NÃO SE BRINCA
Com a Serra não se brinca. As condições climáticas podem mudar com a rapidez com o que vento nos atira para cima cúmulos e estratos. Tive sempre o cuidado de usar um blusão N2S (next to skin) da gorotex com mangas amovíveis e levei no malote luvas compridas e perneiras, just in case. Também tinha comigo uma "manta de sobrevivência" em alumínio ultra-leve, barras energéticas de reserva e luzes para a bike. O impermeável foi imprescindível nas descidas e para manter a temperatura constante à chegada ao alto. Só com a água confiei na generosidade da Serra e bebi-a de muitas bicas à beira da estrada.
É também na inconstância da atmosfera e nem sequer na manifestação das suas expressões extremas que contextualizamos devidamente a nossa insignificância em cima de duas rodas Serra acima. A Serra de bicicleta não é apenas um desafio físico. É também uma experiência mística. E uma aventura no sentido imprevisível do termo.
3 Comments:
Se o Alentejo foi uma pedalada de muiiiiiiiitos Kms, este foi uma prova de respeito...e subir 3vezes..pÔrra...
Lembro-me dum dia de Páscoa estarmos na neve a fazer Sku (meu Pai é de lá...ganhava, mais o meu Avô, as Taças tds de Ski e faziam aquilo tudo a pé desde a Covilhã...), com um Sol radiante, e num ápice, contra a nossa vontade que nada percebiamos daquilo, meu Pai nos obrigar a meter no carro e zarpar pois o nevoeiro que subiu À Torre não deixava ver um palmo à frente do nariz.
Houve quem lá ficasse por inexperiência ou teimosia...tiveram que vir os bombeiros e depois fecharam a estrada.
...com a Serra ná se brinca mesmo.
o meu medo era o nevoeiro e o abalroamento pelos carros bem como a hipotermia. Vestidinho de lycra se aquilo arrefece a sério...
..um cenário surrealista encontrar um desportista sózinho vestidinho de lycra no meio do nevoeiro na Serra :-D
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