POETA ALEGRE

O Candidato Poeta, bem como o Bloco de Esquerda, tem esta visão da sociedade. Todos diferentes, todos iguais, em paz e serenidade. De preferência sem fazer nada.
Para os desprezíveis capitalistas ficam as tarefas menores e quase despiciendas de arranjar um tecto, comida e escoar as inevitáveis cacas e caganitas.
Esta fotografia, aliás, tão ternurenta, evoca a utopia naífe e infantil que o Louçã e o Poeta Alegre andam a vender à juventude, naturalmente indignada com a situação do país, mas sem a experiência de vida que lhe permita perceber que a culpa nem é dos animalzinhos, nem dos perigosos capitalistas que tratam de obter comida.
O problema da sociedade radica exclusivamente nos intermediários que distribuem a comida.
O facto de ter escolhido uma foto com um porco não foi, obviamente, inocente.