TAXA RUINOSA

O prémio Nobel da Economia Paul Krugman considerou que a taxa de juro referente ao leilão da dívida pública portuguesa foi «ruinosa».

Numa apreciação publicada no seu blogue, Krugman disse que a taxa de juro foi «pouco menos que ruinosa». «Considerar um sucesso a capacidade de Portugal colocar obrigações a dez anos a uma taxa de juro de 'apenas' 6,7 por cento diz alguma coisa do profundo desespero da situação europeia», afirmou.

Já agora acrescentamos que dos 1250 milhões recolhidos, metade se destinava a pagar um empréstimo a 4 anos que agora se venceu.

Ou seja, convém ter presente uma realidade que os noticiários não referem por ignorância dos jornalistas: o perigo de não se "colocar" o montante programado traduz-se na impossibilidade de se pagar o empréstimo anterior que agora se venceu. Ou seja, pede-se dinheiro emprestado para pagar dívidas antigas. O perigo tem um nome: bancarrota.