VIAGRA

Não me interessa o falso penalty. Nem a quantidade deles nesta época. À razão de quase cada tiro, cada melro. Também já ganhei jogos com penalties da treta, se bem que nessas ocasiões tivessem surgido inundações nas partes baixas de Lisboa só com a espuma da raiva e da baba envenenada que escorria de tantas bocas. Interessa, isso sim, é perceber que não há milagres. Um treinador ambicioso e de mérito indiscutível não chega. Entrar de rompante, pôr toda a gente a correr a 120 % como condição para não perder o emprego, sem olhar a mais nada, só porque se tem que agradar a uma massa associativa impaciente, tão impaciente, que se torna irracional, não chega. Logo que o regime laboral passou a dois jogos por semana, a coisa amainou. E vai continuar a amainar. Uma agremiação com aquela idade já não aguenta duas por semana. Não basta ter um onze muito bom. Como o Sporting bem demonstrou a época passada. É preciso ter 24 bem afinados fisicamente, bem oleados no jogo colectivo e bem focados no objectivo de conquista. E isso não se consegue fazer em 3 meses, por muito voluntarioso que o treinador se afirme. E receitas únicas para todos os jogos não é viável a médio prazo. Cada adversário tem que ser abordado de forma específica. Fazer pressão alta em todos os jogos só resulta com equipas menos sofisticadas taticamente. Scolari foi exemplo dessa escassez de soluções.
A agremiação entrou com a tesão do mijo. A massa associativa, qual cachopa inexperiente, deslumbrou-se com tamanha tumefação. Mas a coisa já está a baixar. A confiança vai sendo minada por algumas dificuldades de erecção espontânea e muito em breve a coisa já só lá vai com viagra. Ou com nandrolona. Não seria a primeira vez.
Muito em breve, seguidinhas, seguidinhas, vai meia....à Vieira.