ORIGENS II
As Minas Romanas de Tresminas são um dos mais importantes conjuntos de arqueologia mineira da época romana. Dado o estado avançado de destruição dos monumentos antigos relativos à exploração de matéria-prima, é do maior interesse cultural a preservação e o estudo deste local único.
A História
Foi provavelmente já durante o reinado de Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) que se iniciou a exploração mineira sistemática de Tresminas e do Campo de Jales, a qual se prolongou até à segunda metade do séc. II d.C.. Tudo indica que a sua exploração regular cessou o mais tardar na época de Sétimo Severo (193 - 211 d.C.).
Sendo domínio imperial e fiscal, o distrito mineiro estava sob administração estatal directa. O cargo mais elevado era desempenhado por um funcionário imperial (procurator metallorum), que provavelmente acumulava a administração dos outros domínios mineiros da região. A fiscalização dos trabalhos no local estava a cargo do exército. Para esse efeito estavam estacionados no distrito mineiro destacamentos da Sétima Legião (legio VII gemina), bem como soldados de uma unidade auxiliar (cohors I Gallica equitata civium Romanorum). Os militares, além de cumprirem missões de soberania (serviço policial, etc.), exerciam sobretudo funções de ordem administrativa e técnica.
Composição Demográfica
Existem inscrições que nos dão testemunho relativamente à composição demográfica do distrito mineiro de Tresminas. As inscrições sepulcrais revelam um quadro típico dos locais de exploração mineira abertos recentemente: elevada percentagem tanto de residentes, como de estrangeiros. No caso dos imigrantes, tratava-se de mercenários livres procedentes do Norte da Celtibéria, nomeadamente da região de Clunia (hoje: Peñalba de castro, Província de Burgos/Espanha). Até agora não dispomos de provas concludentes respeitantes ao emprego de mão-de-obra não livre, ou seja, escravos e prisioneiros condenados a trabalhos forçados. Dos homens radicados no distrito mineiro apenas uma percentagem trabalhava directamente nas minas.
A Área
O território do distrito mineiro romano estendia-se por uma área mais vasta cujo centro era constituído pelos campos de exploração mineira de Tresminas e Campo de Jales, mas que englobava também terrenos de cultivo para abastecimento próprio. Eram necessários grandes quantidades de madeira, tanto como material de construção, como de combustão em forma de carvão vegetal para fins metalúrgicos. A carvoaria deve ter desempenhado um papel importante. Além disso havia ainda a indústria do granito para a fabricação de mós, blocos de moinhos de pilões etc. Na povoação de Vales é possível localizar uma exploração agrícola.
Todos os bens que não eram fabricados no distrito mineiro tinham de ser importados. Por isso, o sistema de ligações viárias era um factor importante para o abastecimento. A ponte sobre o rio Pinhão, perto da Barrela (Vreia da Jales) marca o traçado da estrada romana que dava acesso às minas pelo lado sul.
Ainda não são conhecidos os limites exactos da povoação mineira de Tresminas. Com base na disseminação dos achados, é dado como certo que o centro do vicus metalli se estendia para além da crista plana situada a noroeste da Corta de Covas. Da área povoada, somente foram estudados pequenos sectores. Pressupõe-se a existência de determinadas construções: edifícios administrativos, casernas, um balneário, complexos industriais (oficinas de ferreiro, instalações de tratamento metalúrgico, etc.), armazéns e silos, mercados, lojas, casas de habitação, templos e santuários. Em consequência da situação geográfica desfavorável (aproximadamente 840 m de altitude), o abastecimento de água constituía o grande problema logístico. A água era canalizada por meio de aquedutos a partir dos cursos superiores do Rio Tinhela e do Ribeiro de Fraga.
A Produção
Na área do distrito mineiro romano de Tresminas e Campo de Jales, produzia-se, além do ouro e da prata, o chumbo. A mineralização está associada a veios e filões de quartzo que atravessam os xistos arcaicos extremamente alcantilados (em Campo de Jales: xistos e granitos). Além da ganga (quartzo) os corpos de minério contêm sobretudo sulforetos: pirite, arsenopirite e galena com prata. O ouro aparece tanto sob forma nativa, na ganga, como associado aos sulfuretos acessórios.
Associação D. C. R. S. F. Tresminas
A História
Foi provavelmente já durante o reinado de Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) que se iniciou a exploração mineira sistemática de Tresminas e do Campo de Jales, a qual se prolongou até à segunda metade do séc. II d.C.. Tudo indica que a sua exploração regular cessou o mais tardar na época de Sétimo Severo (193 - 211 d.C.).
Sendo domínio imperial e fiscal, o distrito mineiro estava sob administração estatal directa. O cargo mais elevado era desempenhado por um funcionário imperial (procurator metallorum), que provavelmente acumulava a administração dos outros domínios mineiros da região. A fiscalização dos trabalhos no local estava a cargo do exército. Para esse efeito estavam estacionados no distrito mineiro destacamentos da Sétima Legião (legio VII gemina), bem como soldados de uma unidade auxiliar (cohors I Gallica equitata civium Romanorum). Os militares, além de cumprirem missões de soberania (serviço policial, etc.), exerciam sobretudo funções de ordem administrativa e técnica.
Composição Demográfica
Existem inscrições que nos dão testemunho relativamente à composição demográfica do distrito mineiro de Tresminas. As inscrições sepulcrais revelam um quadro típico dos locais de exploração mineira abertos recentemente: elevada percentagem tanto de residentes, como de estrangeiros. No caso dos imigrantes, tratava-se de mercenários livres procedentes do Norte da Celtibéria, nomeadamente da região de Clunia (hoje: Peñalba de castro, Província de Burgos/Espanha). Até agora não dispomos de provas concludentes respeitantes ao emprego de mão-de-obra não livre, ou seja, escravos e prisioneiros condenados a trabalhos forçados. Dos homens radicados no distrito mineiro apenas uma percentagem trabalhava directamente nas minas.
A Área
O território do distrito mineiro romano estendia-se por uma área mais vasta cujo centro era constituído pelos campos de exploração mineira de Tresminas e Campo de Jales, mas que englobava também terrenos de cultivo para abastecimento próprio. Eram necessários grandes quantidades de madeira, tanto como material de construção, como de combustão em forma de carvão vegetal para fins metalúrgicos. A carvoaria deve ter desempenhado um papel importante. Além disso havia ainda a indústria do granito para a fabricação de mós, blocos de moinhos de pilões etc. Na povoação de Vales é possível localizar uma exploração agrícola.
Todos os bens que não eram fabricados no distrito mineiro tinham de ser importados. Por isso, o sistema de ligações viárias era um factor importante para o abastecimento. A ponte sobre o rio Pinhão, perto da Barrela (Vreia da Jales) marca o traçado da estrada romana que dava acesso às minas pelo lado sul.
Ainda não são conhecidos os limites exactos da povoação mineira de Tresminas. Com base na disseminação dos achados, é dado como certo que o centro do vicus metalli se estendia para além da crista plana situada a noroeste da Corta de Covas. Da área povoada, somente foram estudados pequenos sectores. Pressupõe-se a existência de determinadas construções: edifícios administrativos, casernas, um balneário, complexos industriais (oficinas de ferreiro, instalações de tratamento metalúrgico, etc.), armazéns e silos, mercados, lojas, casas de habitação, templos e santuários. Em consequência da situação geográfica desfavorável (aproximadamente 840 m de altitude), o abastecimento de água constituía o grande problema logístico. A água era canalizada por meio de aquedutos a partir dos cursos superiores do Rio Tinhela e do Ribeiro de Fraga.
A Produção
Na área do distrito mineiro romano de Tresminas e Campo de Jales, produzia-se, além do ouro e da prata, o chumbo. A mineralização está associada a veios e filões de quartzo que atravessam os xistos arcaicos extremamente alcantilados (em Campo de Jales: xistos e granitos). Além da ganga (quartzo) os corpos de minério contêm sobretudo sulforetos: pirite, arsenopirite e galena com prata. O ouro aparece tanto sob forma nativa, na ganga, como associado aos sulfuretos acessórios.
Associação D. C. R. S. F. Tresminas
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