JORNALISMO RONHOSO

Ler o artigo completo no Corta-Fitas por José Mendonça da Cruz.

"Há também aqueles que só gostam de cor de rosa, quando vêem cor de rosa excitam-se. Esta semana, por exemplo, a Tvi quis comemorar os 4 anos de chegada da troika. E quem foi o herói escolhido por José Alberto de Carvalho? Teixeira dos Santos, naturalmente.

Poderia ter escolhido o chefe de governo que acarretou com a tarefa de concertar anos de gestão criminosa.

Poderia ter escolhido o sisudo ministro das Finanças que teve que pôr ordem nas contas manipuladas e nos prejuízos escondidos debaixo do tapete.

Mas preferiu o homem que a Economist considerou o pior ministro das Finanças da Europa, o segundo homem do governo que arruinou o país; escolheu o ministro que levou anos a perceber o que Campos e Cunha compreendera em poucas semanas; elegeu o sábio que gritou «Precipício!» quando a carruagem já se despenhava, que não viu erros nem corrupção senão no fim; promoveu o valente que se ufana de ter feito muita frente a Sócrates, agora que o outro está preso.

Este tipo de jornalismo (que no entanto se surpreende com a baixa de audiências e a fuga do público para outras escolhas) é pior que burro ou falsário. É onanista. Masturba-se freneticamente, e, depois, proclama que ele é que conhece o orgasmo verdadeiro."

Refiro que no Insurgente não fui admitido a comentar este Teixeira dos Santos como a imagem acabada da ignorância académica em Ciências Financeiras. Como não fui admitido a comentar o Manoel de Oliveira como o supremo parasita  de impostos dos contribuintes em filmes que quem os paga se recusa a ver.
Pelos vistos, o liberalismo Insurgente só vale para criticar os parasitas do Estado quando eles não são  da Cidade do Porto ou  quando não têm relações familiares com alguns daqueles liberais.
Quando em 1978 cheguei à Católica de Lisboa também havia por lá uns idiotas que me olhavam de lado nunca imaginando que a dormir eu já tinha feito mais pela liberdade em Portugal do que eles acordados. Agora apareceu-me este beto. Já vou estando habituado a quem se esgota em colar cartazes com meras afirmações retóricas. Sejam em papel sejam virtuais.