sexta-feira, setembro 07, 2007

CABREITO

Tinha passado por Tomar e aproximava-me de Santa Cita. No início da localidade não dei importância à placa toponímica e não parei, até porque vinha a andar pelos 30 à hora em plano, graças a um pastel de nata tamanho familiar e dois nectares da compal que antes metera. E, meus amigos, com o depósito alimentado a octanas daquelas...
Mas ocorreu-me uma anedota velha, velhinha, daquelas que se ouvem "dos antigos" nas tabernas de barril, a beijar os meio-tintinhos com a elegância equilibrada no mindinho em contra-peso, enquanto se joga ao paulitinho para a rodada. E tive que parar no final da localidade para registar a toponímica.
"Uma senhora foi ao médico e queixou-se que lhe doía o peito. O médico auscultou, apalpou, bateu com os dedos a ressoar o pulmão, mas nada. À cautela receitou uma pomada melhoral, das que não faz bem nem faz mal. Na semana seguinte a paciente apresentou-se com as mesmas queixas. Uma vez mais o diagnóstico foi inconclusivo. À terceira consulta, o médico teve um rasgo de suspeita e ordenou à paciente: "Minha senhora, diga cabrito". E ela disse: "Cabreito".
Etapa 12, Ansião-Lisboa, 192 Km, 8:44 Horas, 22.08 Km/h, 9503 Kcal