O CENTENÁRIO DO SPORT CLUB ESCOLAR BOMBARRALENSE
(...)"Em 1911 e 1912 A «Taça de Portugal» em ciclismo fora ganha pelo Sport Clube Progresso, em 1913 e 1914 pelo Sporting Clube de Portugal e no ano seguinte passou para a posse do Lusitano Clube Ciclista.
Apesar da expectativa geral a nossa equipa (Bombarralense) ganha a prova (em 1916) por uma grande margem de avanço, isto é, primeiro, segundo e quarto classificados. Houve grande festa na terra com música, foguetes e um grandioso baile. No ano seguinte, 1917, é enviada a mesma equipa e novamente o Bombarralense inscreve o seu nome, como brilhante vencedor, pela segunda vez consecutiva. Para ganhar a «Taça de Portugal» definitivamente, qualquer clube teria que ser vencedor 3 anos seguidos ou 5 alternados. Já nessa altura os grandes jornais diários da capital se referiam ao ciclismo bombarralense com grandes títulos. Devido aos efeitos da primeira Grande Guerra, no ano seguinte não se disputou a prova, e em 1918 o Bombarralense é convidado a entregar a Taça ou a disputá-la novamente. Os jornais noticiavam a organização de fortes equipas na Capital e no Norte para darem réplica ao Bombarralense. Depois de uma preparação intensa dos nossos ciclistas, adoece Miguel Jorge das Neves. Faltavam poucos dias para a grande corrida decisiva que nos podia encher de glória e elevar bem alto o nome do Bombarral. Devido ao facto, o desânimo era muito grande em toda a região, pois antevia-se o grande dia da vitória cheio da mais transbordante alegria. Havia um rapaz vigoroso, mas pouco experiente ainda, Joaquim Rodrigues (Olaia). Depois de ter feito alguns treinos com José Pereira da Conceição, este garante a sua eficiência na equipa. Houve uma sensação de alívio na população. Os corredores partiram para Lisboa cheios de fé, dispostos a darem tudo por tudo para não deixarem os seus créditos por mãos alheias. Apenas tinham a apoiá-los, simplesmente, alguns conterrâneos e amigos do Bombarral. Chegada a hora H, partiram pelas estradas fora, com tal gana, com tal entusiasmo, que os seus adversários jamais os puderam alcançar. Fizeram a prova completamente à vontade, sendo os três primeiros classificados: José Pereira da Conceição, Joaquim Rodrigues (Olaia) e Feliz Pereira da Conceição.
(...)
Foi um Verdadeiro delírio impossível de descrever, a alegria chegou a todos os rostos, veio tudo para as ruas, os Heróis eram abraçados e levados aos ombros. Um dia grande para o Bombarral.
Os jornais do dia seguinte traziam grandes títulos sobre o acontecimento. O Diário de Notícias dizia: «A Equipa Fantasma do Bombarral ganha definitivamente em ciclismo a «Taça de Portugal». O Século: «A imbatível equipa de ciclismo do Bombarral é vencedora absoluta da «Taça de Portugal».
(...) quero lembrar-lhe também a grande prova Porto-Lisboa, uma das maiores que se realizam no nosso País e numa só tirada de 350 quilómetros nesse tempo. José Pereira da Conceição, representando o nosso Clube, ganha o IV percurso. No ano seguinte vence o V com o avanço de quase 40 minutos sobre o segundo classificado. Nessa prova participou também, António Mil--Homens (Pila), que se classificou brilhantemente em terceiro lugar. Não pode calcular qual foi o delírio que atingiu o Bombarral nessas alturas. Viveram-se momentos que não mais saiem da memória daqueles que tiverem a honra de assistir a eles. No VI Porto-Lisboa, novamente alinhou a nossa equipa, alcançou a segunda e terceira classificações, apenas a escassos segundo do primeiro. (...) - texto tirado do "Futebol Saudade"
Apesar da expectativa geral a nossa equipa (Bombarralense) ganha a prova (em 1916) por uma grande margem de avanço, isto é, primeiro, segundo e quarto classificados. Houve grande festa na terra com música, foguetes e um grandioso baile. No ano seguinte, 1917, é enviada a mesma equipa e novamente o Bombarralense inscreve o seu nome, como brilhante vencedor, pela segunda vez consecutiva. Para ganhar a «Taça de Portugal» definitivamente, qualquer clube teria que ser vencedor 3 anos seguidos ou 5 alternados. Já nessa altura os grandes jornais diários da capital se referiam ao ciclismo bombarralense com grandes títulos. Devido aos efeitos da primeira Grande Guerra, no ano seguinte não se disputou a prova, e em 1918 o Bombarralense é convidado a entregar a Taça ou a disputá-la novamente. Os jornais noticiavam a organização de fortes equipas na Capital e no Norte para darem réplica ao Bombarralense. Depois de uma preparação intensa dos nossos ciclistas, adoece Miguel Jorge das Neves. Faltavam poucos dias para a grande corrida decisiva que nos podia encher de glória e elevar bem alto o nome do Bombarral. Devido ao facto, o desânimo era muito grande em toda a região, pois antevia-se o grande dia da vitória cheio da mais transbordante alegria. Havia um rapaz vigoroso, mas pouco experiente ainda, Joaquim Rodrigues (Olaia). Depois de ter feito alguns treinos com José Pereira da Conceição, este garante a sua eficiência na equipa. Houve uma sensação de alívio na população. Os corredores partiram para Lisboa cheios de fé, dispostos a darem tudo por tudo para não deixarem os seus créditos por mãos alheias. Apenas tinham a apoiá-los, simplesmente, alguns conterrâneos e amigos do Bombarral. Chegada a hora H, partiram pelas estradas fora, com tal gana, com tal entusiasmo, que os seus adversários jamais os puderam alcançar. Fizeram a prova completamente à vontade, sendo os três primeiros classificados: José Pereira da Conceição, Joaquim Rodrigues (Olaia) e Feliz Pereira da Conceição.
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Foi um Verdadeiro delírio impossível de descrever, a alegria chegou a todos os rostos, veio tudo para as ruas, os Heróis eram abraçados e levados aos ombros. Um dia grande para o Bombarral.
Os jornais do dia seguinte traziam grandes títulos sobre o acontecimento. O Diário de Notícias dizia: «A Equipa Fantasma do Bombarral ganha definitivamente em ciclismo a «Taça de Portugal». O Século: «A imbatível equipa de ciclismo do Bombarral é vencedora absoluta da «Taça de Portugal».
(...) quero lembrar-lhe também a grande prova Porto-Lisboa, uma das maiores que se realizam no nosso País e numa só tirada de 350 quilómetros nesse tempo. José Pereira da Conceição, representando o nosso Clube, ganha o IV percurso. No ano seguinte vence o V com o avanço de quase 40 minutos sobre o segundo classificado. Nessa prova participou também, António Mil--Homens (Pila), que se classificou brilhantemente em terceiro lugar. Não pode calcular qual foi o delírio que atingiu o Bombarral nessas alturas. Viveram-se momentos que não mais saiem da memória daqueles que tiverem a honra de assistir a eles. No VI Porto-Lisboa, novamente alinhou a nossa equipa, alcançou a segunda e terceira classificações, apenas a escassos segundo do primeiro. (...) - texto tirado do "Futebol Saudade"
Como nota pessoal, refiro ser padrinho de Baptismo e de Casamento de uma Bisneta de José Pereira da Conceição. Também sou amigo da Família de Miguel Jorge das Neves, em especial das netas com quem partilhei os bancos da Escola. Lembro-me ainda dos outros ciclistas referidos, já velhotes, e das respectivas famílias. A história do ciclismo do Bombarralense cruza-se com a minha vida social e pessoal. Em especial suscita muitas memórias de infância.
De reparar que o emblema do Clube exibe a roda de uma bicicleta, marcando assim o destino do Bombarralense.
De reparar que o emblema do Clube exibe a roda de uma bicicleta, marcando assim o destino do Bombarralense.
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