MAFALDINHO

O Mafaldinho tem andado por aí a acusar que o Xiclista "ridiculariza o sexo mais fraco". Há frases que valem um milhão, pois delas se extrai a alma derramada do seu autor. Porque há almas que se elevam e há almas que se derramam. Como o sebo derretido.

Para já, só usa a expressão "sexo mais fraco" quem efectivamente subalterniza as mulheres. Assim, quem venha acusar de misoginia, utilizando aquela expressão, nega no pressuposto a conclusão que formula.

Acresce que existe uma diferença essencial entre "gozar com gajas" e "inferiorizar mulheres". O Xiclista sabe o que tem praticado e não tem, sequer, que se justificar. E quem não percebe a diferença nem merece o tempo que se perca a explicar.

O Mafaldinho não alcança a diferença entre estes conceitos, como não percebe a diferença entre o respeito que dirigimos aos homossexuais e o desprezo que votamos aos paneleiros que, como ele, só guincham em histérica atitude de gaja. Porque "atitudes de gaja" nem são assumidas necessariamente no feminino. Muito antes pelo contrário.

Outrossim, já percebi donde lhe vem o estado doloroso subjectivo da articulação do cotovelo: no último ano o blog dele não ultrapassou as 13.000 visitas incluindo naturalmente os próprios acessos. E custa-lhe tremendamente que um blog, como o Xiclista, que trata mal as mulheres, feito por quem não é nem inteligente, nem dotado de sentido de humor, obtenha mais do triplo das visitas (pese embora, a insignificância de qualquer dos scores, quando comparados com os "blogues a sério"). Mas fica descansadinho, meu paneleirão Mafaldinho, já desactivei o contador para não te fazer confusão. Talvez o volte a ligar em Janeiro...

Por aqui não ligamos muito a isso. Consideramos mais o facto de sabermos que a nossa opinião na blogosfera - boa ou má - deixa rasto e que permite em qualquer momento que quem nos leia saiba quem nós somos. Chama-se a isto partilhar com os outros, assumir a responsabilidade pelo que fazemos, dizemos e somos. Por contraposição a quem não tem coragem para sair da tentativa de insulto anónimo.

É a eterna diferença entre o sexo partilhado e a masturbação.