A MALUCA E O GARRAFÃO - Um conto alternativo de Natal

A maluca que andou a ameaçar os meus filhos e que me andou a massacrar com e-mails, alguns pretensamente anónimos e outros nem por isso, depois de umas semanas mais ou menos calmas, voltou progressivamente à carga, engrossando o tom de voz, certamente devido à habituação à medicação. Há dias largou na blogosfera a frase que a seguir se transcreve:"(...) e para acabar, (...), se te encontro no bairro, vou-te à tromba que já não há paciência e não tenho medo de anões ".Pelo acesso de valentia e pelo errático do discurso no contexto, percebe-se que estava a falar acompanhada. Aliás, noutras situações, a coisa quando ultrapassa a hora do jantar, dá logo para perceber a euforia e a descontração da linguagem. Há dias que ao serão até ronca e urra nos comentários que vai deixando pelos blogs. Coisas do carrascão, claro. Que o gin vai estando caro. No dia da ameaça física o efeito durou até de manhã. Grande noite, aquela véspera.
Ultimamente apareceu por aqui a comentar fazendo-se passar pelo JM, usando as expressões dele "Haja saúde" e assinando como ele "Ups". Noutro blogue tem andado a largar comentários assinando com o meu nome, para que as pessoas pensem que os comentários em causa são meus. Noutros blogs que frequento, apressa-se a largar comentários cada vez que aparece um post novo, só para me "ganhar" numa competição que só a sua demência estabeleceu. A qualidade dos comentários passa por dizer AHHHH e Ohhhh, Spooooorting ou bajular o blogmaster com rasgados elogios, independentemente do tema do post, só para suscitar pelo menos a reacção que a boa educação sempre impõe. O que ela gosta que alguém nos blogs responda a um comentário dela... Fica logo "amiga", faz perguntas sobre a vida pessoal, insinua-se pedindo ajuda - e as pessoas, generosas., ajudam... -, estabelece unilateralmente uma "amizade" para toda a vida. No meu caso, conhecia-me há poucos meses e já dizia nos comentários que " era minha amiga há muitos anos"...
E se for homem hetero, mais tarde ou mais cedo, está convidado. Expressamente e sem meias palavras. Que eufemismos é coisa que só serve para perder tempo. Se um gajo diz que não, fica logo apelidado de "maricas" ou então enceta uma "intifada" como aquela que me tem dirigido de há dois meses a esta parte. Acreditem que é mesmo assim. Conhece-se bem demais esta patética realidade.
Já tentei esquecer várias vezes a criatura e seguir com o blogue em frente, mas ao fim de uma ou duas semanas de descanso, lá aparece a maluca com mais provocações, insultos e ameaças, numa recaída cíclica que tem a ver certamente com a medicação. Bem sei que a pior coisa que se pode fazer a uma criança, a um bêbedo ou a um psicopata é ignorá-lo e fingir que não se ouviu ou não se leu. Mas a principal finalidade deste poste é a de registar os factos objectivos. E depois há uma questão de princípio: nunca se contemporiza com terrorismos, seja na vida real, seja na blogosfera. Quem se verga perante uma ameaça, vergar-se-á perante qualquer ameaça.

Assim, aceitamos o repto: Queres peixeirada ? Então vamos a isso, sua grande bêbeda ! Este blogue gosta é mesmo de peixeiradas com bêbedas malucas, despeitadas por não terem tido aquilo por que tanto mendigaram, que é para aumentar as audiências e pôr a malta a rir. Quanto mais cá vens, quanto mais te expões aqui e noutros blogues, mais a malta goza com isto tudo. Estivesses tu quieta e calada e ninguém saberia quem tu eras ou deixavas de ser. Por isso, aparece quanto mais melhor. Quanto mais ameaças, insultas e provocas, mais te revelas.

Mas não te esqueças: Apesar deste saudável fair-play todo, continuas proibida de te aproximar a menos de 50 metros dos meus filhos. As ameaças que fizeste aos meus filhos, essas, levei-as a sério. Não te esqueças disso.