A EXPLICAÇÃO
"Benfica farto das arbitragens de Lucílio Baptista" - dos jornais
Quanto aos penalties, o Benfica tem razão no de Romagnoli (inexistente) e meia-razão no de Quaresma no Restelo (inexistente, mas tão bem simulado que enganava qualquer pessoa). Não tem razão no jogo do Bessa. Os jogadores do Benfica, em bolas divididas, atiraram-se para o chão só porque estavam dentro da área. O único que ficou por marcar foi a mão de Nelson dentro da área.
O problema do Benfica é que já não marcam tantos golos de penalty desde que o Simão se foi embora, esse sim, o verdadeiro artista-simulador. O Benfica tem disfarçado a fraca qualidade das suas equipas nos ultimos anos à custa dos penalties que João Pinto e depois Simão arrancavam com a protecção da comunicação social. Lembro-me de um no Beira-Mar o ano passado, em que o Simão já estava em queda um metro antes de chocar com a perna do defesa e o Filho da Puta do Jornalista da TVI dizia descarado, contrariando o outro comentador: "Não me interessa que já fosse a cair. Para mim é penalty e mais nada!". Foram anos a viver nesta mama e por isso agora sentem a falta.
De todo o modo, a estratégia benfiquista baseia-se em conseguir ter razão numa queixa isolada e depois fazer tanto alarido que consegue que a comunicação social do costume transforme esse acto isolado numa regra. A última vez que o Benfica foi prejudicado aconteceu com o saboroso golo que o Baía foi buscar dentro da baliza (saboroso, pela raiva com que os benfiquistas espumam cada vez que se fala desse golo). Isso chegou para tanto alarido, tanta berraria, tanta vitimização, que acabaram por ganhar um campeonato à custa de condicionar as arbitragens com tanta choradeira.
A actual estratégia do Benfica é condicionar as arbitragens nos dois últimos jogos. Estes comportamentos são proibidos e penalizados pelos regulamentos desportivos. Mas o apuramento para a liga dos campeões já ultrapassou há muito os limites dos clubes, das clubites e das Sad's. O que está em causa é o retorno do investimento que os Bancos colocaram no Sporting e no Benfica. E é esse o verdadeiro poder que se degladia nestas questões pseudo-desportivas: o poder financeiro dos grandes grupos bancários que investiram nos estádios do Euro 2004.
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