sexta-feira, junho 10, 2011

10 DE JUNHO

Voltarei ao tema com justificado maior desenvolvimento, mas saliento desde já o extraordinário discurso de António Barreto em Castelo Branco. É certo que dele sempre desconfiei pela sua qualidade de ex-político partidário. Mas hoje, de forma solene, ouvi expressa com eloquência e verdade a parte mais essencial do meu pensamento político. Em especial, que não é a luta de classes que move a sociedade, mas antes a cooperação e colaboração visando o bem comum - conforme proclama há muito a Doutrina Social da Igreja -, que cada Geração merece fazer uma revisão constitucional, que a nossa Constituição é "barroca", admitindo-se que seja elaborada uma completamente nova, sem ser "programática".



Quando na sequência do pedido de ajuda internacional eu escrevi aqui, há escassos 2 meses e meio, que a Constituiçlão Socialista de 1976 tinha caducado por impraticabilidade concreta e insustentabilidade económica, parece que tinha razão. Voltarei ao tema, que agora vou alargar as rodas ao tractor para lhe dar mais estabilidade. Voltarei também ao tema da agricultura que Cavaco, hoje no Expresso, elege como o desígnio nacional. Cavaco está para a Agricultura Portuguesa como Sócrates para a Economia Portuguesa, daí que aquele artigo de opinião, sem reconhecer a culpa pessoal e intransmissível pelo estado a que isto chegou, é um descarado exercício de cinismo por parte de Cavaco. Voltarei também a este tema.