COENTROS E RABANETES
O andebol e, em especial, o basquete permitem perceber a linha, por vezes fina, que separa a falta defensiva da falta atacante.
Quem aplica essas regras interpretativas ao futebol, tira tremendo proveito no entendimento do jogo.
Questão completamente diferente é a matéria das simulações, em especial em contexto de grande área.
Lembro-me de Figo, a jogar pelo Barcelona, a desviar o seu pé direito da trajectória normal cerca de 10 centímentros só para tropeçar no pé do Realista Roberto Carlos.
Desde Futre a Deco, com tremendo descaramento de João Pinto, já assisti a centenas de penalties assinalados por árbitros incompetentes que não percebem que é o avançado que procura o contacto com o defesa.
Hoje o Coentrão fez mais uma daquelas em que já é reincidente. Nota-se perfeitamente que, a cerca de meio metro dos braços do guarda-redes, já está a dobrar os joelhos para se deixar cair em cima desses braços.
O árbitro, sagaz, percebeu.
Os doentes da clubite não alcançam. Em especial aqueles que nunca praticaram desporto ou que o mais que fizeram foi umas biqueiradas em futesal.
A única coisa que me escandaliza é a incompetência dos jornalistas. Não é apenas serem tendenciosos. É serem ignorantes de uma matéria que, por acaso, é a matéria que lhes permite ganhar o pão.
Se cada um de nós fosse tão incompetente nas nossas profissões estavam os nossos filhos bem tramados.
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