sexta-feira, janeiro 25, 2013

DULCINEIA (c) TunaMédicadeLisboa

Marinheiro de água doce

Onde foste marear
Quem me dera a mim que fosse
Nas ondas do meu olhar

Pudesse eu partir contigo
Ser gaivota ou lua cheia
Ser o teu porto de abrigo
Ou a tua Dulcineia

Mas coração de marujo
É do tamanho do mundo
Quem nele procura refúgio
Cai num abismo profundo

Ama sem cor, sem idade
Nos quatro cantos da vida
Escravo da liberdade
Se chega está de partida

Tem no sangue maresia
Na alma tem maré cheia
Dorme com a fantasia
Faz amor com as sereias

Foi poeta tanta vez
Tem nisso muita vaidade
Porque só em português
Há a palavra saudade