ADEUS GRÉCIA
"O governo grego não quer cumprir com os acordos previamente estabelecidos e quer ter soberania fiscal. Ao mesmo tempo precisa de dinheiro, porque o socialismo e a xenofobia ganham eleições mas não pagam contas. Das contrapartes Europeias a resposta é a esperada. Não há dinheiro se não quiserem cumprir com os acordos. Não há dinheiro se não quiserem políticas de responsabilidade fiscal.
O que está na base desta situação são duas visões incompatíveis sobre qual poder deve ter o Estado sobre a moeda. Em resumo, deve o Estado poder financiar-se com emissão de moeda própria ou não. A Alemanha lidera o bloco que defende que não. Neste momento a Grécia é o bloco que diz claramente que sim. É esse o caminho alternativo para o crescimento que Syrizas, Podemos e PS preconizam. Se o bloco fiscalmente responsável do Norte da Europa emprestar dinheiro à Grécia, será para patrocinar a implementação desta visão com que não concordam. A Grécia seria o foco de uma infecção que destruiria o Euro tal como ele foi desenhado. Esta é a razão central para ter a certeza de que a Grécia sai do Euro. E sai do Euro em Fevereiro porque a partir do momento em que estiver claro que não vão ter o dinheiro que precisam para aplicar as políticas populistas com que se comprometeram têm tudo a ganhar em controlar a moeda e o fluxo de capitais. Não vai ser bonito para a Grécia, mas a democracia e a soberania têm destas coisas. Por isso é que vale a pena pensar bem antes de ir votar ou de ficar em casa, aceitando o resultado do voto alheio."
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