NO PAIN NO GAIN

Em dois fins-de-semana (longos) consecutivos fiz cerca de 750 Km. Hoje em jejum a tensão arterial estava 62-101 e o pulso nuns surpreendentes 42 bpm. Creio, aliás, que nunca tive um registo tão baixo de pulso. Na comida continuo a ter cuidado, sem entrar em extremismos. Ao almoço bebo uma - e só uma - taça de tinto de Pias, substituo as batatas e o arroz por bróculos, o açucar da bica está proibido e bolos com sacarose só antes e a meio do exercício. Até porque ao fim de 3 horas é necessário comer açucares para se aguentar mais 3 horas a pedalar até casa. A única gordura que uso é o azeite e os lácteos estão proibidos, dado ter desenvolvido uma intolerância à lactose. O peso está a reduzir muito suavemente, o que me deixa num misto da ansiedade e de esperança. Mas o grande progresso físico está na média do batimento cardíaco. Para o mesmo percurso, com o mesmo nível de esforço, a média tem baixado dos 140 para menos de 120 bpm. Aí, sim, se reflecte o resultado do treino. Mas o excesso de treino pode causar cansaço psicológico. Ontem, que seria suposto fazer a volta domingueira dos 140 Km, ao atingir os 50 em Azambuja voltei para trás. Não me estava a apetecer pedalar. Já me aconteceu o mesmo há dois anos quando cheguei da volta grande em Agosto. Estava tão saturado da bicicleta que estive um mês sem lhe pegar. Como em tudo o mais na vida, temos que ir com calma.