TERREIRO DO PAÇO
O trânsito automóvel está cortado na zona do Terreiro do Paço todos os domingos das 10:00 às 17:00 Horas. Comporta uma significativa mobilização de efectivos da Polícia Municipal. Uma das intenções de António Costa é favorecer o uso da bicicleta naquela zona.
Vindo da Azambuja, onde fui tomar café com um grupo de Velhotes de Alverca - 70, 74 e 78 anos - que se metem na minha roda a 28/30 à hora -, passei pela Baixa pouco passava do meio-dia. Nem uma única bicicleta circulava no Terreiro do Paço.
A sua iniciativa não tem clientela, Senhor Presidente. Se quer fazer alguma coisa pelas bicicletas ao Domingo experimente as seguintes hipóteses:
1. Fechar ao trânsito automóvel a Avenida de Roma entre a Praça de Londres e a Praça de Santo António. Comércio aberto para os saldos, pastelarias e restaurantes a vender. Tem Metro, tem laterais para acesso e estacionamento. Que pista maravilhosa para pais, mães, criançada e avós pedalarem em alcatrão de boa qualidade, em piso quase plano, durante o tempo que quisessem.
2. Fechar ao trânsito automóvel a parte central da Avenida da Republica, pelos tuneis, entre o topo norte do Campo Grande e o Saldanha. Com fácil acesso de Metro e com muitas laterais para acesso e estacionamento. Pista mais exigente com as subidas e as descidas dos túneis. Adivinha-se que passaria a ser o local de muito cicloturista da licra e dos quadros em fibra de carbono. Até porque no verão passado se correu lá um Circuito Profissional e o trânsito automóvel circulava pelas laterais da Avenida da República sem inconvenientes de maior.
3. Fechar ao trânsito automóvel a grelha de estradas em Monsanto que a gerência de João Soares chegou a fechar, garantindo a segurança policial nos cruzamentos. Com os cruzamentos fechados, muito mais gente escolheria Monsanto para ciclar.
Agora, o Terreiro do Paço ? Só passam por lá os ciclistas que já passavam e, esses, não fazem ciclismo em cima dos passeios. Para levar crianças e bicicletas de carro não dá jeito, até pela falta de estacionamento. Só se for para os activistas do costume. Aqueles gajos que sabem tudo sobre bicicletas porque já foram à Holanda. Aquele terreiro permitiria dar umas voltas valentes, talvez até em ritmo frenético, completar no total, quem sabe, para aí uns dois ou dois vírgula sete Km em total segurança. Mas ao meio-dia é muito cedo. Só se antecipasse o horário 12 horas...
5 Comments:
Vê-se logo que a CML não sabe nada de bikes...andar aos círculos na praça do Terrieo...só para criancinhas com duas rodinhas de apoio nas bikes...
Sem dúvida são boas sugestões que a camara devia ouvir e realizar. Muitas pedaladas que faço em Lisboa acho-as muito perigosas e não sou propriamente um amador que começou ontem a pedalar, ora o que vão sentir os potenciais ciclistas que queiram pedalar por Lisboa, mesmo os domingueiros? Concerteza que muitos terão medo de sair à rua pedalar, o que não aconteceria se houvesse mesmo uma série de avenidas fechadas ao transito.
Cumprimentos
Passei lá no regresso do meu tour de domingo (70km)- sim Carneiro, estou a treinar - eram 14H00 e o cenário era esse que descreveste. Ali não há nada para ninguém e ainda menos para ciclistas. Iniciativas para boi dormir. Como não sou bastonário se quiserem chamo os bois pelos nomes.
As propostas do Xiclista não são utópicas mas sim bem plausíveis, houvesse vontade. Eu já me dava por feliz se ele mandasse retirar a m.... dos carris dos eléctricos das carreiras defuntas que não voltaram ao mundo dos vivos. Amigo Carneiro como é? escrevemos uma cartinha séria a quem de direito ou não vale a pena? É que isto da bikes já começa a encher da malta do tapa-chuva e equipamento pró, para o percurso de 6 km em dia de sol na Trek de 2.500,00 da qual só conhecem o nome, e os do lencinho à Arafat. E é pena, já que o cicloturismo é um bocadinho mais.
Arioplano,
Eh lá...70 Km ?
Plena razão: os cinco requisitos do ciclismo são três: condição física mínima para dar ao pedal.
Redtuxer: força no pedal.
António Cruz,
desculpe lá a não publicação, mas até prova em contrário quem eu não conheça pessoalmente integra o grupo "dos activistas" que por aqui me têm lançado uns insultitos anónimos. E por isso, não há publicação de coments para nimguém.
Será uma generalização abusiva, mas...
Quanto á gravata em Inglaterra, parabéns. Também eu gostaria de fazer isso em Lisboa. E como é o seu percurso lá ? e qual a temperatura ? è que essas definições fazem a diferença no argumento.
peço desculpa a quem fica ofendido por eu dizer estas coisas, mas ir da Baixa de bicicleta engravatado para o palácio da Justiça no alto do parque Eduardo VII não é praticável. E nem é preciso esperar pelas temperaturas superiores a 25 graus com que, em média, se vive em Lisboa entre Março e Novembro. Mesmo nos meses de inverno se transpira naquele percurso. E não sou só eu. Qualquer um transpira.
E a crítica quanto á palhaçada das gravatas tinha a ver com os promotores da iniciativa. Quantos daqueles activistas usam a gravata na sua vida quotidiana em Lisboa ? provavelmente um... você, quando está em Inglaterra...
Por isso, andaram a falar do que não sabem.
Quanto ao "desporto": tem alguma razão, pois há pessoas que não têm tanta pretensão a trabalhar o "coração" como eu. Mas o uso da bicicleta pressupõe um mínimo de aptidão física e de compromisso no desenvolvimento dessa aptidão.
Ninguém tem o direito de se meter no meio do transito a parar em cada cem metros por não aguentar a subida, obrigando a constrangimentos de transito e, o mais importante, colocando em perigo a sua vida.
Para mim é claro que um ciclista que queira andar no transito deve estar fisicamente apto para isso. Não para fazer corridas, mas para garantir fluidez. Se não quer estar apto então anda nos passeios e não estorva nem o transito nem os outros ciclistas. E deixa de pretender ser activista da causa que não é a dele, por falta de aptidão física. Será activista dos passeios, mas não da estrada.
O meu critério - que vale o que vale - é de exigir uma velocidade mínima entre os 15 e os 18 Km Hora em plano. Como esta é a velocidade que o meu filho mais novo (7 anos) faz em plano, presumo que a possa generalizar. Andar no transito em velocidade inferior é perigoso em especial para o ciclista.
Digo eu que já fiz "alguns" milhares de quilómetros no meio do transito.
Talvez noutro contexto, ultrapassadas as dúvidas, possamos ter uma conversa mais completa.
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