OS PELOS
Eu explico: no sub-mundo do ciclismo a questão dos "pêlos nas pernas" tende a ser de tremenda importância. Rapar as pernas é como um acto iniciático ou a afirmação pública de um amor irreversível pela modalidade. Eu não rapo as pernas. Recuso-me. Ponto final. E nem imaginam o que me dizem quando me apresento com as pernas cabeludas que Deus me deu. Já percebi que há colegas de equipa que me evitam só para não serem vistos perto das minhas pernas cabeludas que lhes retiram, por osmose, categoria ciclística. Ou seja, na minha e em outras equipas, o que não faltam é gajos que reduzem a seriedade do ciclismo ao modelo radical dos óculos escuros e à lisura da pernoca ao léu.
Pelo meu lado e com a minha idade, andar vestido de lycra em público é o mais que consigo fazer. Rapar a perna, nem pensar. Bem sei o que dizem os jornalistas de Corral de Moinas de quem rapa as pernas e se veste de lycra, ainda por cima em cores berrantes e xoquingues.
Ademais, e conforme o fotografia bem ilustra, começa-se por rapar as pernas e, qualquer dia, já se anda de saltos-altos...
4 Comments:
Nem imaginas a minha apreensão quando, já lá vão uns anos, percebi que o meu filho tinha rapado as pernas por causa do ciclismo, no caso, BTT.
Ufa!!!
pois, eu percebo a aflição. tenho lá dois em casa. E lembro-me do dorivau, essa besta de metro e oitenta e pai-que-é-cego...
Lolllll
E aquelas pernocas não pertencem aos «Alumínios»?
Lolllll
A mim só me falta andar de bicicleta... não se pode ter tudo!
;)
Beijinhos
mas tens uma pernoca sem pelo. Digo eu, que falo de memória que já há umas décadas que não te vejo as pernas ao léu...
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