terça-feira, abril 07, 2015

ELES 'ANDEM' AÍ

A Coisa explica-se assim: Na Av. Infante D. Henrique, na zona de Xabregas, existe um radar fixo para 50 Km/h. Logo a seguir, estende-se o muro de "Instalações Militares" desactivadas, sendo que por 500 metros a hemi-faixa  tem 3 vias de transito no mesmo sentido, tem separador central e não oferece qualquer razão  concreta para que o limite de velocidade seja de 50 Km/h. Outras zonas de Lisboa, com muito menores condições de segurança,  usam o limite de 80 Km/h.
Ora bem, os condutores cumprem o limite de 50 Km/h junto do radar fixo e por efeito psicológico associado às condições concretas da via, aceleram  um pouco  acima do limite de 50. Sendo óbvio que por ali toda a gente circula acima dos 50. Aliás, a 50 Km/h tenho que circular em 4ª velocidade, pois a 5ª engasga. E, por isso,  500 metros à frente do radar fixo é instalado, escondido atrás de uma inoperacional paragem de autocarro e estacionado em cima do passeio, um radar móvel.
Mais à frente montam escritório, mas só autuam quem passa acima dos 70. Porque entre os 50  e os 69 a coima é apenas de 60 euros e não vale a pena estar a preencher papéis por tão pouco. Pese embora o dever legal de autuar toda e qualquer infracção ao Código da Estrada, não cabendo ao Polícia escolher quais as infracções que autua e quais a que perdoa. Mas isso interessa lá a quem estaciona em cima do passeio para melhor  foder o Zé Pagante de Impostos...
Aos meus filhos sempre recomendei que procurassem um Polícia se tivessem algum problema. Aos meus netos vou explicar que sempre que virem um Polícia ao longe devem fugir. De certeza que os vai tentar tramar com uma qualquer multa obtida de qualquer forma manhosa, ilegal, descarada ou traiçoeira, à laia de vulgares meliantes que montam emboscada a quem passa.
Devo dizer que recentemente  percebi que o esquema estava montado logo pela manhãzinha. Passei por lá, dei a volta ao quarteirão e estive 20 minutos na beira da estrada, antes do radar móvel, a prevenir a malta que passava de que deveria manter a velocidade nos 50 Km/h. Há 30 anos que por ali passo todos os dias e nunca vi um acidente de viação que justifique que ali se instalem dois radares com o intervalo de 500 metros. Mas se as autoridades o fazem é porque a via é mesmo perigosa e, então, como cidadão empenhado na prevenção de acidentes, dei 20 minutos da minha vida para ajudar a diminuir a sinistralidade. Saí de lá quando fui substituído por outro cidadão empenhado que, entretanto, me foi fazer companhia.