NOTA DA REDACÇÃO

Como os leitores assíduos deram por isso, há cerca de duas semanas ocorreu neste blogue um episódio psico-blogosférico denominado Síndrome do "eu sou mais comentador do que tu". Dois comentadores pegaram-se um com o outro e um deles ficou zangado com o dono do blogue porque achava que a redacção deveria ter tomado partido por ele contra o outro. O blogue manteve-se neutro, até pelo assunto de lana caprina ou de merda completamente rala que eles discutiam.
Pois bem, a partir daí passei a ser destinatário de um formidável conjunto de e-mails insultuosos, ameaçadores e provocadores, ditados por um estado mental que qualquer pessoa percebe ser de perturbação psiquiátrica.
É que subjacente ao ataque de Síndrome blogosférico estava uma rejeição emocional de que essa Senhora foi vítima. Com efeito, há cerca de um ano essa Senhora, beneficiando de um almoço na Tasca do Pereira, aliás habitual, como se sabe, a outros frequentadores do blogue, insinuou primeiro e depois assumiu expressamente por escrito um convite para relações sexuais de cópula completa, como se diz no Direito, ou "uma amizade colorida" como se diz nas repartições públicas. Tal convite foi declinado, com gentileza e com cuidado para não melindrar. Mas foi declinado. E com firmeza. E passei a evitar todo e qualquer ensejo para convívios que não fossem exclusivamente através do blogue. Não vou agora exibir o conteúto dos emails do assédio, até porque estão em segredo de justiça. Apenas, citarei o excerto de um comentário - que rejeitei para o blogue, mas que guardei -, datado de 11.10.2008, já durante a recente crise: "Nunca duvides de que eu, é que gosto de ti (como já to disse várias vezes mas tu fazes questão de fazer ouvidos moucos e de não te encontrares comigo, me evitares. Penso que complicas demasiado coisas óbvias que só podiam nos fazer bem aos dois".
Num coment (este publicado) que a mesma Senhora fez questão de enviar em 15.10.2008 pode-se ler:"O que modificou tudo nao foi tds estes factos terem-me levado a gostar de ti (o que é o mais normal que existe na vida. As pessoas normalmente qd passam duma amizade p um 'namoro' nao quer dizer que sejam obcecadas ou queiram se casar. E é mt melhor que ir às putas como os labregos fazem qd necessitam.)", onde se percebe mais expressivamente que a real intenção da Senhora era evitar que eu tivesse a maçada de "ir às putas como os labregos", quando necessitasse.
Este quadro de rejeição afectivo-sexual potenciou a violência das ameaças e dos insultos que tenho recebido na caixa de e-mail. Já saturado, num post desabafei que iria entregar o assunto ao Ministério Público para efeitos criminais e recebi uma sms dizendo "Ui que medo...não te esqueças de contar a tentativa de violação...". Esta sms está perfeitamente identificada na sua origem e visava limitar a meu direito de apresentar uma queixa criminal mediante a ameaça de divulgação de um facto criminoso e falso. Ainda por cima, duplamente vexatório. Não tanto por me imputar uma falsa tentativa de violação, mas por essa ficção ter sido criada tendo ela própria por objecto...(foda-se! Só quem nunca a viu.) De todo o modo, deu para perceber que esta Senhora quando sente os calos apertados, diz que a tentaram violar... é bom que se saiba, em especial aqueles homens que contactam pessoalmente com ela. Mais tarde ou mais cedo, serão eles os violadores, na forma tentada....
No passado fim de semana fui destinatário de mais e-mails anónimos, com uma pretensa origem masculina a ameaçar-me de vários males. Um desses e-mails em 18.10.2008 ameaçava os meus filhos: "parece que já são vários a querer falar consigo. Isto está-se a complicar para o seu lado. Eh pá já lhe disse, arrume o assunto é um conselho. Vasco Miguel".
Como é patente no blogue, hoje recebi mais um comentário-ameaça anónimo, usando o nome dos meus filhos. Não tenho qualquer dúvida quanto à proveniência daqueles e-mails "masculinos anónimos". Nem creio que alguém possa ter. Até porque o discurso se mantém constante ao longo do tempo plasmado em escritos anónimos intercalados com escritos assinados. Percebe-se perfeitamente que é a mesma pessoa nas diferentes autorias.

Durante estas semanas sei que a tresloucada Senhora tem distribuído e-mails por pessoas que ela acha que me conhecem, tentando provar que todos os posts que edito no blogue se destinam a provocá-la, concluindo que eu sou... mau, talvez, (não se percebe muito bem). Como essas pessoas facilmente concluem pela respectiva leitura, isso não corresponde à verdade e só ilustra o quadro de delírio paranóico do foro psiquiátrico que a motiva.

Esclareço, ainda, que deixei de poder marcar encontros cicloturísticos para os fins-de-semana no blogue - limitando grandemente a função do mesmo - já que com surpresa percebi que a Senhora, nos vapores delíricos da sua compulsão, me perseguia de carro na estrada durante os passeios cicloturísticos, tirando fotografias - que depois me enviava por email para demonstrar o poder que detinha sobre mim-, deixando sinais seus - a marcar o território -, mas não dando a cara por eu estar acompanhado. Há testemunhas disto e os e-mails com a fotos que ela tirava.

Assim, durante duas semanas completas sofri o incómodo de receber por e-mail dezenas de parvoíces, insultos, ameaças. Mantive-me, contudo, impassível, porque pensei que ignorando as provocações elas acabassem por si. Errado. Este tipo de perturbação mental não lida bem com o desprezo. Adora fazer peixeiradas em público e provoca até ao máximo para conseguir uma reacção. E como durante duas semanas de constante provocação, ela não conseguiu reacção relevante, esticou a corda até ao limite. E o limite foi ter-me tocado nos filhos.

As ameaças dirigidas aos meus filhos e, agora, a repugnante utilização do nome dos meus filhos nos comentários anónimos que a Senhora tem andado a vomitar, obriga-me a tomar medidas drásticas. E obriga-me a fazer o presente post que eu andava naturalmente a evitar. Nunca gostei, sequer, do cheiro da merda. Ma se tiver de mergulhar nela pelos meus filhos, não faço cerimónias. Isto é uma coisa que qualquer Pai ou Mãe sabe. A pobre da louca não sabia, mas já não vai a tempo de aprender.

Repare-se que não falei em nomes, não identifiquei ninguém. Essa Senhora é que se se identifica perante as pessoas a quem envia os paranóicos e-mails. E identifica-se no blogue pelo tipo de comentários, mesmo que se apresente escondida nuns anonimatos tão patéticos que dão sempre em gato escondido com o rabo de fora. Se ela ficasse caladinha, ninguém saberia quem ela é.

Mas eu sei.

Por isso, minha grande cabra, podes correr, mas não te podes esconder. Vamos lá a ver o que vais fazer aos meus filhos e o que te vai acontecer se te aproximares a menos de 50 metros deles.

Lamentavelmente este blog está cada vez mais parecido com a TVI e com o Correio da Manhã. É só histórias sórdidas, de intriga, de drama, de duelos ao entardecer, de crime rasca e reles, de paranóias e de mulheres loucas e mal-compreendidas.