MANIPULAÇÃO

Pelas notícias que se têm lido, o assassino de Oslo organizou o respectivo ideário político mediante a referência a alguns modelos políticos, religiosos e filosóficos que mistura, sintetiza e apresenta num longo manifesto que é perigoso ser lido na net, não vá aparecer a Polícia a acusar-nos de seguidismo.

Ora bem, o jornalismo tuga tem forçado as cores no sentido de o catalogar como "nazi" e de "extrema-direita", ponto final. Obviamente que as afirmações dele, de jaez totalitário, sempre seriam, pela natureza das coisas, parcialmente enquadráveis num discurso típico de extrema-direita. Mas o assassino de Oslo esgrime argumentos igualmente totalitários francamente enquadráveis na extrema-esquerda - e nesses o jornalismo tuga não pega. Esgrime argumentos procedimentais do tipo AlQueda - e nesses o jornalismo tuga não pega. Esgrime argumentos típicos de fundamentalismo religioso islâmico - e nesses o jornalismo tuga não pega. Esgrime argumentos típicos de fundamentalismo religioso cristão (aliás, decalcados nos islâmicos) - e o jornalismo tuga já faz uma festa. É o Templário que queria degolar a primeira-ministra e colocar o vídeo na net! Como se esta monstruosa prática não tivesse tido origem no terrorismo islâmico. Ou seja, o jornalismo tuga uma vez mais não pretende informar os cidadãos, descrevendo objectivamente a realidade. O jornalismo tuga interpreta o assassino através das suas lentes de esquerda urbana chique e apresenta-o, não como ele é, mas como os jornalistas tugas entendem que ele deva ser apresentado de forma a que prejudique o mínimo possível a ideologia dos jornalistas tugas. E quanto ao facto de o assassino de Oslo reclamar fundamentação dos seus actos também na Maçonaria, então aí, ficamos perante uma completa ausência de notícias. Nem se toca no assunto. Aliás, basta consultar as fotos do Google para se perceber a dificuldade em se encontrar fotos do assassino de Oslo com o avental cerimonial. Apenas se conseguiu uma. Se bem que a mesma foto, mas cortada para eliminar a parte do avental, já seja mais abundante. Desta forma perversa o jornalismo tuga acaba por dar razão a algumas das afirmações do assassino de Oslo sobre a manipulação informativa a que os povos europeus estão sujeitos.