LAMBRETTA 175

Lá por casa também existiu uma Lambretta. A da foto é da 3ª série, a mais moderna (Segundo apurei aí pelos sites dos especialistas). A de que me lembro era azul e de 175 de cilindrada. A roda sobressalente estava montada dentro da carenagem. Tinha uma compressão medonha e por aquilo a trabalhar exigia ter força de perna. Era um veículo manhoso e perigoso. Só travava com a 2ª. Tocar no travão de trás era queda garantida. Andar neste aparelho de roda baixa era uma espécie de avanço sobre ovos sem os partir. Eu não tinha carta nem idade para ela. Mas o 25 de Abril facilitou um pouco. Até que uns ranhosos foram dizer ao meu pai e acabou o gozo....Ele era "autoridade", tinha que dar o exemplo. Ainda hoje não perdoei isso ao Bombarral. Toda a gente podia fazer tudo. Mas eu, assim que punha o pé em ramo verde como qualquer outro adolescente, lá vinha a puta da conversa: "um filho dum Guarda não pode fazer isso..."
A todos os ranhosos que me disseram isso e que me estragaram tantos momentos de gozo e de prazer, respondo agora: A puta da vossa mãe!