segunda-feira, novembro 22, 2010

CAVACO E O FMI

O Presidente Cavaco, com um vigor discursivo só habitual em Louçã, explicou televisivamente que salientou perante o Obama que o caso Português:

- não era igual à Irlanda, pois o nosso sistema bancário é sólido

- 1º Falácia: um negócio que consegue 300 milhões de lucro por trimestre não é um negócio sólido. É apenas um negócio que vive da falta de concorrência e dos favores legislativos do poder instalado. Assim que entrar em concorrência, abre falência, pois só está habituado a trabalhar em cartel e em oligopólio. Estará melhor preparado para a concorrência um Banco que, em concorrência pura e dura consiga apenas 10 milhões de lucro no trimestre. Esse sim, é um Banco sólido. Não há negócio sério e honesto que proporcione 100 milhões de lucro por mês.

- 2ª Falácia - o nosso sistema bancário não é sólido pois não canaliza o investimento privado para a produção de bens transaccionáveis que possam garantir solidez e consistência a médio prazo à economia real.Em especial criando bens para serem exportados e exprego. A Banca, incluindo a do Estado, tem andado a emprestar milhões a especuladores privados - entre eles os próprios Bancos - para aquisições e investimentos em empresas terciárias que serão completamente dispensáveis, quando o orçamento do cidadão só der para duas batatas e uma sardinha para três. A economia portuguesa está assente na utilização do telemóvel e da internet. Batatas compram-se a crédito lá fora, enquanto a transmontana vai para o lixo.

- Não era igual à da Grécia.

- 3ª falácia - Claro que não. os gregos não devem 250 % do PIB. Que é a nossa dívida externa se somarmos as dívidas do Estado, dos Bancos e das Famílias ao exterior.

- Não é preciso a vinda do FMI

- 4ª falácia- Com o FMI teríamos a certeza de que os sacrifícios e cortes orçamentais seriam consequentes em termos da redução da dívida ao exterior. Porque o FMI obrigaria a por no olho da rua aquela fatia de "funcionários públicos" de mera nomeação política. Assim, vamos fazer sacrifícios, apenas para convencer o estrangeiro a emprestar dinheiro a juro mais barato para se continuar a agravar o montante total da dívida externa.

QUANDO O DESEMPREGO ATINGIR 20 % LEMBREM-SE QUE O PROF. CAVACO IMPEDIU QUE O FMI VIESSE ARRUMAR A CASA.

MORAL DA HISTÓRIA: A intervenção do FMI em Portugal só colide com os direitos instalados da classe beneficiária do regime. O Povo, que paga impostos e vive no limiar da pobreza ou no limiar da poupança extrema para poder ter as contas em dia, em nada fica prejudicado com a intervenção do FMI.

Ao contrário do que Esquerda ortodoxa e a chic andam por aí a dizer, a intervenção do FMI seria a única forma de proteger as classes mais desfavorecidas do parasitismo instalado pelas classes que têm concentrado em si as benesses do regime de Abril.

O FMI iria obrigar a cortes profundos em especial nas mordomias.

Quem pouco ou nada tem, pouco ou nada tem a perder. O Povo já não pode perder o que não tem.

Se pelo passado próximo Cavaco não merecia o meu voto, pelo presente e pelo futuro imediato para que ele está a contribuir, ainda menos.

Este ano aquela Professora da Universidade de Évora não se quer candidatar ?

1 Comments:

Blogger ups said...

Não pode ser.A professora sabia pouco de Ecónomia...foi trabalhar para o Belmiro.

Mas temos uma alternativa melhor:os manos Pitas,são bons gestores e até têm uma horta.
Ou eu, que faço todos os dias a lenha em cavacos...

ups!

08:55  

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