segunda-feira, fevereiro 04, 2013

NO CENTENÁRIO DE CUNHAL CONVÉM LER

"(...) É difícil, portanto, comparar a malignidade do regime nazista com a malignidade do regime comunista, pois ambos foram malignos de forma peculiar. Só as diferenças são incontestes. O nazismo, se tratou com inaudita crueldade a seus inimigos - tanto aqueles que se declararam inimigos quanto aqueles a quem o nazismo declarou como inimigos, como os judeus - por outro lado foi muito benevolente com seus cidadãos. É um dado embaraçoso para as gerações atuais da Alemanha, mas o caso é que o nazismo proporcionou uma espetacular recuperação econômica da Alemanha depauperada (e sem auxílio americano), deu pleno emprego aos trabalhadores, saúde e otimismo para todos. Reside nisso a resposta à pergunta tantas vezes formulada, sobre como e por que os alemães permitiram tão dócilmente que o nazismo se instalasse. Todos na verdade estavam tão satisfeitos que preferiam fechar os olhos aos desmandos de Hitler, e havia verdadeiro pavor quanto à possibilidade de retorno ao caos inflacionário da república de Weimar.

Já o comunismo, em termos de atrocidades cometidas contra opositores - prisões, censura, torturas, fuzilamentos - não chega a ser extraordinário. É uma ditadura entre tantas. Mas tem uma característica verdadeiramente única entre todos os regimes políticos que já surgiram um dia neste planeta: matou em maior quantidade a cidadãos apolíticos do que a ativistas políticos adversários. A esmagadora maioria das pessoas que pereceram sob um regime comunista não tinha a menor intenção de empunhar uma arma, ou mesmo de fazer um discurso contra o ditador - eram meros trabalhadores, camponeses, famílias inteiras que morreram à míngua em um país onde a coletivização forçada causara a paralização da produção agrícola, milhões de inocentes deslocados à força para regiões estéreis, e nas cidades outros tantos morriam porque a paralização do comércio não permitia chegar a suas mãos diversos ítens de primeira necessidade. Não foram vítimas de fuzilamentos, mas da incúria administrativa. Nenhum regime produziu mais repulsa no cidadão comum do que o comunista. Como se sabe, Cuba produziu mais exilados do que Chile, Argentina e Brasil juntos, sendo que os exilados do cone sul eram ativistas políticos perseguidos pela ditadura, e os exilados de Cuba eram profissionais que, em sua maioria, nunca se interessaram por política, apenas queriam viver em um país onde pudessem ser donos de alguma coisa mais que a roupa do corpo.
E no entanto, muitos por aqui ainda sonham com o comunismo regenerador que um dia irá redistribuir nossas riquezas e proporcionar a todos uma vida digna. São gente que não tem a menor idéia de como é realmente viver em um país comunista, mas isso também não é desculpa, já que a finalidade do raciocínio é inferir, mediante deduções, aquilo que não está ao alcance dos olhos. Quem não enxerga o óbvio, ou não sabe raciocinar, ou age de má fé. Muitos alemães orientais fugiram para a Alemanha Ocidental. Alguém já viu um alemão ocidental fugir para o lado oriental? Muitos chineses fugiram para Hong Kong. Alguém já viu algum cidadão de Hong Kong buscar na China refúgio contra a opressão colonial britânica? Muitos cubanos fugiram para os Estados Unidos. Até aí não é novidade, pois cruzar a fronteira e ir trabalhar no norte é objetivo de mexicanos, porto-riquenhos, dominicanos e inclusive brasileiros.
 Mas se estas pessoas são pobres e buscam uma vida melhor, por que não emigram para Cuba, onde não há desemprego, a saúde e a educação são gratuitas? "Texto de Pedro Mundim, um jornalista brasileiro.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quem lhas keu bem e na aktura foi o Xico da CUF
A estes comunas que não têm um pingo de vergonha eu digo:

. Bardamerda e caladinhos

El Monti

12:26  

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