segunda-feira, dezembro 05, 2011

O CICLO DA ÀGUA

A àgua da chuva escorre por uma valeta, encosta abaixo. Desvia-se a valeta de modo a que a àgua seja recolhida numa caixa à qual está ligada uma mangueira.

...a àgua é conduzida durante cerca de 60 metros por uma mangueira de 32mm.
...a àgua, pela mangueira, entra num sifão, por mero efeito do princípio dos vasos comunicantes, já que a anterior caixa de recolha de àgua está situada em quota superior ao bordo do sifão.

...no sifão a mangueira conduz a àgua até ao nível mais baixo para proporcionar a subida calma do nível da mesma, potenciando a precipitação de matérias, em especial terras, que estejam em suspensão. Logo que atinja o nível de 100 cm, o tubo ladrão permite que a água escoe do sifão...



... passando por um tubo de 50mm e penetrando pela cobertura da cisterna...

...na qual é depositada através do tubo que se vê no tecto da dita.






E, assim, damos por terminada a cisterna para recolha de 30 mil litros de águas pluviais. Uma obra para ocupar duas semanas em Agosto, acabou 4 meses depois. Tanto que eu aprendi. Agradeço em especial ao meu filho Vasco, companheiro de muitas madrugadas e grande entusiasta e apoiante da obra; ao Major, amigo do peito, que em três dias de trabalho intenso e duro permitiu fazer a cobertura que em trabalho solitário demoraria mais um mês; ao meu Pai, que, por nunca ter acreditado em mim, se tornou, uma vez mais, no meu principal incentivo, em especial nos dias em que a desistência chegou a ser uma opção, e aos meus outros dois filhos que me concederam a tremenda e subida honra de lá terem ido em Agosto, por duas vezes, com maus modos e salientando o muito de que abdicavam da sua vida pessoal para acudir a mais esta excentricidade do pai.

Agradeço o incentivo de todos os que opinaram, mesmo àqueles que achavam que aquilo iria desabar.

Se tenho mau feitio ? Claro que tenho. Na adiafa, pagam-se as contas e lavam-se os cestos. Também sou suficientemente arrogante para mostrar a obra depois de feita. Do mesmo modo que fui humilde expondo-a ao longo da construção, pedindo e aceitando conselhos e correndo o risco, em público e em directo, do potencial fracasso.

Mas na construção das cisternas, como na vida, dá sempre para olhar à volta. E concluir.

7 Comments:

Anonymous N.C. said...

Compreende-se a mordacidade. Que satisfação é conseguir!... O brio tem os seus riscos e as suas alegrias, mas só sabe isso quem o tem e se mete às coisas...

12:14  
Blogger aamorim said...

Só merece um comentário!
PARABÉNS pela obra feita.
Abraço

13:57  
Blogger carneiro said...

obrigado a ambos

(Amorim, sobre o outro assunto enviei na altura e-mail. Chegou aí ? )

17:39  
Blogger Victor Plastikman said...

Parabêns . . . . " canudo "
jà não éra sem tempo .
Qualquer dia , passo por lá para vêr ( provar ) as ginjas .

18:52  
Blogger aamorim said...

Claro que sim. Ainda não respondi mas fá-lo-ei em breve. A "vidinha" está algo complicada! Abraço

22:26  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns amigo por teres concretizado com sucesso mais um sonho, que DEUS te dê saúde para poderes gozar desse teu patrimonio e que atua família te deia todo o apoio que tu mereces.
Um abraço
J.Piteira

22:59  
Blogger FRINXAS said...

Não vou dizer o que pensava para que servia "aquilo" redondo com tecto porque, depois de ver para que realmente serve...

Excentricidade? Nada disso, um exemplo a seguir por muitos, tanto na "labóura" como na protecção do depósito!!!

Andei uns dias sem vir visitar este blog e agora vejo isto...

Estou admirado!!!

00:13  

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