Prefiro um Vieira pouco instruído, sem os ardis verbais melosos do arsenal de Santana Lopes advogado, mas menos honesto. Para não referir que quem teve e tem mafiosos como Sousa Cintra ou Pinto da Costa Fruta ou Chocolate como presidentes, deve estar caladito, bem caladito.

Sou benfiquista, e se o nosso defeito é um certo fanatismo, o do Sporting é um certo snobismo e o do Porto um certo provincianismo.

Acerca da questão dos "betinhos", que presumo fosse dirigida a Simão Sabrosa (a que propósito???), acho bem que não tenha desenvolvido o assunto. Este bem aí.

Nota: é claro que ninguém me obriga a vir aqui, mas se o caro amigo levou tão a peito um pequeno comentário encarnado, permito-me responder e agradeço a sua lisura de não censurar, já agora.

O Anónimo benfiquista

15:36  
Blogger carneiro said...

continuas a atirar bolas ao poste.

Não me vou repetir para responder àss tuas repetições.


Que coisa, até parece que o Simão, além de grassdiver, até é da tua família...


Olha "masé" lá para cima que até te dediquei um post á maneira e deixa-te de coisas.

15:43  
Anonymous Anónimo said...

O post em questão já foi respondido a preceito, e esta polémica, da minha parte, está mais que encerrada. Boa continuação!

16:30  
Anonymous Anónimo said...

P.S. - O grass eater Simão é de várias famílias minhas. A família Benfiquista, antes de mais.

16:32  

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