O COSTUME

Título "Menos brilho, mais líder".

Claro. Nós até sabemos que brilhar desportivamente corresponde a andar à porrada, entre colegas, dentro do campo, pontuar à custa de árbitros receosos dos jornalistas assalariados que os possam sujar com insinuações, prometer o título de campeão nacional em cada ano e o de campeão europeu em cada dois anos. E, sobretudo, explicar as derrotas desportivas, a subordinação às prioridades financeiras de um banco, a carência de estratégia desportiva, os erros infantis de gestão do plantel, enfim, a falta elementar de habilitações mínimas para o desempenho de certos cargos, com uma teoria da conspiração que só se vai mantendo mediante livros, filmes e jornalistas subsidiados. Mesmo nas hostes, a malta já vai percebendo que o rei vai nú. Mas há uns gajos que são tão obstipados no raciocínio que se propõem explicar a vergonha ocorrida na terra do carrapau com a manifestação da habitual teoria da conspiração.

Pelo meu lado, sem brilho conforme A Bola nos explica, continuamos a viver à custa da corrupção, sem qualquer mérito desportivo, sem qualquer valor pessoal ou colectivo, com uma dezena de pontos de avanço.

Citando aquele expoente da linguística nacional: Ó Bola, faqueú.