RIO COA
A saída de Pinhel é a descer até à ponte da Ribeira das Cabras. Talvez 2 Km. Depois sobe outro tanto. A seguir são 7 ou 8 quilómetros a descer num serpenteado que nos expõe à luz, ao cheiro e às sombras frias da serra. O horizonte de montanhas sobrepostas deixa-nos de olhos húmidos, tão premente se torna a consciência da nossa insignificância. Lá em baixo encontra-se a ponte sobre o Coa. A partir dali é sempre a subir até Castelo Rodrigo durante uma boa dúzia de quilómetros. O pavimento é mau. O pior que encontrei em toda a viagem. Em Freixo disseram-me que esta estrada tem a alcunha da 'esquecida', ou da 'desgraçada' ou outra coisa parecida. Confiamos na memória, não apontamos e depois não conseguimos reproduzir.
Numa posição de dominância sobre a ponte via-se a ruína. Como se tivesse sido o posto de controle do guarda da ponte. Dela, tem-se a vista do rio que se vê na primeira foto. Se seguirmos sempre em frente, rio abaixo, vamos encontrar as gravuras do Coa que era suposto darem riqueza ao povo mas que só servem para os intelectuais de Lisboa arrotarem ciência.
De imediato pensei em comprar a casa e recuperá-la. É que quem passa por aqueles lados, deseja lá ficar. Ou pelo menos voltar.
Etapa 5, Pinhel-Freixo de Espada à Cinta, 70 Km, 4:38 Horas, 15 Km/h, 4250 Kcal
2 Comments:
Mas quantas vezes paraste pelo caminho para sacar tanta foto?
Passando as festas, temos que começar a pensar na viagem a Santiago de Compostela.
Tenho que comprar uma nova bike e queria pedir-te alguns conselhos acerca do material que devo adqurir.
Neste dia já tinha uma horita sem parar. E como a paisagem, era tão bonita...
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