MOONSPELL ONTEM NO COLISEU DE LISBOA
Os fans dos Moonspell são de uma fidelidade absoluta. As explosões da plateia vão-se sucedendo sob os mais variados pretextos em reacção aos reptos do Fernando, esse cada vez mais exímio mestre de cerimónias. Porém, com a Ateagina, a plateia reage ao Folkmetal e explode numa tempestade que tem tanto de convulsiva como de compulsivo. Já antes o solo de voz feminina em Raven Claws tinha trazido um cheirinho a jazz. As clássicas - Opium, Mephisto - remetem irresistivelmente para a melhor música da Banda. Almer Mater é o novo hino nacional. Ali canta-se a portugalidade. O que quer que seja esse estranho orgulho que, nornalmente, nos leva a denegrir o que é nacional. Mas os Moonspell são a excepção. Aquilo é nacional e é bom. Na Wolfshade o solo de baixo do Aires assinala um ponto alto de virtuosismo musical logo secundado pelo solo de guitarra do Amorim. Solo de guitarra reiterado no Fullmoon Madness, a peça musical de eleição para encerrar os concertos da Banda. Saímos do concerto com a agradável sensação de termos presenceado História ao vivo. Aqueles rapazes capricham num profissionalismo que os fez iniciar a actuação com 3 minutos de atraso. E os solos, em especial os de guitarra, traduzem o que de melhor alguma vez se fez em música portuguesa. As músicas do novo album ficam para ser digeridas com mais calma. Para já só uma ficou no ouvido e ainda nem fixei o nome.
Grande prenda do Dia do Pai que eu recebi dos meus filhos.
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