AGORA A SÉRIO
Um dos problemas essenciais da nossa sociedade é o tamanho descomunal dos umbigos de cada um.
PRIMEIRO EXEMPLO
Na reunião de Pais do meu filho mais novo, e perante o teste de diagnóstico de matemática que "diagnosticou" cerca de 70% de negativas, questionei a Directora de Turma sobre a estratégia para esse problema, em especial para os poucos bons alunos, sendo certo que existe a tendência natural para baixar o nível de exigência como forma de tentar levar tantos alunos quanto possível.
A Senhora respondeu-me aos gritos, com o olho a tremer, que "os professores daquela Escola eram todos muito competentes, já davam aulas há muitos anos," e mais meia dúzia de parvoíces que me levaram a concluir aquilo que mais receava: a Turma tem um problema sério com a Matemática e a Directora de Turma estava longe de revelar estar à altura de encarar e resolver o problema. Era apenas delegada sindical.
Moral da História: o meu Filho mais novo vai ser inscrito no Mathemasium, porque a Escola não está à altura das necessidades dele.
SEGUNDO EXEMPLO
Estava em organização um movimento ciclista que incluía, na vertente da sua afirmação externa, a criação do respectivo símbolo.
Oportunamente salientei que a utilização das cores verde e vermelho era dispensável ou não essencial, até porque há pessoas, entre as quais este modesto escriba, que, para lá do profundo desprezo pelos resultados sociais do movimento republicano, considera as cores verde e vermelha uma conjugação esteticamente pirosa.
A reacção do artista, como é típica dos artistas, foi mandar-se ao ar. Não percebeu que a única coisa que estava em causa era a foleirice das cores. Que ele, aliás, aqui há uns meses atrás até reconheceu que só as utilizava por serem "as oficiais", que de iniciativa própria nunca as conjugaria noutro contexto.
Como eu já dava voltas a Portugal em solitário provavelmente na altura em que o artista de calções pintava com lápis de cor, deixei-o a falar sozinho. Até porque se lhe respondesse tinha que o mandar para o caralho, à laia de terapia de choque. Não por causa do que ele disse, mas pela estupidez subjacente ao que ele disse.
Para continuar a fazer o que faço com mais prazer, que é o ciclismo em solitário, era o que faltava eu ter que andar vestido com cores verde e vermelha, republicanas, a celebrar a excelência do regime republicano, só porque um artista se ofende por eu criticar, nunca a obra dele - que nunca o fiz, antes pelo contrário -, mas apenas as cores.
Se eu sempre me dei bem em solitário, para quê perder esse privilégio em especial com tipos que demonstram esta reacção de prima dona perante uma questão completamente objectiva ?
A grande vantagem do ciclismo em solitário é que se conhece muita gente na estrada, mas só ficamos a pedalar com alguns. É que a maioria tem um umbigo tão grande que interfere com o guiador e conduz à queda. Dele e de quem tem o azar de confiar na roda dele.
Moral da História: Na Estrada, como na Vida, os umbigos muito grandes só estorvam. Até porque impedem o abraço fraterno entre os que se estimam.
PRIMEIRO EXEMPLO
Na reunião de Pais do meu filho mais novo, e perante o teste de diagnóstico de matemática que "diagnosticou" cerca de 70% de negativas, questionei a Directora de Turma sobre a estratégia para esse problema, em especial para os poucos bons alunos, sendo certo que existe a tendência natural para baixar o nível de exigência como forma de tentar levar tantos alunos quanto possível.
A Senhora respondeu-me aos gritos, com o olho a tremer, que "os professores daquela Escola eram todos muito competentes, já davam aulas há muitos anos," e mais meia dúzia de parvoíces que me levaram a concluir aquilo que mais receava: a Turma tem um problema sério com a Matemática e a Directora de Turma estava longe de revelar estar à altura de encarar e resolver o problema. Era apenas delegada sindical.
Moral da História: o meu Filho mais novo vai ser inscrito no Mathemasium, porque a Escola não está à altura das necessidades dele.
SEGUNDO EXEMPLO
Estava em organização um movimento ciclista que incluía, na vertente da sua afirmação externa, a criação do respectivo símbolo.
Oportunamente salientei que a utilização das cores verde e vermelho era dispensável ou não essencial, até porque há pessoas, entre as quais este modesto escriba, que, para lá do profundo desprezo pelos resultados sociais do movimento republicano, considera as cores verde e vermelha uma conjugação esteticamente pirosa.
A reacção do artista, como é típica dos artistas, foi mandar-se ao ar. Não percebeu que a única coisa que estava em causa era a foleirice das cores. Que ele, aliás, aqui há uns meses atrás até reconheceu que só as utilizava por serem "as oficiais", que de iniciativa própria nunca as conjugaria noutro contexto.
Como eu já dava voltas a Portugal em solitário provavelmente na altura em que o artista de calções pintava com lápis de cor, deixei-o a falar sozinho. Até porque se lhe respondesse tinha que o mandar para o caralho, à laia de terapia de choque. Não por causa do que ele disse, mas pela estupidez subjacente ao que ele disse.
Para continuar a fazer o que faço com mais prazer, que é o ciclismo em solitário, era o que faltava eu ter que andar vestido com cores verde e vermelha, republicanas, a celebrar a excelência do regime republicano, só porque um artista se ofende por eu criticar, nunca a obra dele - que nunca o fiz, antes pelo contrário -, mas apenas as cores.
Se eu sempre me dei bem em solitário, para quê perder esse privilégio em especial com tipos que demonstram esta reacção de prima dona perante uma questão completamente objectiva ?
A grande vantagem do ciclismo em solitário é que se conhece muita gente na estrada, mas só ficamos a pedalar com alguns. É que a maioria tem um umbigo tão grande que interfere com o guiador e conduz à queda. Dele e de quem tem o azar de confiar na roda dele.
Moral da História: Na Estrada, como na Vida, os umbigos muito grandes só estorvam. Até porque impedem o abraço fraterno entre os que se estimam.
4 Comments:
"...A grande vantagem do ciclismo em solitário é que se conhece muita gente na estrada...."
Huuuuuuuum!Pegões,não?*
ó Pita,atão?
ups!
* "são verdes não prestam....*
Nota:Porra!Julgas que não temos mais nada que fazer do que ter que ler o teu blogue e comentar o gajo(a sério?).
Não me bastava o POR AÍ...e Benfica TV.
Tive um desentendimento com um artista. Lá para os lados dos randonneures.
A despedida foi assim:
"Olá Pedro,
Tinha-me afastado para acabar com "a coisa" de vez.
Mas ao reler, caramba....
Assim:
1. Critiquei apenas e tão só as cores das rodas - como o tenho feito há meses.
2. aliás, o artista, em tempos, até chegou a concordar que a conjugação
daquelas duas cores é "pirosa" ou "foleira" - basta ler os comentários aí para
trás no blog.
3. Não fiz qualquer apreciação de ordem pessoal sobre o artista até porque nem o
conheço pessoalmente.Nem vou descer ao "poucachinho" de comentar os atributos
provocatórios e insultuosos que ele me dirigiu. Sendo que presumo que ele também
não me conheça pessoalmente. Por isso, além de artista o gajo é psicólogo.
4. É típico da inteligência Tuga resvalar da discussão objectiva de um problema
- que era o que estava em causa - para o ataque pessoal e menorização de
qualidades intelectuais do interlocutor.
5.Apesar de ser da gentileza humana aceitar aquilo que nos dão, parece que ter
opinião não pode ser crime de lesa-majestade, ainda menos de ofensa de
primas-donas. Se bem que a regra seja não ter opinião e aceitar por atacado sem
sentido crítico, num exercício ou de cinismo ou de manifestação de falta de
carácter. Quem tem opinião corre o risco de ter "mau feitio". Eu costumo ter
opiniões. Não tem nada com o mau feitio. Mas percebe-se que nem toda a gente
alcance tão profunda subtileza.
6. Como já estou fora, posso agora alertar que basta passar pelo google para se
encontrar 30 bonecos bem mais criativos, originais e sugestivos.
7. Não vais ficar apenas com um boneco com rodas em cores pirosas. Vais ficar
com um símbolo completamente Tuga. E como o gajo é teu amigo, tens que comer e
calar. O conceito é tão primário, a raiar o infantil, que só lá falta a Ponte
sobre o Tejo e uma guitarra de fado...
8. Já agora fico com curiosidade para ver o funcionamento dos carimbos. Deverá
ser certamente com uma almofada de tinta dupla, verde para uma roda e vermelha
para a outra. Porque quem reage daquela maneira tem que ser coerente. Não pode
defender a bi-colaridade apenas para o que é mais fácil.
9. Finalmente, desliga-me aí do sistema, porque não desejo continuar a receber
na caixa de e-mail os comentários sobre este assunto. Sabes que tenho
dificuldades com a informática e eu até pensava que esta via era directa para a
tua caixa.
10. Agora, aconselha aí o teu amigo a ter calma nos enxovalhos e nas
provocações pessoais que ele não me conhece de parte alguma, nem me queira
conhecer.
Abraço
Helder
Quando aqui passarem,as carimbadelas a meu cargo(estou a oferecer-me)são todas a vermelho(encarnado).Azul nem pensar,dá-me azia.
Haja saúde!
jm
Tem cuidado, que o artista ofende-se e insulta-te se não fizeres como ele quer.
É por isso que eu vou fazer à minha maneira: como sempre fiz.
Era o que faltava eu usar ou participar em qualquer coisa que envolva a obra de tal artista. Era eu lá digno de usar uma criação de criatura tão superior...
Era mais fácil comprar o Kit sócio do Benfica...
Tenho pena pelo Pedro, mas ele desenrasca-se. O que interessa é que a estrada está aí: livre para todos.
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