quinta-feira, novembro 18, 2010

SEMANTICAS DO CARAÇAS

"Tribunal da Relação de Lisboa iliba militar que mandou superior «prò c...». A fundamentação dos juízes é um autêntico tratado sobre a palavra proibida
Segundo o Diário de Notícias, o caso remonta a Agosto de 2009, quando o militar em causa reagiu com desagrado à recusa de um superior em permitir uma troca na escala de serviço: «Não dá para trocar, então pró c...».
O oficial ofendido, um sargento, decidiu apresentar uma queixa-crime por insubordinação, e o Ministério Público quis levar o cabo a julgamento.
No entanto, o Tribunal da Relação de Lisboa decidiu arquivar o caso. O desabafo do militar não é nennhum crime, mas apenas uma demonstração de «virilidade verbal», conta o DN.
Os juízes desembargadores que fundamentaram o arquivamento explicam que «c... é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo. Por exemplo, 'pró c...' é usado para representar algo excessivo. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas ('chove pra c...'; 'o Cristiano Ronaldo joga pra c...'; 'o ácaro é um animal pequeno pra c...'; esse filme é velho pra c...')».
Mais ainda, os juízes admitem que o palavrão funciona por vezes como «verdadeira muleta oratória», sobretudo «no Norte de Portugal», onde «não há nada a que não se possa juntar um 'c...'». E ainda ensinam que há duas teorias para a origem de 'c..'. Ou vem do latim caraculo, que significa pequena estaca, ou é uma palavra genuinamente portuguesa, referente a mastro, muito utilizada na época dos descobrimentos.
Já em 2009, a Procuradoria Distrital de Lisboa tinha arquivado um caso semelhante. Um agente da PSP apresentou queixa contra um procurador que reagiu de forma exaltada durante uma operação stop: «Eu não pago nada, apreenda-me tudo, c...!».
SOL"
(Foi o Amigo Amorim que chamou a atenção para esta notícia.)
Segundo a tradição naútica o dito correspondia ao topo do mastro principal, mais tarde cesto da gávea, onde os marinheiros tinham que fazer turnos para avistar barcos inimigos. De tão difícil que a tarefa se revelava que rapidamente assumiu o teor de castigo ou punição, pelo que o marinheiro quando se portava mal era mandado para o caral...
Resta a curosidade de a maior parte das terras que os marinheiros antigos comó caral... descobriram lá longe comó caral... terem sido avistadas do alto do caral....

4 Comments:

Blogger ups said...

Por mim tudo bem!Mas antes que te mande pró caraculo,ou pró cimo do mastro ,põe mais gajas e não me fales mais naquele hukl dum cabrão e o pc dele que vá mesmo pró c.....o*

ups!

*agora até temos o beneplácito dos nossos magistrados...Vivó xócrates(diz o gajo)
E tu respondes vai" pró c..."Pita

20:22  
Blogger carneiro said...

é virilidade verbal.

Sobretudo na GNR.

Se é por isso que o Pita tem andado ofendido e tu a mandar bocas há meses, bem podem tirar o cavalo da chuva.

Até a entoação permite distinguir quando é usado como insulto, como cumplicidade, com carinho, como enfase.

Na Terra do Penta Campeão, é vírgula.

Cada um interpreta conforme achar melhor.

22:13  
Blogger ups said...

O Pita kere é mimos.....


ups!

17:13  
Blogger carneiro said...

mimos ? Alcáçovas-Gare !

23:12  

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